lover. fighter.

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POV MAIA

Finalmente estava livre da enfermaria mas, de acordo com Madame Pomfray, ainda teria que aparecer aqui duas vezes por semana para que ela pudesse checar o corte.
A enfermeira havia dito que a faca usada para fazer a perfuração em meu braço tinha alguma espécie de veneno de criatura mágica ainda não identificada por ela e que não há a possibilidade de curar completamente até que se descubra a fonte para saber o antídoto correto.
Sendo assim, continuarei sentindo os efeitos colaterais e hora ou outra meu braço voltaria a sangrar e o pus tornaria a escorrer. Ou seja, em outras palavras: estou fodida.

Ao menos poderei voltar a frequentar as aulas e voltarei a dormir em minha cama, o que é bom, mas terei que enfrentar o bombardeio de perguntas ao retornar a sala comunal.
Como não estou com vontade de ser pressionada, vou para a torre de astronomia com a intenção de fugir da multidão.

Quando chego ao topo da alta torre, sinto toda a pressão esvair de meus ombros e os pensamentos fugirem de minha mente. Me aproximo da grande janela e contemplo a vista de Hogwarts.

Parada aqui, várias memórias surgem a minha mente. Memórias de quando esse lugar ainda era minha casa. Meu primeiro beijo com Mattheo, Eu torcendo para a grifinoria em um jogo de quadribol mesmo sendo da sonserina, só para comemorar uma vitória do meu primo, Pansy e eu explodindo coisas quando crianças, Dumbledore e Minerva pegando no meu pé, Blaise e eu lutando e, até mesmo, Malfoy me atazanando. Todos esses pequenos momentos fizeram de Hogwarts a minha hogwarts e nada nunca mudará isso.
Não a guerra, não os comensais, não Voldemort.

É aqui e neste exato momento que eu juro silenciosamente que lutarei por este lugar até o fim. É nesse momento que eu escolho morrer aqui. Morrer em Hogwarts e por Hogwarts, se preciso.

Quando volto a mim e desvio dos pensamentos, me viro para trás a fim de descer para o salão comunal, mas então vejo a figura presente no ambiente, junto a mim.

Liam estava ali me observando de uma forma que Mattheo costumava me olhar, mas não tinha o mesmo efeito em mim, não quando ele fazia.

— Liam, oi — cumprimento-o cordialmente.

— Oi. Como você está? — ele pergunta preocupado.

Liam é um fofo, tenho que confessar, ele merece alguém que o ame e não a mim. E, além do mais, ele já me machucou uma vez quando mais nova, não seria capaz de deixar que ele me tenha novamente.

— Estou bem, Liam, obrigada por perguntar.

— Tudo bem, fico feliz com isso... — ele hesita um pouco antes de perguntar, mas cede à tentação. — Então... hm... você quer sair comigo? Bem, eu sei que esse momento não é o mais apropriado, mas quero recomeçar com você. Acho que estou me apaixonando novamente. E eu sei que errei uma vez, mas juro que não vai se repetir. Eu me arrependo do que fiz, eu juro.

Merda. Não queria estar tendo essa conversa agora, foi por isso que fugi. Não queria pensar nisso, eu só precisava de um tempo para mim mesma.

— Olhe, Liam, serei franca com você, não quero me envolver com você novamente. Eu acredito que você possa ter se arrependido e fico feliz com isso, mas eu segui em frente e não penso em retroceder. Além do mais, eu amo alguém agora, e nós estavamos bem até você me beijar e ele ver aquilo e ter pensado o pior de mim. Então não, eu não quero sair com você e sinto muito por isso.

O garoto fica sem palavras, é obvio que fica. Ele esperava que eu cedesse, achou que seria facil e eu o perdoaria por tudo.
Bem, se ele acha que sou idiota, é realmente uma pena. Sei pelo que vale a pena lutar e pelo que vale a pena ceder. E isso aqui não se encaixa em nenhuma das duas coisas. Isso não é importante, não mais. Eu o perdoo, mas nunca, nunca mesmo voltaria atrás.

— Agora, se me dá licença, preciso ir. Tenho que encontrar meu namorado — é a última coisa que digo antes de passar direto por ele em direção à saída.


OBS.: capítulo sem revisão.
perdoem qualquer erro de escrita :)

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora