HUSH I

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TW: sangue e menção à violência.

POV MAIA

Obrigada, Madame Pomfrey, você tem sido
Um anjo em minha vida. — agradeço e me despeço da moça ao sair das checagens de rotina.

Caminho pelo corredor e subo as escadas com aquele curativo no braço. Ás vezes sinto o braço latejar e o corte arder, mesmo com todo o cuidado. Mas não ouso a dizer à ninguém. Não quero eu seja uma preocupação além da guerra e todo o caos.

— E então, Maia, como estão o Braço? — Pansy me pergunta assim que chego à comunal.

— O de sempre — digo na tentativa de fazer pouco caso, encolhendo os ombros.

Me sento em uma das poltronas ao lado da garota, ela começa a ler um livro de poções que deveríamos terminar até a próxima aula, mas não estou com vontade de fazer isso agora.

me levanto após um tempo olhando para o nada e decido que encontrar Mattheo agora é uma boa coisa.
Não faço ideia de onde ele se encontra, então começo pelos locais mais óbvios, como a torre da astronomia.

Depois de um tempo em procura sem resultados, decido ir novamente à enfermaria. Talvez ele estivesse lá em minha busca.

— Hm... Madame Pomfrey? A senhora sabe me dizer se Mattheo passou por aqui? — pergunto, assim que adentro ao local, mesmo sem visualmente encontrar a mulher, sei que está aqui.

— Srta. Black, querida, — ela começa delicadamente ao sair de uma das cabines, — Sr. Riddle não está bem agora, mas nada grave, será que você pode voltar depois? Preciso terminar de examiná-lo com calma.

A mulher diz com tentativa de me suavizar, mas sua expressão tensa prova que ela está mentindo e escondendo algo de mim. Não vou embora até que me conte a verdade.

— Certo, Madame Pomfrey, eu sei que a senhora está mentindo — digo de maneira calma. — Pode só me contar o que aconteceu permitir que eu o veja por um momento... Por favor?

Ela se mostra hesitante por alguns poucos segundos, e então olha para o lado, onde Mattheo provavelmente se encontra. Não consigo ver pela distância que estou, mas a mulher tem a visão perfeita na reta paralela em que se encontra.

— Ok... Tá. Claro. Está bem. Pode entrar. Só não demore muito. Darei um tempo a sós para vocês.

— Muito obrigada, Madame Pomfrey, a senhora é um anjo! — digo realmente agradecida e me apressando para encontrar o garoto enquanto a mulher se afasta.

Quando entro, não esperava encontrar a cena que vi. O rosto de Mattheo está com hematomas, junto com todo o seu corpo, em seu braço está enfaixado.
Me assusto ao encontra-lo dessa maneira.

— Theo, Merlim, o que aconteceu com você? — Pergunto ao me aproximar.

— Nada é demais, estou bem, juro. Foi só uma briga — o garoto diz tentando fazer pouco caso.

uma briga?

— Sim. É sério.

— Amor, não me leve a mal, mas você está destruído. Quem fez isso com você e por que?

Ele hesita em responder, então começo a me sentir tensa e nervosa ansiando por sua resposta.

— Mattheo...?

— Foi Malfoy e os amigos dele. Eles estavam falando coisas e me irritei. Culpa minha. Eu dei o primeiro soco.

A tensão e raiva que deveriam diminuir, aumentaram. Era injusto terem ido em grupo para cima de Mattheo.
E eu realmente não queria saber o que estavam falando, mas perguntei mesmo assim.

— Amor, o que eles estavam falando?

— Maia, olha, deixa isso pra lá, é serio. — seu olhar era duro, como se fosse algo realmente muito ruim. E isso só atiçou mais ainda a minha curiosidade.

— Mattheo, diga.

Vejo o garoto engolir seco e desviar o olhar. Ele abre a boca algumas vezes, mas nada sai. É como se estivesse a procura das palavras certas e isso me assusta mais ainda.

— Eles estavam falando coisas de você, Maia, e isso me estressou.

— Quais coisas, Mattheo?

— Não se estresse e não faça nada por impulso — ele pede e eu aceno com a cabeça ansiando por sua resposta. — eles estavam falando coisas sobre o seu corpo, mas de uma forma mais pejorativa, sabe? coisas que fariam caso se encontrem a sós com você... E então me estressei ao ouvir, nunca iria tolerar ninguém falando assim sobre você.

Raiva sobe por todo o meu corpo e toma conta de mim. Mattheo parece aparecer na mesma hora porque seu semblante se torna preocupado e ele logo tenta desfazer suas palavras.

— Está tudo bem, sério. Obrigada por me defender. — eu digo e me sento com ele, ficando ali por um tempo conversando sobre outras coisas, sem tirar aquele assunto da mente, até Madame Pomfrey me tirar dali.

— Srta. Black, Sr. Riddle provavelmente seja liberado à noite de amanhã, e você pode vir pela tarde para mais uma checagem.

Eu confirmo e agradeço a ela, como sempre, por tudo.

Me retiro do local com a mente cheia e sigo em direção à comunal, em busca de Pansy. Aperto minha mão com força na tentativa de controlar minha raiva, não quero tomar atitude contra isso, por mais que eu queira.
Após alguns segundos, sinto algo molhado na palma de minha mão, até que, quando olho, está ensopada de sangue pelos cortes causados pela minha unha. Sinto uma pequena ardência no local, então me dirijo até o banheiro mais próximo, a fim de lavar o machucado.

— Parem com isso! — uma voz feminina conhecida grita, claramente com medo, perto do local que passo.

OBS.: capítulo sem revisão.
perdoem qualquer erro de escrita :)

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora