Sound of War

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POV MAIA

Hogwarts estava um caos. Gritos me acordaram. Mattheo já estava a postos, varinha em punhos. Ele lutava com alguém, mas em meu campo de visão só era possivel ver uma sombra e o meu namorado. Custei uns segundos pra raciocinar, mas rapidamente busco minha varinha e me levanto ao encontro de Mattheo.

— Olha quem apareceu! Achei que você não tinha sobrevivido ao meu feitiço. — Era Draco. — Infelizmente não pude terminar o trabalho àquela vez, mas agora, acho que posso.

Que diabos estava acontecendo aqui? Como ele entrou? Onde estão todos? Qual o motivo de toda essa gritaria? Eu estava começando a ficar preocupada com o rumo que a escola estaria tomando neste momento.

— Seu priminho ainda está desaparecido, Maia. Todos sabem que ele fugiu pois sabia que Hogwarts seria dominada. Todos vocês sabem. — Ele falava, arrogantemente.

— Cala a boca, imundo. — Mattheo cuspiu as palavras.

Draco não atacava. Ambos estavam somente na defensiva. Eu não entendia o motivo disso estar acontecendo. Na verdade, eu não entendia o motivo de muita coisa há muito tempo. E eu me pergunto se vamos sair vivos daqui. Esse me parece o começo de uma guerra que dificilmente será ganha por um dos lados.
Talvez o mundo bruxo se acabe, tudo pode acontecer. E nós, infelizmente, estamos no coração da escuridão e centro da destruição. Hogwarts é o centro de tudo. A guerra começa aqui. E termina aqui. Tudo gira em torno desse lugar. Foi aqui que eu renasci, amei, vivi e talvez seja aqui que eu morra. Onde todos nós podemos morrer.
Eu sinto que morreria por este lugar. Eu tenho certeza, na verdade, que eu morrerei protegendo a minha casa e minhas memórias. Tudo sobre mim reside aqui.

Não tenho muito tempo pra pensar, Draco e Mattheo continuam discutindo mas eu não dou à mínima pro que eles falam. E, graças a minha maior atenção, diferente da dos meninos, que estão interessados demais na briguinha, eu consigo escutar os amigos de Malfoy se aproximando. Rapidamente atinjo um deles com um feitiço, antes que pudessem ter sequer esperado.

— BLACK, SUA PESTE — Malfoy grita, seu outro amigo que não faço ideia o nome, aponta a varinha pra mim. — Use cruciatus, vamos ver se ela aguenta mais uma vez.

— Não se atreva, Malfoy, se você fizer alguma coisa, eu mato você. Não tenho medo de usar às imperdoáveis, como os outros. — Mattheo diz de uma forma que até eu me arrepio. Senti Draco temer por sua vida também.

O amigo de Malfoy se distraiu com a fala de Riddle, ambos ficaram em choque ao lembrar que estavam de frente com o filho de Voldemort. Essa era minha chance.

Antes de levantar, enqunto pegava minha varinha, guardei a adaga de Mattheo no tornozelo. Saquei-a.

Em um movimento rápido, meu corpo estava atrás do amigo de Malfoy, um dos meus braços ao redor de seu pescoço e a lamina posicionada abaixo de seu queixo.

— Solte a varinha. Agora. — Eu me sentia fraca. Ele podia me derrubar facilmente se tentasse, mas eu estava contando com o fato de que ele não tentaria. Ele não tinha como saber e não colocaria sua vida em jogo assim.

A varinha cai no chão. Os olhos de Draco estão arregalados. Um de seus amigos é refém e desarmado, enquanto o outro estava há tempos desacordado.

— Era esse o plano, Malfoy? — Mattheo pergunta.

Draco não abaixa a guarda, ele continua em posição de ataque e eu começo a temer o que ele pode fazer com Mattheo. Mas, antes que eu eu pudesse sequer cogitar um movimento. Mattheo agiu.

— Crucio.

Puta merda.

Draco se contorcia no chão, eu o encarei e lembrei da sensação. Parecia que eu estava novamente jogada no chão, sentindo todos os ossos do meu corpo de partirem e minha pele queimar. Mas dessa vez, não era eu.

