dancer in the dark II

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POV MAIA

Percebo a frustração em seu rosto assim que ele escuta as palavras frias saírem da minha boca, o garoto não reclama, mas também não age. Sinto a eletricidade correr por minhas veias cada vez que seu olhar se foca novamente em minha boca ardendo em desejo.

Novamente, eu aproximo nossos rostos, mas dessa vez é ele que recua, fazendo um pequeno sorriso desafiador surgir em meu rosto.

Voltamos a nos encarar, seu olhar parecia ser feito de fogo, eu sentia meu corpo queimar apenas com a proximidade. Estava rolando uma espécie de conflito silencioso entre nós, e sei que em sua cabeça também havia um.

— Beije-me, Riddle. — sussurro, meus olhos agora focados em sua boca. — Eu sei que é o que você quer...

— Não. Você não faz a menor ideia do que eu quero fazer... — ele me interrompe. Sua voz era rouca, baixa e arrastada. Cada uma de suas palavras causavam arrepios em diferentes partes do meu corpo.

— Então me conte. — nossos olhares se encontram ao mesmo tempo e por um breve momento eu vi seus olhos brilharem de luxúria.

Rapidamente sua boca veio ao encontro da minha em um beijo necessitado e violento. Uma de suas mãos agora se encontrava em minha cintura, me segurando contra a parede, enquanto a outra foi em direção ao meu pescoço. Apoiei minha mão livre em sua nuca, puxando seu rosto mais para perto impedindo o garoto de separar o beijo.

Sua língua tinha gosto de álcool e explorava cada canto da minha boca; o beijo era violento e cheio prazer. Sentia sua boca se aproximar mais da minha, se é que isso era possível, sei que sua língua ia mais fundo me tirando ruídos roucos de mim enquanto nossas línguas dançavam em harmonia.

Infelizmente a falta de ar havia chegado, fazendo nossos lábios se descolarem. Sua boca estava vermelha e inchada por conta da pressão que o beijo tinha causado.

Uma de suas mãos ainda estava em meu pescoço e nossas respirações eram irregulares. Sua outra mão, que antes se encontrava em minha cintura, agora descia para a minha coxa, apertando o local de forma não tão forte, mas o suficiente para fazer um gemido baixo sair de minha boca.

Sinto correntes elétricas serem enviadas por todo o meu corpo ao ver um sorriso ser formado em seu rosto. Nossos corpos colados, e sua mão subindo de meu pescoço, em direção a minha nuca, puxando meus cabelos para trás, dando ao garoto a visão completa da pele fina do meu pescoço.

No momento em que sua boca gruda na minha pele quente, sinto meu corpo arder em resposta ao contato. Beijos e pequenas marcas eram deixadas em meu pescoço. Sua boca parecia fazer mágica onde tocava, e a esse ponto eu já não respondia por meus atos.

Quando sua boca desgruda da minha pele e eu finalmente volto a ver seu rosto, percebo a merda que estou fazendo.
Há um sorriso presunçoso estampado no rosto do garoto e eu sabia o que se passava em sua mente.

— Cale a boca, Riddle. — digo, irritada ao ver seus lábios ainda inchados formando um sorriso esnobe.

— Eu não disse nada... — ele diz, deixando alguns pequenos beijos na fina pele de meu pescoço, me fazendo tremer com o contato.

Sua boca solta meu pescoço e seu olhar volta a encontrar ao meu. — Se quiser que eu pare, Black, é só dizer. — O garoto diz, subestimando o meu autocontrole.

Libero um suspiro pesado, sabia que não iríamos muito longe e continuar assim era tortura. Pego a garrafa que ainda estava em uma de minhas mãos e finalmente a entrego ao garoto.

— Toda sua. Agora deixe-me ir. — falo evitando contato visual.

— Olhe em meus olhos e diga que é isso que você quer. — por um breve momento, vacilo, mas então olho em seus olhos que ainda queimavam sobre mim, ele duvidava que eu era capaz disso, e eu também comecei a duvidar ao sentir minhas pernas fraquejarem apenas com a forma que ele olhava pra mim. Mas então, eu fiz.

— Deixe-me ir, Riddle. — pedi. Eu não sei como tinha tido forças para falar sem quebrar o contato visual. Meu corpo todo fervia, e sei que eu poderia queimar caso ele me tocasse novamente.

O garoto analisa minha expressão por um breve momento, liberando a passagem para mim logo em seguida. Eu saí, tentando não olhar para o garoto que agora estava atrás de mim, sei que seus olhos ainda estavam focados em minha pessoa, mas não tive coragem de retribuir o ato.

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora