illicit affairs

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— Maia?... — congelo ao ouvir a voz feminina me chamando por trás, estou imóvel e sei que há um enorme sorriso estampado em meu rosto.

— Eu pensei que... Ah, Merlin. Estou tão feliz por você estar de pé. — estou dando passos largos em direção a garota e abraço a mesma logo em seguida.

Não havia nada melhor que sentir o calor de seu corpo contra o meu, sentir o abraço dela era uma das melhores sensações do mundo.

— Nunca mais me assuste assim, Pansy. Eu te imploro. — digo baixinho ainda no abraço.

— Vou tentar. — ela diz no mesmo tom, sei que está sorrindo.

Estamos todos em um círculo conversando e tentando resolver o que devemos fazer. Eu havia descobrido que o motivo de Blaise estar chorando anteriormente foi a enorme felicidade causada por ver nossa amiga acordada novamente, e entendo ele.

— Eu quero voltar. — a garota teima. — Não aceito passar mais nenhum dia sequer aqui.

— Srta. Parkinson... — a professora tenta argumentar mais uma vez. — Você não está forte o suficiente para isso, a senhorita tem que descansar.

— Eu irei descansar lá no meu dormitório, professora McGonagall. — ela continua insistindo. — Prometo que não irei me meter em encrencas.

— Mas... — a professora tenta dizer, mas é interrompida por mim.

— Ela não vai estar sozinha em momento algum, professora. Blaise e eu não vamos deixá-la, não é, Zabini?

— É. Claro. — o garoto diz rapidamente.

— Certo, então... — a mais velha cede finalmente. — Mas prometam que não deixarão ela sozinha em momento nenhum. — ela diz, enfatizando a última palavra.

— Prometemos — Blaise e eu dizemos ao mesmo tempo.

Estamos agora nos acomodando na comunal; Pansy e Blaise sentados lado a lado em um sofá, e eu me sentei no chão de frente para os mesmos.

— Então quer dizer que agora eu tenho não um, mas dois cães de guarda? — ela brinca revezando o olhar entre eu e Blaise.

— Não se aproveite dos nossos serviços, Parkinson. — Nosso amigo diz no mesmo tom da garota.

Eles estavam rindo e se provocando como sempre, eu deveria rir também, mas meu olhar estava fixo em um ponto qualquer da sala enquanto a minha mente estava submersa em pensamentos, trabalhando mais rápido do que eu consigo acompanhar.

— Maia? Tá tudo bem? — sinto a mão de Pansy em meu ombro, me fazendo acordar de meus pensamentos.

— Ahn... C-claro. — digo meio perdida. — Preciso ir em um lugar, eu já volto. — já estou de pé, não faço a menor ideia do que estou indo fazer. — Zabini, tome conta dela.

Estou correndo em direção a torre da astronomia e não faço a menor ideia do motivo disso, meus pés estão se movendo de forma involuntaria e eu não tenho mais controle de minhas ações, não entendo o motivo de estar indo fazer o que estou fazendo agora, apenas sei que tenho que fazer.

Acabo de chegar ao local quando me deparo com uma figura masculina sentada com as costas apoiadas na parede, sua cabeça está levemente inclinada para trás, deixando as marcas roxas em seu pescoço mais visíveis. Entre seu dedo indicador e do meio, havia um pequeno cigarro, e de seus lábios pouco abertos, saia fumaça.

— A gente vai sempre se encontrar aqui, não é? — pergunta o garoto sem olhar para mim.

— Pelo visto sim. — digo sem muita animação. — Tem outro desses? — aponto para o rolo de papel que estava entre seus dedos.

O garoto não responde, apenas ergue uma de suas sobrancelhas, seus olhos castanhos agora estavam focados em mim, nunca tinha reparado antes, mas agora sei que o garoto tinha o olhar mais lindo do mundo. Ainda sem falar nada, ele retira uma caixa de seu bolso, pegando um cigarro e acendendo o mesmo, entregando para mim logo em seguida. Estou sentada e encostada contra a mesma parede que o garoto, mas há uma grande distância —que eu considero uma medida de segurança.— entre nós dois.

Sinto a droga invadir meus pulmões, saindo logo em seguida.

— Não vai tentar me matar hoje, Black? — diz o garoto quebrando o silêncio.

— Não estou com vontade de perder meu tempo com você, Riddle. — digo no mesmo tom irônico do mais velho.

— Nem uma ameaça? — insiste.

— Não... — digo e continuo. — E você? Não vai me torturar da mesma forma que fez com Pansy?

Ele não fala nada, apenas me encara e oferece um sorriso cínico para mim. Estou atenta a todos os seus movimentos, ainda não confio nele e estou pronta caso ele tente alguma gracinha.

— Sabe que não fui eu, não é? — ele quebra o silêncio mais uma vez, confesso que sua fala me deixa surpresa.

Estou encarando ele procurando algum sinal de que ele esteja mentindo ou tentando me pregar uma peça, mas não encontro nada, só consigo prestar atenção em seus olhos focados em meus lábios, ou será que é só impressão minha?

— Sabe... — digo desviando o olhar. Não sei o motivo exato de estar falando isso, mas não paro. — Vai ter uma festa na comunal hoje, para comemorar a volta de Pansy. Não estou te convidando, mas como somos da mesma casa, sei que nos veremos lá. — falo, saindo antes de ouvir a resposta que o garoto tinha a dizer.

oii gente!! o que acharam do capítulo? não esqueçam de votar <3
e para todos que acharam que eu ia matar a Pansy: eu não sou um monstro!!
e mais uma coisa: chega de enrolação pq finalmente vem pegação

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora