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— Não posso, Gina. — digo para a minha amiga que caminhava junto comigo em direção a aula de herbologia conjunta, que a minha casa teria com a grifinoria.

— Você é tão antissocial. — a garota reclama e revira os olhos.

Faz exatamente três dias desde a última vez eu encontrei com Mattheo, e confesso que queria encontrá-lo novamente mas não tinha coragem suficiente para isso.

Nesse meio-tempo, ocorreu o jogo de quadribol entre grifinoria e lufa-lufa, com, obviamente, a grifinoria saindo como campeões, o que me trouxe ao momento atual, em que Gina me insiste para ir clandestinamente a festa que irá ocorrer na torre da sua casa.

— Talvez eu seja. — brinco. — Mas realmente tenho coisa pra fazer, não posso ir.

— Tá, tá. — ela cede.

As aulas do dia haviam passado rápido, eu encontrara o garoto em algumas delas, mas sinto que ele só havia ido para me observar, pois em momento algum seu olhar se desviou de mim.

Nesse momento, eu comecei a ter certeza de uma coisa: Se um dia eu me casar com alguém, eu espero do fundo do meu coração que essa pessoa tenha o mesmo olhar que Mattheo Riddle tem. Seus olhos castanhos eram os mais lindos que eu já havia visto em toda minha vida, ele parecia ter total controle sobre mim quando me olhava daquele jeito. Eu sentia frio na barriga quando os olhos dele encontravam o meu e desciam por todo o meu corpo, logo em seguida. Minhas pernas ficavam bambas toda vez que seu olhar estava fixo em mim, não faço ideia o motivo disso, mas sei que só os seus olhos já tinham total poder sobre mim, fico imaginando o caos que eu posso virar caso eu tenha aquele homem por inteiro.

Atualmente, eu me encontrava na biblioteca fazendo uma redação que Minerva havia pedido, estava cansada de escrever, mas precisava terminar essa última tarefa. Me levantei, novamente, indo em direção a seção onde eu poderia encontrar mais livros sobre o tema que eu procurava.
Após alguns minutos procurando, finalmente eu havia encontrado o que eu precisava, mas antes de ter tempo para voltar ao meu lugar, sinto uma mão em minha cintura e meu cabelo sendo jogado para o meu ombro esquerdo, dando espaço para, assim, a pessoa beijar a minha nuca. Sinto correntes elétricas correrem por todo o meu corpo a medida que seus lábios encostam na pele quente e fina de meu pescoço.

— Oi. — diz o garoto com a outra mão em minha cintura, me virando, deixando-me de frente para ele.

— Oi. — respondo com um sorriso tímido em meu rosto.

— Você sumiu. — sua mão livre colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, acariciando minha bochecha em seguida.

— Não sumi não, você me viu hoje, Mattheo. — digo.

— Sim, mas você não falou comigo, então não conta. — ele fala como se fosse óbvio.

— É, mas você me viu, então obviamente eu não sumi. — pondero. — Mas enfim. O que você quer? — pergunto me desviando do garoto  agora ja com o livro em minhas mãos e voltando para a minha mesa.

O garoto me segue por todo o percurso e se senta ao meu lado antes de responder à pergunta que eu havia lhe feito.

— Vim ver você, só isso. — ele diz, mas sei que está mentindo.

— Hm, sei. — falo sem olhar para ele, folheando o livro em busca do capítulo que eu precisava.

— Sério. — tenta me fazer acreditar, mas falha. — O que você está fazendo?

— Meio óbvio, não? — digo ironicamente apontando para os livros que estavam espalhados sobre a mesa.

— Certo. É. — ele diz observando cada um de meus movimentos.

Fiquei algum tempo escrevendo o texto, com o garoto sentando ao meu lado apenas observando tudo o que eu fazia. De vez em quando,  o mesmo folheava alguns livros e me ajudava a encontrar coisas úteis.

Após mais alguns minutos, finalmente termino o texto e arrumo tudo, me direcionando a ele no fim.

— Terminei, agora diz, o que você quer? — pergunto genuinamente curiosa com o motivo de sua presença e paciência aqui. — E antes que você diga que não é nada, não acredito nisso, então desembucha.

O garoto me encara e da um pequeno sorriso ao ouvir minha fala, mas confessa o motivo de sua visita logo em seguida.

— Queria te ver, é verdade. Mas não assim. — ele diz se aproximando de mim e apoiando uma mão em minha cintura. — Quero que você vá ao meu dormitório amanhã à noite.

De início, me assusto com a sua fala, e em seguida, fico irritada.

— Não pretendo ser mais uma na sua lista de transas do ano, Riddle. — digo de forma ríspida, tirando sua mão de mim e saindo em sua frente.

— Ei, Maia. — ele chama, mas eu o ignoro.

Em algum momento em que eu já havia me afastado o suficiente do local e do garoto, sinto uma mão em meu braço me puxando para algum lugar.

— Eu não quero que você seja mais uma, Black. — a voz masculina diz baixinho perto do meu ouvido. — Eu só quero que você vá, não vou fazer nada que você não queira, e te deixarei em paz caso você não for.

Sem me dar tempo de responder, ele sai do local, provavelmente prevendo a resposta que eu daria de acordo com a irritação que eu sentia. E então, eu percebi o quão fodida eu estava.

oii gente! o que vocês acham que vem por ai? espero ter deixado na cara o que eu estou planejando KKK
não esqueçam de votar no capítulo e comentar o que acharam :)

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora