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ELENA MACKENZIE

SEMANAS DEPOIS

Já se passaram algumas semanas em que descobri tudo aquilo e sinceramente não foi nada fácil eu não tocar no assunto.

Comentei por cima com Vinnie o que estava na carta, incluindo o que Michael queria que eu fizesse. Ficasse com tudo.

E assim fiz.

No outro dia, tentei dar uma melhorada no meu rosto e me juntei e Suzie, dizendo que mudei de ideia e iria querer ficar com toda a herança. Mesmo assim eu ajudei instituições necessitadas.

Logo que fiz isso, Vinnie me fez prometer que eu daria um tempo e tentasse ficar "de boa", como ele disse. Mas era quase impossível.

Consegui pagar o aluguel, a escola e ainda arrumei o antigo carro de Kevin. Vai ficar para mim agora. Enquanto a moto, também vai ficar comigo, mas acho que usarei bem menos.

Hoje, depois da aula, Vinnie disse que me levaria a um apartamento que ele escolheu, só faltava ter minha aprovação.

Resmunguei um pouco. Eu não queria sair do apartamento em que morava. Era pequena, o teto faltava cair por conta da água que acumulava em algum canto qualquer no vizinho de cima, em cantos da parede tinha mofo mas eu gostava dali.

Mas Vinnie estava certo de uma coisa: Não era porque dei um tempo para mim, que as pessoas não me procuravam ou também se deram tempo de tentarem sei lá, invadir meu apartamento.

Então concordei. E não acreditei quando ele disse que era bem longe.

Minhas mãos estavam em meu colo, uma estava apoiada em cima da de Vinnie, que acariciava lentamente minha coxa exposta por conta do vestido preto que usava.

Com o polegar eu acariciei meu dedo anelar na mão direita, olhando o anel que Vinnie me deu. Eu vivia trocando ele de mão, pois não sabia ao certo onde usar, já que o loirinho disse que nós poderíamos ser o que eu quisesse.

Ri baixo ao chamá-lo de loirinho. Sinto saudades de quando fingíamos que não nos gostávamos.

Na verdade acho que era só tesão acumulado por ele, e eu só me incomodava o quão me deixava arrepiada e me estressava as vezes. A maioria das vezes.

Ele era chato pra caralho. E eu não duvidaria se a qualquer momento eu realmente o jogasse pela janela do meu prédio quando aparecia lá.

— Chegamos — disse assim que estacionou seu carro em frente ao novo prédio.

Disse a ele que não queria nada muito grande e nem muito moderno.

Fomos até a recepção e ele pegou as chaves, entrando comigo no elevador e apertando os botões para subirmos ao andar do apartamento.

Percebi que ele escolheu um que não tinha muitos vizinhos, no máximo quatro, se todos dali estivesse ocupado.

— A gente não vai ter tantos vizinhos, viu?

— Eu percebi — disse olhando em
volta enquanto o seguia para dentro do nosso novo apartamento.

Quando meus olhos deixaram de observar o corredor e passaram a olhar atentamente em volta da casa, eu me encantei.

Era simples mas um simples bonito e moderno. Da maneira que havia dito a Vinnie que queria.

A cozinha e a sala de estar eram juntas e havia uma bancada média com dois bancos altos em frente, e ao meu lado esquerdo havia um pequeno corredor com duas portas, que deduzi ser o banheiro e o quarto.

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