051.

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VINNIE HACKER

— Por que não me contou que seu pai era dono de uma das maiores gravadoras de Los Angeles? — Perguntei a Elena, enquanto organizava algumas coisas dentro da mala, para que não se tornasse tudo uma bagunça em questão de segundos.

— Não havia necessidade — respondeu, dando de ombros. — Eu acho que devíamos investigar isso — soltou, fazendo-me a olhá-la.

— Quê?

— É, isso mesmo. Acho que a gente devia procurar mais sobre essa morte, qual provavelmente, ele sabia.

— Eu sou contra isso. Você viu o que Suzie disse? As chances de seu pai ter várias merdas fez com que resultasse em morte. Eu conheço isso, Elena, e sei muito bem onde podemos nos meter ou não — falei sério.

Eu não fazia ideia quando iria contar que Michael não era seu pai. Mas eu fazia ideia de que ele morreu por isso, só não tinha a certeza.

Se Elena quisesse ir com essa porra de investigação que ela mesmo acabou de inventar, ficaria mais fodida do que já está.

— Sua cabeça é desejada por tanta gente e mesmo assim quer se meter em mais merdas?

— Nossa cabeça — ela disse em um tom baixo fazendo gestos entre mim e ela, abrindo um sorriso brincalhão.

— Você acha que eu tô brincando, né? Pois saiba que isso é sério! — Disse ríspido, tirando a toalha que estava enrolada em minha cintura e caminhando até o pequeno banheiro.

— Eu não disse nada! — Elena falou alto com o tom de voz engraçado, me seguindo até o banheiro.

Fechei o box e antes que eu pudesse me virar de costas para Elena, vi a mesma se sentando na privada, ainda com um sorriso em seu belo rosto.

— Ficou bravo?

— Não.

— Mas eu não disse nada demais, Vincent! Eu só disse a realidade. Já estamos fodidos mesmo, mais uma merda na vida não vai fazer diferença.

— Foi assim que eu entrei pra essa merda, fazendo investigações com pessoas filhas da puta — ainda continuava de costas, quando escutei barulho de roupas sendo jogadas no chão e o box se abrindo.

— Posso tomar banho com você? — Mudou completamente de assunto.

Olhei por cima do ombro rapidamente e percebi como ela me avaliou de cima a baixo, parando seus olhos na minha tatuagem das costas.

— Pode — respondi, levantando o rosto para que a água morna caísse pelo mesmo.

Senti as mãos de Elena tocar a minha cintura e seu corpo se encostar completamente no meu, logo rodeando seus braços pela minha barriga.

— Você anda muito tenso e estressado. Não era assim. Aconteceu alguma coisa? — Perguntou em um tom baixo, passando lentamente a ponta de seus dedos em volta do meu umbigo e por toda minha barriga.

— Não aconteceu nada... — menti. — Eu só não queria que você entrasse em mais...

— Shh... — me interrompeu. — Deixa de falar disso, Vinnie. Eu sei me cuidar — encostou seu rosto nas minhas costas.

Soltei um suspiro irritado quando ela me interrompeu e ainda disse que sabia se cuidar. Ela estava achando que era brincadeira.

Virei meu rosto levemente e Elena percebeu que eu estava um pouco irritado, abrindo um sorriso pequeno e ousado.

— Fica gostoso quando está irritado — disse em um tom baixo, se aproximando um pouco mais do meu rosto para me deixar um beijo no canto dos meus lábios. — Por que você não me come até ficar mais calminho...?

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