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extra 1.

(uns três meses já se passaram depois do ocorrido do epílogo, sendo assim, esse capítulo se passa em dezembro)

essa extra acabou ficando muito maior do que pensei pois eu me empolguei kkkkk mas espero que isso não incomodem vocês. por favor, votem<3

ETHAN HACKER

— Sky é a pior garota que eu já conheci. Ela é tão chata. Céus!

Deixei de olhar para o baralho amontoado em nosso meio para fitar Violet, me dando conta de que não era a primeira vez que ela falava dessa tal de Sky.

Haviam semanas já.

Toda vez que voltamos da escola andando, ela tinha alguma reclamação dessa garota nova da turma dela. Porém nunca dei muita corda pois eu achava apenas que era coisa momentânea. Logo iriam virar amigas.

Mas me enganei.

Já era a quarta vez em vinte minutos que ela falava sobre Sky. E eu sequer sei quem é ela.

Percebi que estava mesmo irritada pela maneira que jogava sua carta sobre o ninho de baralho que se formavam, de forma brusca.

— Nossa, o que ela te fez?

— Nasceu — respondeu tão rápido que pude jurar que já tinha o argumento na ponta de sua língua.

— Uau. Esse serzinho mexeu mesmo com você — me referi ao fato de Sky ter mesmo incomodado Violet, mas estranhei que ela não queria escutar isso quando semicerrou os olhos em minha direção.

— Ela não mexeu comigo — balancei os ombros, encerrando aquele assunto e preparado para minha vez. — Você tá roubando! — ela vociferou quando eu joguei uma carta que indicava que automaticamente ela estava sem jogar por mais uma rodada.

Eu ri e levantei as mãos em sinal de redenção, dizendo:

— É claro que não. Você que é ruim.

Eu estava roubando.

Violet sempre ganhava quando jogávamos algum jogo de tabuleiro ou de cartas, ainda mais porque ela tinha muito papo e era fácil demais te fazer de trouxa. Mas dessa vez ela é quem está sendo a boba.

Coloquei entre meus dois dedos mais uma carta que tenho certeza que a figura mais nova da família poderia voar no meu pescoço após eu colocá-lo sobre a mesa.

— Ah, vai de foder! — Ela jogou seu baralho em cima de mim, e antes que pudesse xingar todas as nossas gerações em várias línguas e palavrões que eu nunca tinha ouvido, nosso pai apareceu.

— Você precisa saber perder — ele disse dando indo até nós dois.

— Pai, Ethan é um pilantra. Ele pegou todas as cartas boas e me deixou com as mais fodidas.

— Ei — ele deu um tapa fraco no monte de cabelo que estava em formato redondo em cima de sua cabeça.

Já tinha se passado um tempo depois do acidente de moto dele, então não precisava mais andar com uma muleta ou o braço enfaixado, apenas com um negócio de pano em volta às vezes.

— Precisamos aceitar que teremos dias ou meses fodidos, sunshine — ele estava olhando para ela atentamente. — Outra dia você ganha. Agora vai se arrumar ou então sua mãe ficará furiosa quando chegar e ver que ainda está de pijama — ele deu um beijo na testa dela e a mesma pegou seu celular e antes de deixar a sala, fez questão de me dar um tapa na cabeça.

— Idiota — murmurei.

— O que ela tem? — Ele perguntou. — Será que é dia de lua?

— Sky se chama o dia de lua dela — respondi, levantando-me do tapete macio.