honest

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POV MAIA
Hoje era aniversário de Harry e ele teria uma pequena festa n'A toca.
Eu já estava me preparando para ir, junto com meus pais. A sra. Weasley dizia que Harry estava agindo de forma estranha e que ele e os outros dois (Ron e Mione) estavam planejando alguma maluquice. Era óbvio que eu sabia o que era, o próprio Harry havia me contado, mas eu não ousei citar esse detalhe.

Meus sentimentos por Mattheo ainda eram fortes e a dor que eu sentia ainda era muito recente, mas eu não poderia, de maneira alguma, deixar que isso afetasse outras áreas da minha vida. Eu não posso colocar minha dor acima de tudo e todos, por mais que às vezes essa fosse a minha maior vontade.
Eu amava Mattheo, realmente o amava, e eu não iria desistir dele. Eu não desisto.

— Podemos ir? — Remus pergunta, ao nos reunirmos na sala.

Eu e meu pai confirmamos com a cabeça e, então, ao mesmo tempo, nós três aparatamos dali.

POV MATTHEO

Chloe estava repassando o plano pela terceira vez, para ter certeza de que Tom e eu havíamos entendido. As vezes essa mania de querer ter tudo perfeitamente organizado e sob controle que ela tinha, me irritava, e me fazia lembrar da Maia. Eu não havia prestado atenção em nada desde que nos reunimos e ela sabia disso. Ela sempre sabe de tudo.

— Mattheo, você entendeu o que tem que fazer? — ela pergunta, me encarando.

— Hm... — Eu sabia que não adiantava mentir para ela, então confessei: — Não.

Ela me olha irritada, e então diz:

— Certo, então — fico chocado com sua reação, mas entendo logo em seguida. — Tom, saia.

Meu irmão não hesita em obedecer. Nenhum de nós nunca hesitamos em fazer o que Chloe manda, porque sabemos que ela sempre tem um plano. Afinal de contas, ela era a mais inteligente de nós.

— O que está rolando, Theo? — ela pergunta com seu tom maternal, eu me sentia uma criança quando ela falava assim comigo, mas me sentia seguro, se é que faz sentido. — Você está distraído e distante, me conte o que aconteceu. O que está te deixando assim?

E então, sem precisar que ela peça mais uma outra vez, conto todos os acontecimentos dessa semana. Tudo sobre a Maia.

— Ah, Theo, mas você tem certeza de que não foi um engano? Você nem ao menos tentou escuta-lá — fiquei irritado. Por que ela não podia simplesmente me defender? Às vezes eu odiava seu julgamento racional.

— Eu vi, Chloe! E eu tentei falar com ela — retruco. – Mas não quero falar sobre isso, ok? Preciso só ficar sozinho por um tempo.

Ela não diz nada. Somente se levanta e vai até a porta.

— Você sabe o que fazer se precisar de mim — são suas últimas palavras antes de ir embora.

Sozinho, me deixo em minha cama. E olhando para o teto, fico imerso em pensamentos.

Gostaria que ela fosse honesta, que não partisse meu coração, que se preocupasse em me contar que estava gostando de outra pessoa; eu não teria aceitado muito bem, mas talvez não fosse tão ruim quanto foi vê-la beijar  outra pessoa enquanto eu estava esperando por ela.

Eu espero que, ao menos, ele a amasse na mesma intensidade que eu a amei. E que tirasse todo o peso que a machucava. Espero que fosse bom o suficiente, ela merecia isso. Por mais que eu a odiasse agora, gostaria que fosse feliz.
Ou talvez que se fodesse. Não queria me importar com ela. Não mais.

Me levanto, e então pego uma garrafa que eu tinha escondido. Dou uma golada grande e já sinto o efeito do álcool no meu corpo.

Eu não consegui salvar o que tínhamos.

POV MAIA

Estávamos todos reunidos em uma só mesa, jantando. Era uma noite feliz e todos davam risada. Por alguns momentos, consegui esvaziar minha mente e aproveitar o que tinha ali.

Em certo momento, chamei Harry para um canto e lhe entreguei um presente. Não era nada incrível, mas ainda significava alguma coisa para nós dois.

— Eu não acredito que você ainda se lembra disso — ele diz ao ver os broches em minha mão.

Sorrio comigo mesma ao lembrar da história. Quando crianças, nós descobrimos os aviões de papel, nós ficamos fascinados por aquilo e acabou virando algo nosso. Eu queria que ele tivesse uma lembrança boa consigo quando fosse enfrentar o que viria pela frente.

— Não se esqueça que você tem a mim, sempre — digo a ele — Pode me chamar se precisar, você sabe que eu enfrentaria qualquer coisa se isso fosse ajudar você.

Eu não espero que ele responda. Eu sabia que ele não saberia o que responder, mas entendia seus sentimentos e isso bastava.

Voltamos à mesa após isso. Rimos um pouco mais e, depois, nos despedimos.

— Vocês virão amanhã, correto? — Molly perguntava. Ela se referia ao casamento de Gui.

— Sempre, Molly — Meu pai respondeu, e todos sabíamos o que ele queria dizer.

oi! espero que gostem do capítulo :)
OBS.: perdoem qualquer erro de escrita, o capítulo está sem revisão.

pergunta importante: vocês gostam quando eu intercalo as narrações da Maia e do Mattheo em um só capítulo ou preferem que eu mantenha só uma por cap?

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora