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POV MAIA
Alívio toma conta de mim quando apareço no lugar familiar, perto de casa. Eu estava me aproximando de casa quando escuto uma gritaria vindo de dentro, automaticamente, meu corpo para. Fico parada por uns poucos segundos, analisando a situação. Segurando a varinha com uma maior força em minha mão, volto a me aproximar do local, meus passos leves e de forma lenta.

Por uma das janelas, observo o horror lá de dentro. Uma figura feminina esta de frente para mim. Com velocidade, murmuro um feitiço ilusório para que eu possa observar sem ser vista. Encarando a cena com uma maior atenção agora, vejo Bellatrix Lestrange. Sua varinha está apontada para o pescoço de Remus, a sua outra mão o prendia perto de si. Em sua frente, e de costas para mim, está meu pai, de joelhos. Pela sua linguagem corporal consigo sentir seu desespero. No chão, próximo à mulher, há duas varinhas. Puta merda.

Eles haviam aparatado não muito tempo antes de mim, mas esse tempo foi o suficiente para serem pegos de surpresa. Analiso a situação por mais um momento, observando a cena e pensando em um plano. Mas percebo que estou demorando quando os gritos de Bellatrix alcançam meus ouvidos, passando pelas paredes e vidros. Com horror, vejo meu pai gritar enquanto Remus cai no chão, torturado.

Tenho que agir rápido, mas antes de entrar, dou a volta no lugar à procura de mais comensais. Sinto uma onda de alívio ao ver que não há mais ninguém além dela.

No jardim de casa, ao fundo, procuro a escada retrátil que eu mantinha escondida aqui, eu sabia que me seria útil algum dia criar uma forma de entrar em casa através das janelas altas.
Então, lentamente, começo a escalar até alçando a janela do meu quarto.

— alohomora — digo em um sussurro e destravo a janela, conseguindo finalmente ter acesso a casa.

Certo, estou dentro. Agora tenho que alcançá-la e estar pronta para um possível combate. Decido fazer um reconhecimento do local antes de descer para o andar onde eles se encontram. Não havia ninguém lá fora, mas nada me garante que não tem ninguém aqui.

Devagar, ando pelo ambiente; minha varinha empunhada em minha mão, pronta para me defender caso apareça alguém.
Eu tinha um plano, arriscado, óbvio, mas daria certo.

Escuto mais gritos vindo do andar de baixo. Eu não estava mais no meu quarto e me aproximava cada vez mais das escadas. Meu coração batia mais rápido e a adrenalina já tomava conta de mim.

Eu estava tremendo, pois naquele momento, se eu cometesse o menor erro possível, Remus poderia morrer. Mas eu não iria errar, eu não posso.

Com cuidado, começo a descer as escadas. Não há mais ninguém aqui além de nós. Me aproximo mais devagar, ainda sem entrar no cômodo.

— Me conte agora, Sirius, você não quer ver seu namoradinho sofrer, não é mesmo? — o tom ameaçador de Bellatrix chega aos meus ouvidos. — ME DIGA ONDE ESTÁ HARRY POTTER!

Escuto meu pai dizer que não sabe, escuto mais ameaças e mais gritos. Não aguentava mais, esse era o momento certo, então.

Com rapidez, mas de forma silenciosa, enquanto ela usava a maldição cruciatus em meu pai, e Remus estava no chão, ainda acordado, mas sem forças pra se levantar, aponto minha varinha para a dela:

— expelliamus! — desarmo a mulher, enquanto ela está prestes a fazer outro feitiço.

Antes que ela possa perceber o que aconteceu, aperto minha varinha em seu pescoço, meu braço em volta da pele dela, a mantendo ali.

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora