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esse aesthetic é para mostrar as roupas que a Elena usa/usaria e mais ou menos sua vibe junto com algumas de suas tatuagens

VINNIE HACKER

Eu estava com raiva de Elena. Muita raiva.

Primeiro por ela ter estragado meu nariz, e segundo, por ser tão talentosa ao ponto de ter conseguido entrar na banda como vocalista. Mas ainda não tinha chegado aos meus pés.

Desbloqueei meu celular e logo entrei no instagram, indo na lupa e procurando pelo perfil de Elena.

Quando encontrei comemorei mentalmente por não ser privado, e fiquei boquiaberto com as fotos. Não tinha nada a ver como Elena ia para a escola.

Xeretando seu perfil descobri que ela não tem só uma tatuagem, como também tem várias.

Por ela sempre estar usando um camiseta de manga comprida ou aquela jaqueta, não prestei muita atenção na cobra que começava na palma da sua mão e parava no seu antebraço. Era muito parecida com a minha.

A diferença que a dela era uma cobra simples, sem cor e nem muito detalhes, a minha já era uma víbora, que acaba sendo mais uma marca do que uma tatuagem qualquer.

A única que eu tinha visto logo quando comecei a ficar mais atento em Elena durante as aulas, era a borboleta em seu pescoço. Aquela era muito atraente e chamava a atenção de qualquer um. Para mim, ela só tinha aquela.

Voltei a olhar seu perfil e em algumas fotos que vi ela tinha outras pelo braço, barriga, mão, dedos e uma que me chamou muita atenção, foi a que começava um pouco mais acima de sua coxa e eu não sabia onde parava, pois o vestido tampava. Que também era de cobra.

Elena não tinha cara que usava vestidos, mas as botas em algumas de suas fotos, era a sua cara.

Desci um pouco mais a tela e vi algumas fotos das quais ela aparentava ser muito feliz. Tinha umas fotos que ela estava com o cabelo grande, algumas de bateria, teclado, guitarra, microfone, com amigos e seu irmão. Não era muitas, mas eu arrastava para o lado e tinha mais.

Me surpreendeu o fato de Elena ter o perfil aberto e quase vinte e cinco fotos no mesmo. Ela tem cara que odeia tirar fotos.

Senti meu corpo se chocar com outro e logo tirei meus olhos do celular para ver quem estava em minha frente.

Era Elena.

- Antes eu até achava que poderia ser mentira quando pensei que você estaria me perseguindo, mas agora, tenho certeza - a morena a minha frente diz em um tom sarcástico, - Ficou irritado por que entrei pra banda? - Pergunta em tom sarcástico e eu solto uma risada.

- Eu estou tranquilo, Eleninha - a provoco.

Quando a chamei de Eleninha pela primeira vez, ela fez uma cara tão brava que eu sabia que não tinha gostado. Mas como descobri que a melhor coisa a se fazer era provocar Elena, eu passei a chamá-la de Eleninha ou qualquer outro apelido que a deixasse irritada.

A moça do caixa anuncia que ela seria a próxima a ser atendida, e decidi me convidar para comer um lanche com ela e até pagar.

Elena pediu uma água e um hambúrguer vegetariano, e eu me surpreendi mais uma vez. Ela era vegetariana.

- E eu vou querer uma porção de batatas fritas junto com uma coca-cola, por favor - anunciei e a mulher anotou meu pedido.

- Mas quem disse que eu te convidei pra comer comigo? Eu não vou pagar - Elena resmunga e eu já esperava que fosse dizer isso.

- Não tem problema, eu pago - tirei cem dólares do bolso e entreguei a mulher. - Pode ficar com o troco - sorri e virei-me para Elena.

- Eu já entendi que você é rico, não precisa praticamente abrir sua carteira na minha cara - diz caminhado para uma mesa no fundo da lanchonete.

- Não abri a carteira na sua cara - justifico me sentando logo em seguida. - Não sabia que era vegetariana - mudo de assunto.

- Agora sabe - sorriu forçado.

Eu tentava ser simpático e puxar assunto com Elena, mas ela era muito antipática e as vezes chata e grossa. Tudo bem que eu a provoquei, mas ela poderia ao menos tentar conversar comigo!

- Não pense que só por ter pagado meu lanche, eu vou te desculpar - diz quebrando o silêncio que estava se formando e quando viu que eu não disse nada a respeito.

- Acho que quem me devia pedir desculpas, era você - digo e aponto para o meu nariz.

- Vinnie, você fez um escândalo porquê tentei entrar pra banda e ainda chamou o guincho pra levar meu carro - ouvir Elena dizer meu nome certo, me deixava de certo modo satisfeito. Eu gostava de como meu nome saia de seus lábios. - Por isso soquei seu nariz. Não é algo que eu tivesse feito do nada - deu de ombros se encostando no encosto da cadeira.

Ela desviou seus olhos dos meus e ficou olhando para todos os cantos do locam em qual estávamos, menos para mim. Aproveitei que não estava prestando atenção em mim, rolei meus olhos pelo seu pescoço e os braços, que estavam cruzados na altura de seus seios.

A manga de sua jaqueta estava um pouco levantava, e pude ver algo, mas não consegui saber o que era. Estava curioso pra ver suas tatuagens, mas acho que nunca iria matar essa curiosidade.

- O que foi? - Escutei Elena dizer. Não fiquei sem graça ou envergonhado por ela ter me pegado a olhando, afinal, eu queria observar mais os detalhes da estressadinha.

- Estava te admirando, meu amor - respondi com sinceridade. Elena soltou uma risada nasal e tornou a me olhar.

- Por que fica me dizendo essas coisas bregas? - Pergunta e quem solta uma risada nasal dessa vez, sou eu.

- Por que acha brega? - Devolvi a pergunta.

- Porquê além de você não ter cara de ser romântico, eu não acreditaria nem se fosse verdade - diz e eu franzo a boca.

- Acha que eu não quero te beijar?

- Porra, sério que você beijaria alguém que quebrou seu nariz?! - Ela riu e eu quis acompanhar, então ri também, mas uma risada visivelmente falsa.

Somos interrompidos pela garçonete, que deixa nosso pedido na mesa e logo volta para a cozinha.

- Já podemos considerar isso um encontro, não podemos? - Perguntei na brincadeira, para irritá-la e saber sua resposta.

- Nem fodendo - responde rápido mordendo um pedaço de seu hambúrguer. - Você está aqui contra a minha vontade, e não acho que seja necessário eu te dar outro chute ou saco para sair - diz limpando os lábios.

- O que acha de sairmos para um encontro de verdade, então? - Provoquei.

- Nem começa. Eu não vou sair com você nem que me paguem - quando termina de dizer Marjorie aparece na porta e abre um sorriso quando nos vê.

Ou melhor, me vê.

* * *

[02/02]

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