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Matador

Enrolava o cabelo dela na minha mão enquanto estocava fundo.

Matador: Vem por cima caralho.- tinha mais ou menos uma hora que eu mudava de posição pra  poder gozar com essa puta mas não dava não namoral, tava puto pra caralho.

Ela gemia no meu ouvido mas parecia que era uma gazela, gemia altão, mina já tinha gozado duas vezes e eu nada, namoral tava puto pra caralho.

Matador: Namoral aí mina, faz aquele negocio de apertar a xereca aí.

Ellen: Que negócio?

Olhei pra ela com mó olhão, sai fora mina não sabe fazer porra nenhuma. Tirei ela de cima de mim e tirei a camisinha, meu pal amoleceu na mesma hora. Ravena sabia fazer um bagulho massa com a xereca, ela apertava meu pal lá dentro e só conseguia gozar assim, namoral me acostumei mermo.

Matador: toma.- tirei 200 reais do meu bolso e dei pra menina.- vaza.

Ellen: Eu não tô ficando contigo por dinheiro não Matador, tô ficando contigo por que eu gosto.

Matador: Sem Papinho gostoso pra cima de mim tá ligado? Não fode.

Ellen: Você precisa de uma mulher, os bandidos quase todos tem fiéis e você não, eu sei fazer de tudo, sei limpar casa, fazer almoço e não ligo se você me trair...- cortei ela.

Matador: Aí mina, não tô querendo fiel nenhuma não se ligou? E se fosse pra ter uma não ia ser tu não porra. Mete o pé.

Ellen: mas eu pen...

Matador: Mete o pé, agora.- botei ela pra fora do barraco que eu levava as mina.

Tava pilhado demais já, é tanta pica no meu cu que eu nem dei mais o que fazer, é Alemão querendo meu morro, é delegado querendo minha cabeça por matar a filha dele, é polícia me querendo preso, é Fernanda arrumando confusão com qualquer mina que chegue perto de mim, sinceramente tá foda.

Sem contar com a Ravena que tava fazendo um cú doce da porra né? Mina mandada do caralho, não quis me ver de jeito nenhum, fiquei puto, mas deixa ela pow, pode deixar essa safada, também não vou correr atrás dela não, deixa estar.

Fui pra casa tomar um banho gelado, minhas bolas tavam roxa só querendo gozar, mas não podia fazer nada, não ia bater porra de punheta nenhuma, não sou adolescente.

Subi pra lage da minha casa e fui fumar um baseado mas a onda bateu errada demais, sem condições. Minha cabeça começou a pesar e eu comecei a pensar em muita coisa. Na rejeição dos meus pais de sangue, da minha "família" e no tanto que eu sofri naquela abrigo quando ainda era uma criança, veio na minha cabeça as outras crianças sendo adotadas e eu continuava naquele inferno junto com as outras crianças pretas por que ninguém queria.

Namoral ter nascido preto por muito tempo foi uma cruz pra mim, eu odiava minha cor, odiava meu cabelo, odiava tudo que viesse da minha cor. Afinal ter minha cor nunca trouxe privilégio nenhum pra mim era só desgraça nessa porra.

Mas quando eu aprendi a gostar mesmo da minha cor as coisa mudaram, hoje em dia só pego as tchuca, só mulher gata, branca, preta, morena, ruiva, indígena, tudo no colo do pai.

atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora