look after you

328 25 2
                                    

POV MATTHEO

Eu ainda estava na enfermaria, estava tentando dormir quando um tumulto começa próximo a entrada, muita gente estava chegando e muitas vozes eram ouvidas, o tópico da conversa era quase indecifrável por conta da quantidade de vozes e gritos ao mesmo tempo. Mas parecia sério. A madame Pomfrey já estava se levantando de seu lugar quando escutou o mesmo que eu, até que, finalmente, todas aquelas pessoas entram.

— Por favor, Madame Pomfrey, ajude-nos! — uma voz desesperada grita entrando na enfermaria — Por favor, madame, faça alguma coisa — era a voz de Pansy, ela estava carregada de choro e trêmula. Eu não conseguia ver o que estava acontecendo, mas meu corpo ficou rígido. Pensei no pior.

— Céus, o que houve com ela? — a enfermeira falou horrorizada.

Os choros de Pansy eram cada vez mais audíveis. E cada milésimo de segundo que passava, eu me sentia mais tenso.

— Foi uma maldição cruciatus, Madame — era Blaise quem falava.

Puta merda. Uma maldição cruciatus. Eu não conseguia mais prestar atenção na conversa, mas eu sabia que haviam mais pessoas ali. Me levantei rapidamente da cama e sai em passos rápidos até onde todos estavam. Várias pessoas estavam ao redor da cama, eu não conseguia ver o corpo que estava ali, mas eu já sentia.

— Riddle... — uma voz familiar me chama assim que me vê, é Pansy, mas uma vez — E-eu sinto muito...

Sinto meu corpo ficar fraco e minha respiração irregular. Minha cabeça gira. Isso não pode ser real. Tem que ser um pesadelo, somente efeito dos remédios que tomei.

— Não. Não é real. Quem está ali, Pansy? — eu pergunto já sabendo da resposta.

A menina começa a chorar mais ainda, então eu dou as costas a ela e me aproximo novamente da cama, desta vez, abrindo espaço entre todas as pessoas que estão ali.
Consigo sentir todos os semblantes perturbados e preocupados caindo sobre mim. Eu já sabia o que me aguardava.

E então, eu vejo. O corpo da minha namorada estirado na maca. Ela está desacordada, mas seu rosto está travado numa expressão dolorosa, há sangue escorrendo de seu nariz e ouvido. E o corte em seu braço aberto novamente. Meus olhos se enchem de lágrimas ao ver aquela cena. Foi a porra de uma maldição imperdoável.

— Qu-Quem fez isso? — pergunto para ninguém, esperando que qualquer uma daquelas pessoas possa me responder.

— Malfoy e sua trupe, Theo — Louise Merlin, uma grande amiga de Maia, responde.

Odio ferve em meu sangue ao escutar isso. Eu tinha vontade de mata-lo. Queria que ele sentisse cada mísera celula de seu corpo queimar por horas antes de sua morte infeliz. Era isso que ele merecia.

— Malfoy fugiu logo após atingir a colega com uma maldição imperdoável. Ele poderia tê-la matado ou piorado ainda mais o estado dela, se Srta. Parkinson não tivesse chegado a tempo. — Minerva começou a falar. — Porém, infelizmente, não há como saber as condições da Srta. Black. Não podemos afirmar se ela irá acordar, e muito menos qual será seu estado se isso acontecer. Não temos relatos o suficiente sobre todos os danos que a Maldição Cruciatus pode causar. Mas seus pais já foram avisados e em breve devem estar chegando. – A professora falava com seriedade e tentando se manter estável, mas era possível sentir o medo em sua voz.

Todo sentimento se esvai do meu corpo, é como se nada fizesse sentido. Eu ainda não havia processado toda situação, não conseguiria processar aquela cena: Maia e uma maldição cruciatus, a qual ela pode não sobreviver.

Saio da sala, ignorando todos os gritos ao meu nome. Eu precisava colocar minha cabeça no lugar. Eu queria matar Malfoy.

Me dirijo até a torre de astronomia. Era o lugar favorito dela dentro daquele castelo. Me apoio na mureta e pensamentos tomam conta de minha mente.

FLASHBACK ON

— As vezes tenho vontade de mata-lo, sabia? — Maia diz quando me avista entrando na comunal, onde só ela está.

A garota está sentada em uma das poltronas, ela tem um livro em seu colo. Fecha-o com certa agressividade, enquanto resmunga.

— Você tem vontade de matar muita gente, amor — digo com uma risadinha, enquanto me aproximo da garota. — Quem seria a pobre vítima da vez?

— Malfoy — ela diz ainda olhando para mim.

— Justo, eu também tenho, amor, mas, por favor, não vamos pensar em coisas ruins agora, que acha?
— vou diminuindo o meu tom de voz conforme me aproximo da minha garota.

Maia me olha com aqueles olhos azuis que parecem olhar dentro da minha alma, seu olhar é o mais intenso que já vi. Gostaria de, um dia, conseguir verbalizar tudo que penso, talvez nem ela fosse capaz de acreditar na profundidade desse sentimento. Ela era a mulher mais linda que já tinha visto. Ela era a mulher mais intensa, corajosa, brilhante e irreal que eu conheci. Eu mataria e morreria por ela, essa é a verdade.

Pego-a pela mão e faço com que levante da poltrona. Trago o corpo dela para mais perto do meu e desço minha mão até sua cintura. Deixo um beijo em sua testa.

— O que se passa em sua cabeça, Theo? — ela pergunta, fazendo contato visual mais uma vez.

Muita coisa, meu amor, e todas elas referentes a você. Como eu gostaria de ter uma criança com seus olhos. Como eu queria que nossa vida não fosse tão turbulenta e que a gente pudesse viver em paz. O medo que tenho de não ter você comigo.

gostaria que você soubesse que quando o mundo inteiro se apaga, você é a única coisa que brilha pra mim, você faz a vida se desacelerar nos piores momentos.

A única coisa que me mantém inteiro nesse mundo horrivel é a ideia de construir uma família com você.

— Nada, minha princesa, só que amo você — digo, olhando em seus olhos, talvez esse seja o ato mais intimo em toda nossa relação. A forma em que estamos mais nus.

— Eu te amo, Mattheo Riddle. Espero que saiba bem disso. Eu te amo com tanta certeza que nem se todos os planetas se desalinhassem, conseguiriam mudar isso — sua voz sai num sussurro, e é nesse momento que eu sinto explodir em meu peito a vontade de casar com essa mulher. Quero ela ao meu lado para todo o sempre, quero provar seu amor intenso todos os dias da minha vida, até o fim dela.

Ela me beija de uma forma suave e delicada, seu toque é leve e carinhoso. Minhas mãos passeam suavemente pelo seu corpo, enquanto isso.

— Vem, vamos pra um lugar mais reservado — ela diz com certo divertimento no olhar. E eu dou um sorriso logo em seguida.

FLASHBACK OFF

Não sei o que farei se perder a mulher da minha vida. Eu não tenho controle, não tenho estabilidade.

As lágrimas estão saindo compulsivamente, não consigo enxergar nada ao meu redor, não tenho forças para me manter de pé.

Eu tenho que dar um jeito de fazê-la voltar. Preciso assassinar quem fez isso com ela. Eu...
Eu não tenho visão de um futuro onde ela não exista, eu não consigo enxergar um mundo em que eu não possa me casar com ela, acordar todos os dias com ela ao meu lado. Não consigo cogitar a ideia de não termos pequenas Maias correndo pela casa.

Eu preciso de você, Maia, não me deixe aqui. Preciso te dizer tudo que sinto. Preciso que você fique comigo. eu QUERO você comigo até o fim da vida, e nós ainda somos jovens demais para que esse seja o fim.


capítulo sem revisão, perdoem erros ortográficos!
obrigada mais uma vez por estarem aqui ainda, é extremamente gratificante para mim <3
esse capítulo foi lindo de escrever, acho que nunca havia retratado os sentimentos do mattheo em relação a maia aqui. eu espero que gostem!

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora