047.

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VINNIE HACKER

Assim que entrei em casa, vi Mike e Damen sentados olhando com atenção um monte de papel.

— Você não sabe o que tem escrito aqui — Damen se levantou, vindo em minha direção com uma folha mais amarelada e manchada, mas Mike o interrompeu.

— Espera, Dame — ele disse tocando levemente seu braço.

— O que são todos esses papéis? — perguntei. — Isso tudo que tem a ver com Elena?

— A gente não sabia o motivo do Austin ter matado só o Kevin, mesmo com a Elena lá — Damen começou.

— De novo com esse assunto?

— Calma — Mike levantou a mão e disse calmamente. — Assim como ela não sabia o motivo dele estar atrás esse tempo, não é?

— É — concordei.

— Só essa semana, eu recebi mais de três ligações do mesmo número, e quando eu atendi, falaram que o pai da Elena era um filho da puta mentiroso.

— Quê?

— Agora olha isso que deixaram na caixa de correio mais cedo.

Peguei o envelope e quando eu o abri para ler o que estava escrito, fiquei surpreso ao ver o nome de um dos hospitais mais caros de Seattle e outro de Los Angeles, ambos dizendo sobre algum teste de DNA.

— Mike... — pronunciei, sem reação ao ver o nome do pai de Elena.

— O Michael não é o pai biológico da Elena, e era por isso que ele estava aqui. Para provar isso — explicou brevemente.

— Será que ela sabe disso? Quem deve ser o pai? E o Kevin?! — Soltei disparado algumas perguntas de muitas, que pela maneira que Mike me olhou, tive a certeza que não teria respostas para nenhuma.

— Lembra quando me disse que ele não se dava bem principalmente com Kevin? Talvez seja rancor, raiva... não sei. A única coisa que deixaram aqui, foram esses testes — Mike continuou.

— Ou talvez alguém estava ameaçando ele com o nome da Elena... e não sei, talvez sabiam e ele quis ter a certeza disso para protegê-la — Damen se aproximou, também pensativo sobre isso.

— Proteger ela seria demais para Michael. Ele literalmente despreza os filhos. O filho da puta queria alguma coisa além de confirmar esses testes — soltei e levei minha mal até meus cabelos, puxando-os lentamente para trás. — Eu... eu vou voltar para a casa de Elena. Ela está sozinha e vou pensar em um jeito de contar isso a ela — anunciei, entregando os papéis de volta para Mike.

— Melhor esperar para ver se alguém fala sobre isso — Mike disse.

— Como assim, "alguém"?!

— Sei lá, Vinnie! Tem inúmeras possibilidades de isso ser uma puta bomba e causar conflito em alguém, até mesmo em Elena.

— Tudo bem. Vou esperar para mostrar isso a ela — suspirei fundo.

Não sabia o que pensar após ter lido isso. Quando Elena ficar sabendo que, provavelmente seu "pai" deixou ela e seu irmão porque descobriu que não eles não eram seus filhos biológicos, ela ficará muito magoada. E talvez, irritada.

(...)

Bati três vezes na porta e não recebi um retorno de Elena, e não me importei em entrar.

Ela já passou por coisas que eu não esperava ver alguém passar, assim como não esperava
me sentir angustiado com isso.

Quando passei pela porta, vi que Elena estava deitada no sofá, dormindo calmamente.

Senti meus lábios esboçarem um sorriso pequeno sem mostrar os dentes, ao ver como estava dormindo.

Suas pernas estavam na altura de seu peito e seus braços rodeavam as suas pernas, e por um segundo, eu me perguntei como conseguia dormir daquele jeito.

Me aproximei do pequeno sofá em que Elena estava, e passei minha mão suavemente em seu braço exposto, olhando de relance para a TV em minha e frente, vendo que passava algumas músicas quais deduzi que a garota gostava de ouvir.

— Você demorou — me assustei com a voz baixa e sonolenta que ecoou pela sala, fazendo-me tornar a minha atenção a ela.

— Te acordei? — Perguntei, arranjando um espaço para eu me sentar.

— Não — respondeu, virando a cabeça para me olhar.

— E aí, pensou na proposta irrecusável sobre morar comigo? — Perguntei em um tom sarcástico, erguendo as sobrancelhas.

— Pensei — ela sorriu. — Não seria ruim eu dividir o mesmo teto com você.

— Você não vai se arrepender. Até porque eu sou um ótimo colega de quarto — pousei minha mão sobre o peito e abri um sorriso.

— É isso que veremos — ela ergueu suas sobrancelhas e sorriu, e eu sorri mais ainda.

— Elena — chamei.

— Hum?

— Quais são seus sentimentos, por mim? — Engoli em seco depois de dizer tais palavras em forma de pergunta, com medo da resposta.

— Olha... é muito grande. Você... me trata bem e cuida de mim mesmo sabendo qual é minha situação de merda — ela suspirou fundo e se aproximou. — Eu não sabia que poderia encontrar um Vinnie assim, dentro do loirinho que não me queria na banda.

— Ah, para. Lógico que eu te queria na banda — ri baixo, ficando sério quando escutei Elena dizer:

— Obrigada por tudo que está fazendo, Vinnie. Você... é importante para mim. Muito.

* * *

pequeno pois autora não tava conseguindo escrever mais que isso 😨

vou tentar não demorar tanto para postar o 48. espero que tenham gostado ❤️

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