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Matador

Matador: Tem um galpão lá dentro, nesse galpão tu vai encontrar 3 galão de gasolina cheio, como tu vai fazer pra jogar gasolina aqui sem ninguém perceber? Não faço a mínima ideia, dê seus pulos.


Matador: Não pensa em fazer nenhuma gracinha não, tá ouvindo?- peguei o Tablet novamente mostrando as filhas dele.- tu tem 1 hora pra fazer isso, se em uma hora eu não mandar mensagem pros caras que tão com tuas filhas eles vão queimar elas viva. Tá entendo?- ele concordou.

Matador: Quero que tu pegue aquele extintor de incêndio que tá la perto do banheiro e tranque lá dentro e me entregue a chave.- ele olhou pra mim desesperado e eu entendi na hora que ele já tinha plano pra aquele extintor.- Tu acha que eu ia ser burro assim Peixoto?

Ele saiu em direção ao banheiro pegando o extintor sem ninguém perceber e colocando lá dentro e trancando logo em seguida, olhei bem pra mão dele na hora que ele trancou a porta, não sou burro não, sei bem que ele podia não trancar aquela porta e entrar  com o extintor quando o incêndio tivesse começado.

Eu planejei muito bem essa porra não poderia sobreviver ninguém. E só o fato do clube ser totalmente fechado e ter um tapete felpudo cobrindo o chão todo ajudaria muito o fogo a se propagar.


Olhei pra trás vendo o Peixoto muito apreensivo com os galões de gasolina na mão, fui em direção a ele e estendi a mão pra ele me dá a chave.

Peixoto: Tu nunca vai ser feliz Matador, nunca.- ele olhou pros galões de gasolina.- Espero que eu não esteja vivo quando tu for pai, por que se depender de mim, elas não vão nem chegar a nascer.

Vi ele destampando o primeiro galão de gasolina e virando no chão, olhei a gasolina se espalhar por todo o tapete e tive certeza que ninguém sobreviveria a isso.

Os restantes dos policiais sentiram o cheiro da gasolina mas não sabiam de onde tava vindo, por enquanto que eles procuravam, eu entreguei o fósforo pro Peixoto e falei.

Matador: Pensa nas suas filhas.- ele olhou apreensivo pra caixa de fósforo  e eu saí de la de dentro vendo ele jogar o fósforo no chão. Tranquei o portão do clube com um cadeado e fiquei um bom tempo ouvindo os gritos.

O erro deles foi principalmente na escolha do lugar, um clube onde a casa mais próxima tinha 5 km de distância e que quando a ambulância chegasse eles já estariam todos mortos.

Ouvi eles baterem no portão na esperança de que alguém abrisse, choro agonizante, gritos estridentes. Eu podia ouvir o desespero de longe.

Passei uns 20 minutos em frente ao clube ouvindo tudo, olhando pro que eu tinha feito, e porra, né qualquer pessoa que tem estômago pra fazer essa porra não, são 250 pessoas que eu matei, deixei uma grande parte da população sem pai e sem filhos.

E por mais que uma grande parte dessas pessoas eram umas filhas da puta, uns 15% dali poderia ser considerado honesta, mas é como eu falo, lugar errado e hora errada.

Quando eu ouvi a sirene da polícia junto com a do bombeiro vindo um pouco longe eu comecei a correr em direção ao meu carro, olhei pro meu carro vendo que a janela tava quebrada meu coração quase parou.

Se o Piauí tiver saído a pouco tempo a chance dele encontrar com a polícia era grande, e se a polícia pegar ele por aqui, vão ligar ele as mortes iai ele tá fodido pra caralho.

Comecei a procurar ele pelas redondezas, mas quanto mais eu procurava ele, mais as sirenes chegavam perto, a fumaça já tava alta pra caralho e daqui uns minutos aqui ia tá cheio de carro de polícia, da mídia e de curioso, tinha que sair daqui agora.

Entrei dentro do carro e dirigi, a todo momento eu olhava pros lados tentando ver se eu achava o Piauí, durante o caminho até o morro eu liguei pra ele umas 10 vezes e nada, nenhum sinal dele.

Tava preocupado pra caralho, se ele tivesse no caminho eu já teria achado ele, nesse momento eu não podia mais voltar o caminho pra tentar achar ele por que o lugar já tava cheio de polícia.

Subi o morro com minhas carnes tremendo, meu coração acelerado, tava mal conseguindo dirigir, se ele foi pego, ou ta morto a culpa dessa porra é minha.

Parei o carro em frente a minha casa e encostei minha cabeça no volante, não tava mais conseguindo pensar em nada, na minha cabeça só vinha como eu ia falar uma porra dessa pra Ravena.

Saí de dentro do carro e fui em direção a minha casa abrindo a porta.

Quando abri a porta de casa e encontrei o Piauí sentado no sofá da sala eu dei uma aliviada.

Mas meu alívio logo sumiu quando eu olhei direito e vi a Ravena o G3 e a minha mãe também sentados, além de ter uns caras de outros morro também aqui, o G3 tava com a cabeça baixa, Ravena com os olhos cheios de lágrimas de mãos dadas com minha mãe e o Piaui com uma cara de preocupado.

Matador: O que é que tá acontecendo?- Perguntei mas todo mundo continuou calado.- Qual foi Piauí? Conta logo caralho.

Piauí: Aí Matador, aconteceu uma parada aí...-

Se eu achava que o que eu tinha feito naquele Clube tinha tirado um pouco da minha humanidade, é por que eu ainda não sabia o que eu teria que fazer daqui em diante.

(....)

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Sugiro pra vocês que gostam de paz nas fics que finjam que a história acabou no capítulo 55 tá? Rsrs

Gente desculpa a falta de detalhe no começo do cap, eu acho que a morte dos policiais ficou bem amador, mas eu simplesmente não consegui fazer melhor que isso, prometo que vou tentar melhoras.

atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora