012.

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ELENA MACKENZIE

Eu e Kevin estávamos contando quanto dinheiro tinha para começarmos a mandar para Austin, e não tinha nem mil dólares ali.

- Dá quanto tempo pra você chegar em casa e eu estiver morto? - Kevin perguntou ao meu lado e eu senti vontade de gritar com ele por estar dizendo isso.

- Credo, Kevin - digo apenas.

Eu estava com medo de algo acontecer com ele, Kevin era a única pessoa que eu tinha e pensar que a qualquer momento ele poderia ser morto sem dó e nem piedade me deixava arrepiada.

- Vai ter um racha mais tarde, é mais dinheiro do que aquele primeiro que fomos - diz olhando para o celular e coloca em minha frente, para que eu veja também. - É sessenta mil dólares. Se a gente der isso pro Austin, depois damos um jeito de entregar os quarenta mil - compartilha sua idade e eu pensei em negar, mas não teríamos como conseguir cem mil sem ser nesses rachas que ele fazia.

Concordei com a cabeça ainda pensativa se deveríamos ir ou não.

- Mas eu não vou poder correr - diz e eu o olho incrédula.

- Nem fodendo que eu vou correr no seu lugar - eu sabia correr, tanto quanto Kevin, mas eu nunca havia competido, e na minha cabeça eu poderia sei lá, derrapar a moto e morrer?!

- Por mim, irmãzinha - ele implorou com sarcasmo quando disse "irmãzinha".

Eu sabia que não iria ganhar, mas não custava nada eu ao menos tentar correr para ganhar esses sessenta mil dólares.

- Tudo bem, Kevin - cedi com seu pedido. - Mas não sei se vou ganhar - deixei claro.

Não queria dar expectativas que ganharia e assim poderíamos concertar todos os nossos problemas.

- Eu sei, pequena, mas pelo menos tentamos - ele se aproximou de mim me abraçando logo em seguida. - Você consegue - mandou energias positivas e deixou um beijo na minha cabeça.

Eu também queria conseguir pensar que iria ganhar, mas na minha cabeça eu infelizmente não ganharia e aconteceria o pior com Kevin. Ou até mesmo comigo.

Merda, voltar pra Seattle com certeza fodeu tudo.

[...]

Quando eu e Kevin havíamos chegado onde seria essa corrida, eu me surpreendi com o tamanho da pista. Por isso o prêmio seria sessenta mil dólares.

Desci da moto e caminhei com Kevin onde estavam uns caras, provavelmente conhecidos dele.

- Caralho, sua peguete, Kevin? - O loiro perguntou me olhando de cima a baixo e eu me segurei para não arrancar seus olhos.

- Sou irmã dele - não esperei Kevin responder e eu respondi, quase no mesmo tom que o homem me perguntou.

Não podia negar que a minha roupa chamava muita atenção. Eu estava com um macacão preto de couro que marcava meu corpo inteiro, e isso deixava minha bunda e meus seios bem aparentes.

- Foi mal... - murmurou envergonhado e eu cruzei os braços.

Esses lugares que Kevin me levava não era de bom tom, se uma polícia para por aqui todo mundo vai preso. A sorte era que Kevin não estava mais usando qualquer outro tipo de droga, e isso talvez o salvasse de ser preso mais uma vez.

- Vou pegar algo para beber - anunciei indo até o pequeno bar que havia ali. Não queria ficar perto desses "amigos" de Kevin.

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