027.

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ELENA MACKENZIE

— O que tem ali? — Perguntei me referindo a um caderninho que parecia mais uma agenda, preta parada na mesinha de sua cabeceira.

— Ah, é só umas coisas que eu escrevo quando penso demais — respondeu.

— Posso ver?

— Hum... — pensou. — Sinto muito, é pessoal — como Vinnie estava do meu lado, ele tocou a ponta de seus dedos nos meus lábios. — Queria te beijar de novo — revelou.

— Vai ficar querendo — me levantei e fui até a estante de livros que tinha ali, olhando alguns livros.

Eu também queria beijar Vinnie mais uma vez, por tanto, descobri que provocar o loirinho desse modo, era bem melhor do que provocá-lo com apenas palavras.

— Eu já te disse que você tem a melhor e mais bonita bunda de Seattle? — Mordi o lábio inferior evitando um sorriso antes de virar-me para Vinnie novamente.

— Então quer dizer, que você fica olhando para a minha bunda?

— Eu a admiro todos os dias e ainda imagino o que posso fazer com ela — cacete.

— Olha, Vinnie, você anda bem bocudo — me referi ao fato de que vive me dizendo coisas que poderia fazer comigo ou com tais partes do meu corpo.

— A gente poderia fazer alguma brincadeira — sugeriu e eu neguei imediatamente.

Só de pensar o que Vinnie iria dizer ao sugerir para brincarmos, me fez imaginar no que iria dar.

Fomos interrompidos por duas batidas na porta e logo ela se abriu, revelando um outro garoto que se parecia muito com Vinnie.

— A comida está pronta — ele anunciou e sorriu para mim, simpático.

— Reggie, essa é a...

— Marjorie, não? — Ele interrompeu Vinnie.

— Reggie!

— Não, é Elena — apenas neguei e o Hacker mais novo arregalar os olhos, envergonhado.

— Bom, muito prazer, Elena — sorriu sem graça. — Não queria ter confundido seu nome... — deu uma pausa e olhou para Vinnie. — Só vim dizer a vocês que já podem ir — disse rápido e fez aceno com a mão olhando para eu e o loirinho, logo saindo do quarto.

— Por que ele me confundiu com Marjorie?

— Ele não confundiu, apenas errou seu nome — explicou.

Não queria prolongar esse assunto então apenas abaixei a cabeça dando um longo suspiro.

— Tudo bem — pronunciei sem olhar para seus olhos. — Estou com fome, podemos ir comer? — Mudei de assunto.

— Também estou com fome — concordou comigo. — Vamos, acho que só falta a gente — passou do meu lado e abriu a porta com rapidez, e eu o segui.

Quando eu já estava na ponta da casa, pude sentir o cheiro bom de comida que vinha da cozinha.

Eu estava realmente com muita fome.

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