Mattheo não fez mais que isso. Um foi o suficiente e eu nem precisei pedir para parar. Ele sabia o que havia de ser feito.
Ele poderia ter matado Malfoy, mas não quis.

Meu namorado se abaixou ao encontro do corpo desacordado de Draco. Ele chegou seu pulso. — Está vivo. — Declarou. — Ele vai sobreviver.

O amigo de Malfoy ainda estava preso a mim. Mas tão paralisado de choque ao presenciar a cena, que nem se movia.

— Solte-o, Maia — Mattheo pediu, e eu fiz. Larguei o garoto. — Isso foi pelo que vocês tentaram fazer com ela — Ele aponta para o corpo jogado no chão, enquanto olha fixamente nos olhos do garoto. — E se tentarem, mais uma vez, vai acontecer o mesmo com você, mas, dessa vez, pior. — Ele ameaça.

Estou proxima a ele agora, estamos lado a lado, a adaga ainda em uma de minhas mãos. Mattheo a pega com cuidado, transmitindo confiança a mim, através do olhar.

Ele se aproxima do garoto e pega seu braço. O garoto simplesmente não reage, de tão assustado. Só observo os movimentos de Mattheo, com os olhos esbugalhados.

Vejo a lamina deslizar lentamente por todo antebraço estendido do garoto. O sangue ia escorrendo conforme Mattheo aumentava o tamanho do corte. O garoto começou a gritar.

— Agora saia daqui — Mattheo diz ao soltar o braço do garoto. — Vá embora e seja testemunha do que o filho de Voldemort pode fazer. Diga a todos que poupei sua vida, que quase matei Malfoy, e poderia ter feito isso se quisesse. Avise a todos quem eles devem temer aqui em Hogwarts, e que não será fácil entrar aqui achando que sairá impune. Lembre a todos quem é o meu pai, e que, mesmo estando no lado oposto, ainda sou filho dele e não tenho medo de fazer o que eles gostariam que eu fizesse a favor deles. Vocês são a prova.

Ao terminar de dizer isso, Mattheo se inclina em direção ao corpo de Malfoy e faz um corte, na mesma intensidade do primeiro, na perna do garoto desacordado. E, em seguida no abdômen do terceiro, que estava desacordado também.

— Agora suma com eles. Não vou dizer novamente.

O garoto prontamente pega sua varinha e da um jeito de sumir com seus amigos desacordados. Só aí eu começo a raciocinar.

Mattheo rapidamente puxa meu corpo para o seu e me prende em um abraço. Eu desabo em lágrimas. Estou chorando como nunca chorei na vida.

— Está tudo bem agora, amor, ninguém será capaz de fazer nada contra você enquanto eu estiver por perto. Eu prometo. É a vida deles pela sua sempre. E, se for preciso, será a minha. — Ele diz, ainda enquanto me abraça.

— Eu vou proteger você. Nunca mais vou sair do seu lado. Somos somente eu e você, certo? — Meu rosto foi tomado por suas mãos, estamos fazendo contato visual e ele limpa minhas lagrimas com cuidado. — Eu amo você, Maia, até o dia em que eu morrer por isso. Pra mim, é só você, e sempre você. Eu te amo. — Ao proferir essas palavras, ele deposita um beijo em minha testa. E eu só consigo dizer de volta.

— Eu amo você, Theo, e seremos eu e você até a morte. Só eu e você. O nosso amor é nossa ruína e que assim seja. Se for pra morrer, que seja por isso, que seja ao seu lado.

Nossa conexão é intensa. Sabemos que morreríamos por isso. Mataríamos por isso. Que o mundo se acabe, eu só protegeria o meu amor.




OLHA QUEM VOLTOU!!
Espero que tenham gostado do capítulo!! Eu amei muito escrever isso.
Ignorem furos na historia, faz muito tempo que não escrevo e nao me recordo exatamente todos os detalhes anteriores!! Prometo que, caso haja algum furo, estarei preenchendo nos proximos capítulos (estarei dando uma lida na minha propria historia para me situar dos acontecimentos anteriores kkkkkkk)
e, a propósito, capitulo sem revisão, perdoem os erros!

obrigada pelo apoio sempre! 🤍

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⏰ Última atualização: Oct 04 ⏰

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