058.

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ELENA MACKENZIE

Quando saí pela porta do estacionamento, não esperava ver três carros esportivos fodas mais o de Vinnie, parados nos esperando.

— Não me diga que lá vai ter negócio de corrida — falei baixo para que apenas Vinnie me escutasse, e ele riu.

— Não vai. Os meninos sempre gostaram de carros assim, como eu. Então nada mais justo do que chegarmos lá com estilo — ele abriu um sorriso para mim e pegou na minha mão, me puxando para mais perto de Mike, Pedro e Eric.

— E o Damen, não vem?

— Não. Ele vai nos ajudar com as escutas, câmeras e o apagão — Mike respondeu.

Escutas? Câmeras? Apagão?

— Você tá bonita, Elena — Pedro me elogiou se encostando no capô do carro. — Você também, Hacker. Nem parece que tá indo pra causar um apagão na casa do Zlatko.

Juntei as sobrancelhas e olhei para Vinnie, que passou a língua entre seus lábios antes de dizer: — A gente deveria ir. Estamos atrasados.

Ele mudou de assunto.

Os quatro ficaram se entreolhando durante uns cinco segundos antes de Eric, o que menos falava nessas ocasiões, suspirou fundo e partiu para dentro de seu carro.

E eu fiz o mesmo.

Quando Vinnie entrou no carro ele percebeu no mesmo instante que tinha deixado as coisas estranhas quando tocaram no assunto de invadir a casa de alguém. E não ter me contado.

— Por que não me contou sobre isso?

— Agora tô contando — soltei uma risada baixa e revirei os olhos.

— Eu achei que seria só um evento comum que você foi obrigado a ir por conta que está no lugar do seu pai.

— Mas é... só que, eu sinto que o Zlatko esconde coisas de mim, e preciso descobrir. E esse evento é uma oportunidade para que eu descubra o que ele e os outros, escondem.

— Você tem certeza de que isso vai dar certo?

Ele pressionou seus lábios e levou suas mãos ao volante, ainda me olhando.

— Talvez.

— Então eu quero te ajudar também.

— Não — ele respondeu isso tão rápido, que até pareceu que o mesmo já soubesse que eu falaria que queria ajudá-lo.

— Vou sim.

— Elena... — ele suspirou fundo.

— Eu te disse que se fosse por você e com você, eu iria correr o risco — o lembrei. — Eu faria qualquer coisa para ajudar as pessoas que eu amo e que tem importância na minha vida, e você, é a única pessoa que eu amo e tem importância na minha vida.

E antes que ele pudesse responder, o som alto da buzina ecoou pelo estacionamento quase vazio, fazendo Vinnie abrir a janela e olhar para Pedro.

— Cacete, já faz cinco minutos que estamos esperando aqui parados. Vai logo — reclamou, antes de dar partida em seu carro.

Eu e Vinnie nos entreolhamos e eu fiz um gesto para indicar que nossa conversa sobre eu ajudá-lo ou não, teria encerrado.

E ele pareceu entender.

(...)

Depois de quase uma hora, eu pude ver uma casa grande e contemporânea com luzes acesas por toda parte das janelas grandes.

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