atrás das máscaras (MORRO)

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Ravena

O Peixão fugiu da cadeia...

Ele não queria o dinheiro que foi roubado pela Luana e pelo Binho, ele não tava nem preocupada com a questão do roubo na favela. Ele usou o roubo ao banco como pretexto pra conseguir fugir.

Ele queria uma distração.

Ontem, quando o Marlon assaltou o banco junto com os outros, a polícia ficou atrás dos assaltantes. Ou seja, estavam todos ocupados demais com o assalto pra poder se preocupar com presidiários, e sabendo disso o Peixão usou essa distração para fugir.

Hoje, já fora da prisão, o Peixão requisitou uma reunião com todos os fortes, principalmente com o Marlon que tá sendo muito bem falado nesse mundo do crime, tão colocando ele em um patamar muito alto. O que torna tudo muito preocupante, se ele tá crescendo tem nego crescendo o olho pra cima dele também, e não tem nada pior do que a inveja.

Tava terminando de me arrumar, cabelo solto, vestido longo decotado na perna e no peito. O Marlon disse que queria que eu fizesse uma maquiagem forte, que mostrasse segurança e determinação, então aqui estou eu.

Me levantei arrumando o meu cabelo e vi ele entrando no quarto de cara fechada, ele não tava nada feliz em ter que ir pra essa reunião. A gente veio pra esse lugar justamente pra se esconder e ficar um tempo fora disso tudo, ficar saindo é arriscado demais.

E o pior de tudo é que a única preocupação dele tá sendo eu, ele tá pouco se fudendo pro que acontecer com ele.

Matador: Tá linda demais.- sorriu pra mim.- nem queria te levar não nega, mas não vou te deixar aqui sozinha com esse tanto de verme me procurando não.- eu concordei, também não queria ficar aqui só.

Ele pegou alguma coisa no armário dele e ajoelhou na minha frente levantando o meu vestido.

Ravena: O que você tá fazendo? Seu tarado.- arqueei meu corpo sentindo ele subir as mãos na minhas pernas.- Amor, agora não.- ofeguei fundo.

Ele começou a amarrar uma liga na minha coxa, um palmo acima do meu joelho. Fiquei observando o que ele iria fazer, ele pegou uma faquinha bem  pequena e colocou preso na minha perna.

Matador: Espero que tu não precise usar.- deu um beijo no meio da minha coxa e na minha barriga, sorri com a cena.- só por precaução mermo, qualquer coisa tu pega e se defende.

Ravena: Com essa faquinha pequeninha amor, como se defende com isso?

Matador: Se tu souber usar tu consegue fazer qualquer coisa, linda.- levantou colocando a mão na minha cintura.- Tu é minha mulher, vai saber se defender de qualquer coisa.

A gente entrou no carro e ele dirigiu até o local que ia ser a reunião, olhei pra trás vendo que tinha dois carros atrás e duas motos na frente, o Marlon tem segurança sempre que a gente sai, foi mais questão de necessidade mesmo. Mas em casa ele não quer não, por que fala que quer privacidade.

Olhei pra frente vendo o Marlon dirigir com a mão na minha perna e a outra no volante, gostava de ver ele dirigindo, as veias do braço saltando, a forma como ele colocava a mão na minha coxa como um gesto possessivo e cuidadoso ao mesmo tempo.

Tudo nele é extremamente atraente, a forma como ele fecha a cara, a postura desse homem, meu Deus... Até as marcas de bala que ele tem na pele deixa ele extremamente gostoso, fico fraquíssima.

A gente chegou no lugar da reunião que não era o mesmo que o da outra que a gente foi. Essa era bem mais assustadora, e parecia realmente uma fábrica, tanto que tinha até aquelas chaminés enormes, o lugar era bem assustador.

Deixamos o celular do lado de fora com o segurança, juntamente com as armas também, a única coisa que a gente tinha era a faquinha escondida no meio das minhas pernas. No meio do corredor o Marlon me parou e segurou meu rosto.

Matador: Quando a gente entra lá dentro é cara fechada, Ravena. Pode tu ir tirando essa carinha de simpática que tu tem, nada de simpatia aqui.- ele arrumou meu decote do peito querendo fechar mais.- Sem risadinha pra ninguém, tá entendo?

Eu concordei com a cabeça e assumi uma postura muito mais ereta, em todos os sentidos. Peguei na mão do Marlon vendo ele assumir outra postura também, ficando mais sério do que já era, fiz o mesmo que ele fechando a cara.

Quando a gente entrou tinha um monte de mulheres sentadas em volta de uma mesa conversando, todas lindas e pelo visto Acompanhantes de luxo, e namoral mermo, queria ficar aqui não, dava pra sentir a falsidade de longe, Deus me livre.

O Marlon me puxou pra uma sala mais afastada que os caras estavam e a gente entrou. A sala fedia a dinheiro, sério, cheiro de dinheiro mesmo. La dentro tinha uns 20 caras. Eles estavam ao redor de uma mesa enorme de mármore, muito dinheiro na mesa, pó e eu vi pelo menos 7 litros do Whisky Royal Salute, do original mesmo.

Xxx: Aí Matador, as mulheres ficam na outra sala.- Um homem gordo parecendo um porco falou.

Matador: Minha mulher vai ficar junto comigo.- ele puxou a cadeira pra eu me sentar ao seu lado.

Xxx: Qual foi a tua garoto? nem minha mulher tá aqui dentro e tu quer trazer a tua.

Matador: Tô pouco me fodendo onde a tua mulher tá, Abelha. Nós não tá no mermo patamar não parceiro, minha mulher vai pra onde eu for.- ele se inclinou na mesa olhando pro tau Abelha.- Minha mulher vai ficar aqui e acabou. E é bom tu não achar ruim por que eu tô doido pra Matar vagabundo.

Abelha: Tu tá me ameaçando seu moleque?

Matador: Tô sim pow, vai me peitar pra tu ver caralho?- Ele tacou a mão na mesa que até eu me assustei.- Peita pra tu ver.

Todo mundo ficou calado novamente e eu fiquei com muita vontade de rir por causa da cara que o outro homem fez, mas me mantive na postura como meu neguinho falou.

Antes de vim o Marlon me falou que nesses lugares com esse tipo de pessoa não se pode tá dando uma de bonzinho não por que ninguém aqui é amigo de ninguém, e se tu for bom, eles te bota como otário.

Ouvi uma risada do outro lado da mesa e olhei vendo um homem velho fumando um charuto. Esse deve ser o chefe, o Peixão. Ele era velho, mas conservado. Na verdade a maioria dos caras que estavam aqui eram mais velhos, acho que o Marlon é o mais novo.

Peixão: Eu sempre soube que esse garoto ia ser foda pra caralho, eu sentia.- ele sorriu.- a reunião hoje é sobre tu Matador, quero te fazer uma proposta, espero que não recuse.

(....)

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Estou sentindo vcs engajando muito pouco, poxa.