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Matador

Passei a noite toda cheirando e esperando amanhecer pra poder levar a Kátia. E mais uma vez meu nariz tava sangrando pra caralho, já aconteceu tanto isso que eu já tô até me acostumando.

A euforia já tinha passado e eu tava agora na fase da tristeza, uma coisa que pessoas que não usam cocaína não devem saber é o quanto você fica triste quando o efeito dela passa, tô tentando ao máximo deixar ela de lado, sou chefe dessa porra, cabeça erguida sempre.

Levantei indo até a pia limpando a porra do meu nariz que daqui a alguns meses se eu continuar nessa com certeza eu vou perder o olfato, é a consequência.

Fui até o quarto onde a Kátia tava e entrei vendo ela deitada na cama só de calcinha e com a bunda empinada pra cima, já sabia que ela tava acordada e tava só com joguinhos, conheço essa peça, mas pro azar dela eu não tô com nenhuma paciência nessa porra.

Matador: Levanta logo e se troca aí Kátia, namoral.- Ela olhou virou olhando pra mim e revirou os olhos.- vamo logo.

Kátia: Você não vai mais nem tentar mesmo?.- levantou vindo até mim de novo e eu passei a mão na cabeça totalmente estressado.- Tô te entendo não Matador, namoralzinha mermo.

Matador: Te dei teu dinheiro já Kátia bora logo porra.- ela começou a beijar meu pescoço.- Para aí Ravena, namoral.

Kátia: Ravena?- deu um sorriso amargo e eu já logo percebi a merda que eu tinha feito.- quem é Ravena?

Peguei minha arma que tava na cintura e apontei pra cabeça dela, paciência já tinha se esgotado pra eu tá batendo papo com vagabunda.

Matador: Tu me conhece por acaso?- me abaixei ficando do tamanho dela e juntando nosso rosto ainda com a arma na cabeça dela.- Tu não ouviu eu falar que é pra tu vestir a roupa e sair.- Engatilhei a arma.- Não me testa não que eu estouro essa arma bem aqui na tua cabeça. Tu dúvida?- ela negou com os olhos arregalados.- pois eu acho bom.- tirei a arma e guardei.- dou cinco minutos pra tu vestir a roupa.

Sai do quarto indo esperar ela na salinha que tinha lá, em menos de 5 minutos ela saiu do quarto e eu fui levar ela na barreira, aproveitei que o Piauí tava de plantão hoje e passei onde ele tava dando uma buzinada e uma piscadinha de olho.

Deixei a Kátia na barreira e passei na boca vendo o Piauí sentando na cadeira com maior cara de cú. Cheguei lá sorrindo atoa.

Matador: Olha aí, duvidou do pai.- sentei na cadeira em frente a ele com um sorrisão no rosto.- foi a noite toda meu parceiro, meu pal não parou nem pra beber água.

Piauí: Ai, tô nem acreditando nessa porra não cara.- ele parecia que tava puto mesmo.

Matador: Já viu bandido se apaixonar? só tu mermo parceiro, eu mesmo não me apaixono não. Pai tá sempre na ativa, passa nada.- ouvimos alguém em abrir a porta.

G3: As garotinhas tão reunidas?- se sentou do nosso lado e eu já fechei a cara.

Matador: Tá fazendo o que aqui? Era pra tu tá procurando quem tá me roubando pow.- virei direito pra ele.- Vive só passeando por aí, vejo tu trabalhando de jeito nenhum.

G3: Calma aí Matador, qual foi? Estresse do caralho, tu precisa mermo é fuder.- o Piauí deu uma risadinha de lado negando com a cabeça.- as coisas não se resolvem assim não meu mano.

atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora