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Matador

Não sou de dar muita moral pra mulher não, mas essa Ravena é sem condições linda pra caralho e gostosa no mesmo nível, fico fraco. Mas é irmã do parceiro, né? Não sei como ele reagiria. Mas também tô pouco me fudendo.

Ela entrou no banco do carona e fechou o carro, no caminho de ida pra casa dela ela sussurrou alguma coisa e começou a fazer cara feia, como se fosse chorar, eu só tava olhando ela de canto, a mina começou a ficar com cara de desespero mesmo. Será se ela acha que eu vou matar ela? Só pode tá de palhaçada nessa porra.

Matador: Qual foi mina? Tá com essa cara por que? Vou fazer nada contigo não ow.- ela virou olhando pra mim.

Ravena- você pode passar em uma farmácia antes, por favor.

Matador- passo sim, tá sentindo dor?- perguntei pra ela enquanto ela fazia uma cara estranha e mexia nos dedos nervosa.

Ravena- Só passa na farmácia, fazendo favor.- Assenti e olhei pra frente dirigindo.

Parei na farmácia, estacionei o carro e destravei esperando ela ir na farmácia comprar o que tinha que comprar. Ela ia levantando do banco quando arregalou os olhos e sentou no banco de novo passando a mão na cara, namoral quase rio da cara que ela fez, mas já tava ficando preocupada a menina parece que é doida.

Matador- é melhor tu me falar o que tá acontecendo.

Ravena- Eu nunca passei tanta vergonha na minha vida.- olhou pra mim com os olhos lacrimejando- A minha menstruação desceu e eu tenho quase certeza que sujei o banco do seu carro.- falou sem me olhar. Nem tentei disfarçar minha cara cú, porra, carro novinho limpinho.

Namoral, isso não é a primeira vez que acontece, por incrível que pareça eu já fiquei até acostumado com isso. Minha irmã já sujou meu colchão inúmeras vezes enquanto dormia comigo na cama, namoral ficava no ódio, tinha vezes que eu acordava sentindo alguma coisa molhada na cama, quando ia ver já tinha rolava várias vezes pelo sangue da Luana, acordava no ódio e mandava ela ir lavar os lençóis de madrugada, ela ia? Não! Mãe eu mandava.

Ravena- você vai ter que comprar um absorvente pra mim.- falou olhando pra mim com as bochechas vermelhas de vergonha, fofa.- compra um noturno da olways, com abas e outro da sempre livre, tá bom? - concordei com ela mesmo não estando entendendo porra nenhuma.

Entrei na farmácia e fui peguei uns 3 absorvente de qualquer marca que eu achei, nem olhei nada de marca e nem se tem aba ou não, sei lá que caralho é isso. Na hora que eu tava saindo me esbarrei na Fernanda

Fernanda: Caralho Marllon, você sumiu em, não atende mais minhas ligações não responde minhas mensagens.- Fernanda foi um rolo meu das antigas, a gente até chegou a namorar quando a gente era mais novo, mas a mina é surtada demais, toda vez que sabia que eu tinha ficado com outra ela ia lá bater na outra, isso me fodeu demais principalmente depois que ela espancou uma mina que era filha de uma facção aliada, o mano foi tirar satisfação comigo e eu acabei levando uma surra do caralho, mas quando cheguei em casa ela levou o dela também, desde então só chego junto nela quando quero comer alguém e tô sem opção, o que nunca acontece, sempre tenho uma a disposição.

Matador: Aí Fernanda, se não te respondo é por que não quero falar contigo caralho, e para de me chamar pelo nome pow, pra tu eu me chamo matador e acabou.- falei já puto, mina chata do caralho, me enche direto.

Fernanda: Pois que assim seja, quando tiver com vontade de foder procura outras das suas putas, por que eu não vou estar disponível pra você quando você quiser.- dei um joinha pra ela e segui pro carro. Abri a porta e entrei vendo a Ravena sentada roendo as unhas dos dedos.

Matador: Toma- entreguei a sacola pra ela e ela começou a olhar fazendo careta, deve ter percebido que não comprei nada certo.

Mas qual a diferença dessa porra, tudo não é pra botar na buceta? Não importa se tem ou não abas, euem bagulho complicado do caralho. Sem contar que ela não pode reclamar de nada, sujou o banco do meu carregador limpinho.

Ravena: Obrigada.- ela falou toda sem graça.

Matador: tem problemas não, não precisa ficar com vergonha também não, essas coisas são normais. - liguei o carro voltando a dirigir pra casa dela.

Ravena: Eu sei que é normal, mas continua sendo constrangedor sabe? Eu mal te conheço

Matador: fica de boa pow, tá fazendo o que aqui nessa favela? sair da sua casa pra vir morar na favela é nova pra mim.

Ravena: Morar no interior do Piauí também não é grande coisa não- ela rio- eu achei que aqui teria mais oportunidades de crescer fazendo o que eu gosto, que é mexer com cabelo.

Matador- tá certa.

Ravena- e você, faz o que da vida?- ela perguntou, mas depois deve ter percebido o que falou e fez uma cara de assustada, me amarro nas reações dela- quer dizer...esquece o que eu falei tá? Até por que seu vulgo é matador, deve se imaginar o que você faça.- ela  riu sem graça.- sabe, eu pensei que você fosse uma pessoa totalmente diferente.

Matador: diferente como?

Ravena: sei lá, estranho tipo que gosta de ficar se crescendo pra cima dos outros, eu morei um bom tempo em Pernambuco, e eu conhecia uns bandidos que gostavam muito de se achar superior.

Matador: primeiramente que nem bandido eu sou, nunca roubei nada de ninguém.

Ravena- Já sim- ela afirma, olho feio pra ela, qual foi dessa mina me chamando de ladrão.- Você mata pessoas, já roubou de muita gente o direito de viver.

Matador: eu não mato ninguém, eu dou só o tiro, quem mata é Deus.- ela gargalha alto, mas logo depois se controla.

Ravena: Eu amo esse tipo de humor negro sabe?- estaciono o carro perto da casa dela.- chegou a hora de descer, promete que não vai olhar pra minha bunda suja de sangue? Por que eu gostei bastante de você e ainda quero te pegar, mas não vai dar certo se eu nunca mais consegui olhar pra sua cara.






atrás das máscaras (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora