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Matador

Abri a câmera do celular gravando a surra que a Aline tava dando na Fernanda. Ela tava chorando pra caralho, mas é assim mesmo que aprende. Eu chamo a Aline sempre que tem qualquer problema com as minas daqui, ela mete o pal nas mina sem leme.

A mina bate pra caralho mermo. Mas também pow, ela é mó cavalona, uma perna dela da eu todinho. Sou brisado demais na Aline, mina responsa, gente boa e tá sempre me dando uma moral aí.

Não me sinto muito confortável em bater nas mina não, por mais cuzona que elas sejam. Eu mato mulher? Mato sim! Mas num bato não tá ligado? Talvez não tenha diferença, mas eu meter a mão numa mina olhando pra cara dela é mais difícil que simplesmente da um tiro na cabeça.

Na minha mente essa porra aí faz sentido.

Matador: Pode parar já Aline. Pega ela e bota sentada na cadeira aqui.- a Aline colocou a Fernanda na cadeira e eu volto a gravar.- fala o que tu tem pra falar Fernanda.

Fernanda: a lojinha...- soluçou chorando.- a lojinha da Bruna e da Ravena não vende roupa rasgada e nem de qualidade ruim.- limpou o nariz que tava escorrendo.- Eu que sou invejosa.

Matador: E o que mais?

Fernanda: Não tenho mais nada pra falar.- ela tava puta pra caralho, mas a mina também é invejosa pra porra, odeio essas meninas que ficam fazendo de tudo por causa de macho, e Fernanda é muito assim.

Matador: Tem certeza?- ela concordou com o maxilar travado.- Aline pega um pedaço de pal pra dar nas canela dessa desgraçada aqui, tenho certeza que ela vai lembrar de mais coisa.

Fernanda: NÃO.- Gritou.- Não, eu falo.- fungou e abaixou a cabeça- Desculpa Bruna e Ravena, por ter falado mal da loja de vocês.

Matador: Abaixa a cabeça não pow.- levantei o queixo dela pra ela olhar pra câmera.- Bora que o pessoal do Twitter quer olhar no teus olhos enquanto tua fala. Tu não teve coragem pra ir falar mal do trampo das mina? Agora tu tem que ter coragem pra desmenti também pow.

Fernanda: Desculpa Bruna e Ravena por ter falado mal da loja de vocês.- os olhos dela tavam vermelho pra caralho, mas num era de chorar não era de ódio mermo.

Matador: É isso aí, boa menina.- dei um tapinha na cara dela.

Pica pal: Aí patrão, chega mais.- olhei pro pica pal que tava com a mão na cabeça parecendo preocupado. Desliguei a câmera postei o vídeo e fui na direção dele esperando ele falar.- aí patrão, queria te preocupar não, mas a tua carga de pó foi roubada ontem a noite, tudo indica que tenha sido o Gomes, por vingança com o que tu fez com o Cobra.

Passei a mão no rosto já estressado com essa porra, namoral é sem condições isso. Tô sendo roubado a mais de um mês, e não tô conseguindo resolver essas porra.

As coisas eram bem mais fácil' quando eu era o empregado e só matava todo mundo. Pra mim a solução de tudo é matar pow, não tinha outra, mas agora as consequências de sair matando todo mundo tá batendo na porta. E pra mim a única solução seria matar quem tá enchendo meu saco, meus bagulho se resolvia assim, sem cutcharra.

Pica pal: Sem contar que que a gente tá precisando pagar os polícia que tão de informante pra gente.

Matador: Caralho.- passo a mão na sobrancelha.- Só pica. E o baile? Vai dar pra organizar não?

atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora