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Ravena

Observei o Daniel e a Natália uma colega do curso entrarem no quarto do Matador e ficarem totalmente chocados com a situação dele, eu não tava em condições de costurar ele então tive que pedir ajuda ao Daniel que trouxe a Natália junto.

Daniel: É o mesmo cara que apontou a arma pra mim?- concordei com a cabeça.- e o que aconteceu com ele?

Ravena: Você poderia não fazer perguntas por favor, é melhor assim.- tentei sorrir pra amenizar o impacto das palavras e ele pareceu entender.

Natália: Oi.- sorriu pra gente.- infelizmente eu não trouxe anestesia, o Daniel falou que precisa de mim urgente e eu não tive tempo de pegar nada a não ser o essencial.

Ravena: Ele não vai aguentar, ele tá morrendo de dor.- olhei pro Matador que nesse momento parecia tá em outro mundo do tanto que ele tava com o maxilar trincado, parecia tá com ódio.- o que a gente pode fazer?

Daniel: A gente pode dar álcool pra ele, pra amenizar a dor e a gente conseguir cuidar do pé dele e dos outros ferimentos.- fui na cozinha e peguei uma garrafa de vodka.

Entrei a garrafa pro Matador beber e vi ele virando aquela garrafa de vodka com tudo na boca.

Natália: É melhor você ir de vagar.- o Matador olhou pra ela com uma cara de ódio e ela engoliu em seco.

Matador: Começa logo esse caralho.- se sentou na cama.

Quando o Daniel tirou o pano do dedo do Matador eu tive que me segurar pra não cair ali mesmo. Eu estudo enfermagem, eu sei, mas porra ver ele daquela forma é diferente de ver um paciente, e também saber da forma como eles fizeram isso nele só faz isso tudo parecer pior.

Eles começaram a cuidar do dedo do Matador e ele bebendo altas golada da vodka, com certeza ele tava sentindo dor mas continuava lá firmão.

Tava ficando um pouco incomodada com a forma que a Natália olhava pro Matador, ela tava limpando a ferida no lábio dele de uma forma "sensual" eu diria, e tava enfiando o peito todo nada cara dele enquanto fazia isso, o Matador tava mais concentrado na garrafa de vodka e não tava nem percebendo o que ela tava fazendo.

Eu poderia intervir nisso mas preferi não, nós dois passamos por muita coisa hoje pra continuar nesse estresse, sem contar no fato que ele tava gostando mais de beber a vodka.

Daniel: Não vai demorar mais.- falou enquanto passava a atadura no pé do Matador que se contorcia todo com a dor.

Matador: Era tu que queria levar minha mina pra sair né?- falou olhando pro Daniel e eu procurei alguma buraco pra enfiar minha cara.- Tu é bonzão pra mecher com mulher de bandido né?

Nessa mesma hora todo mundo que tava naquele quarto virou o rosto pra mim, a mãe do Matador, a Luana, meu irmão e os soldados dele que tavam lá. Mas ninguém se atreveu a falar nenhum A.

Poderia tá com raiva? Poderia sim, mas quando ele falou "mulher de bandido" se referindo a ele na frente de todo mundo eu dei um sorriso tão bobo, mas me reconpus logo depois, não posso ser fácil assim não.

Daniel: Eu não tô interessado na Ravena.- O Matador pegou o litro de vodka dando mais um gole.- mesmo ela sendo muito bonita...- ele nem terminou de falar por que o Marlon interrompeu ele.

atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora