Matador
Os moleque da boca chegaram pra recolher a velha morta do chão e eu só conseguia pensar naquele moleque que saiu daqui correndo. Não devia ter falado assim com ele, o garoto só tinha 13 anos de idade e já tá pra essa vida, mas não é qualquer um que tem sangue pra ver uma pessoa morrer na sua frente não, tem que ter muita frieza, coisa que ele parece não ter.
Matador: Aí de boné.- chamei um dos moleque da boca que tava levando a velha com outros dois.- Fala o nome e onde mora o menor que foi chamar vocês.
Xxx: O neguin?- concordei com a cabeça.- Pô Matador, sei onde ele mora exatamente não, sei que ele mora aí pra rua de cima junto com a mãe. O nome dele é Davy pow.
Matador: Valeu menor.- Levantei e fui passar na casa onde as meninas estavam ficando, ainda tinha que avisar pra elas que elas iriam viajar amanhã cedo. Sei que a Luana vai ficar grilada, aquela ali odeia ficar longe de mim e eu nem sei quanto tempo elas vão ficar lá.
Cheguei em casa e tava a Ravena sentada na mesa conversando com alguém no celular enqua e minha mãe e a minha irmã assistindo o jornal daquele corno do Luiz Bacci. O cara tava me esculachando lá na televisão, namoral fico putasso com isso.
Matador: Tá chorando por que Luana? Tu assiste essas porra por que quer, sabe que o que tão falando aí não é verdade.- abaixei na altura do sofá onde ela tava deitada e dei um beijo na bochecha dela.- Vai acontecer nada com teu irmão não, minha linda, confia em mim. Vamos tomar o remédio vamos?- ela concorda com a cabeça e minha mãe chega perto de mim me dando um beijo.
Maria: Tá sendo difícil demais Marlon, não sei por quanto tempo a gente vai aguentar viver assim não.
Matador: Relaxa mãe, vai dar tudo certo, tu confia em mim não?
Maria: Confio mas é que...- nem deixo ela terminar
Matador: Mas nada pow, mas nada. Confia em mim por favor. Levanta Luana, vamos tomar o remédio. Vou fazer aquele sanduíche com Nescal pá tu, mas é só se parar de chorar.- ela concorda limpando o olho.- então sorri aí.- ela da um sorrisinho sem graça e eu dou um cheiro no pescoço dela
Maria: Também quero.- faz um biquinho e eu sorrio dando um cheiro no pescoço dela também.
Matador: Vocês tão tudo marrenta né? Tudo manhosa, que isso. Tem preto aqui pra todo mundo.
Levo a Luana pra cozinha e começo a fazer o sanduíche dela com presunto, queijo e tomate junto com um leite com Nescal. Tento sempre ser o melhor irmão pra minha irmãzinha, ela precisa muito disso, a depressão e ansiedade torna ela muito vulnerável, tenho medo de que a qualquer momento possa perder ela pra essa doença maldita, então tento ser o mais presente possível.
Termino de fazer o sanduíche dela e corto as bordas por que ela não gosta, a menina tem 16 anos e eu trato que nem criança, mas é isso mesmo e sempre vai ser minha vida pela dela.
Luana: por que você não se entrega?- olho pra com a sobrancelha erguida.- se entrega pra polícia Marlon, vai ser o melhor a se fazer.
Matador: de onde tu tirou que se entregar e passar o resto da minha vida preso é melhor Luana? Tá doida?
Luana: prefiro te ver preso pro resto da vida do que morto e nunca mais te ver. Você é meu irmão, meu melhor amigo, eu não posso perder você.
Matador: e o que te faz pensar que eles vão me deixar viver? Eu matei a mina filha de delegado, eles tão me caçando pra matar, não pra prender. E também quem vai cortar as bordas do teu pão neguinha?
Luana: Eu levo na cadeia pra você cortar.- ela ri toda fofa.
Dou um beijinho no nariz dela e um cheiro no pescoço.
Matador: Gosto de te ver assim tá entendo? Linda.
Saiu da cozinha deixando ela comer sozinha e vou pra sala onde a Ravena já parou de conversar, mas tá com cara de choro com a mão na cabeça, é realmente não tá fácil pra ninguém.
Matador: Ouu, vou aproveitar que tá todo mundo em casa pra avisar que vocês vão pra Minas, vão passar uma temporada lá até a poeira aqui abaixar, aqui não é seguro pra nenhuma de vocês.
Maria: e onde a gente vai ficar?
Matador: Na casa de uma parceira minha, vão tá em segurança, não precisa se preocupar não, ela vai levar vocês hoje pela madrugada pra não ter nenhum alarde, 4 hrs quero todo mundo aqui.
Minha mãe concorda mas a Ravena parecia um pouco aérea, essa porra tá estranha a mina é sempre alegre e do nada tá toda pra baixo. Tudo bem que as coisas tão complicadas, mas até ontem a mina tava normalzona.
Chego perto dela e falo:
Matador: Aê Ravena, tudo tranquilo?
Ravena: Tranquilo não tá não né, mas fazer o que?- ela sorri sem graça.
Matador: Porra cara, realmente a coisa tá complicada mesmo, mas tu pode fazer um favor pra mim?- ela me olha curiosa
Ravena: Favor? Pra você?- eu concordo e ela sorri mostrando a covinha na bochecha.- Vai pedir pra eu matar alguém?
Matador: O matador aqui sou eu. Queria saber se tu já fez essas trancinhas?.- mostro meu cabelo pra ela.- tá precisando de manutenção e tu já trabalhou um tempo no salão da Lara, queria saber se tu se arrisca a fazer em meu cabelo.- ela sorri toda animada.
Ravena: Sério que você vai deixar eu transar seu cabelo?- concordo com a cabeça.- Eu nunca fiz tá? Mas eu já vi a Lara fazendo algumas vezes numas clientes.- ela levanta animada.- vou pegar minhas coisas no quarto, já volto.
Matador: Vou tomar um banho e vou pro seu quarto, me espera lá.- ela concorda e eu vou tomar um banho
...
Entro no quarto da Ravena vendo ela de costa só de shortinho e uma blusinha curta. Porra cara, aquela bunda daquela mulher é covardia.
Matador: Que isso, minha intensão era só cortar o cabelo mas com tu desse jeito aí cara.
Ravena: Nem vem, seu osado. E que negócio é esse de cortar cabelo? Pensei que eu fosse transar ele.
Matador: Quero deixar ele na régua, cansei dele desse jeito.
Ravena: Tudo bem então, você que sabe. Senta aqui na cama.- Sorrio safado.- aí cara, para de ser pervertido. Só pela ousadia vai sentar na cadeira agora.
Matador: Coé, tu só me esculacha mina. Mas tá bom pow, é desse jeito mermo, só sirvo pra ser esculachado mermo, não recebo nenhuma moral.
Ravena: Olha o drama do gato.
...
Até o próximo capítulo negada.
Deixa uma estrelinha aí pra me motivar a escrever. Um beijo
VOCÊ ESTÁ LENDO
atrás das máscaras (MORRO)
Fiksi PenggemarBom seria se toda a maldade do mundo pudesse ser identificada pelo brilho de um olhar, talvez assim, não teria feito da vida uma passagem tão ingrata pra Deus, o criador. Hoje, onde me encontro nem posso dizer que a vida foi ingrata, pois eu que não...