Durante o curto percurso até o prédio da defensoria, ouvia pessoas murmurando, assustadas pelos boatos de uma possível guerra entre Piltover e Zaun. Isso me aterrorizava e entristecia ao mesmo tempo.
Jinx havia perturbado a paz inúmeras vezes na cidade antes e era procurada dia e noite agora, mas a grandeza do último ataque ao conselho era como o pior afronte possível para eles. Usar a própria criação de Piltover para eliminá-los.
Era injusto condenar uma cidade toda por conta das ações desenfreadas dela, torci mentalmente para que o conselho também pensasse assim.
Por um lado, ela já tinha usado a única gema hextec que possuía, mas vindo de Jinx, nunca se sabe o que esperar a seguir.
Agora sem Silco para manipular a sua cabeça, será que Vi conseguiria encontrá-la?Haviam muitos oficiais de guarda nos locais de acesso de Piltover até Zaun. Jayce havia ordenado um reforço para conter qualquer tipo de possível ameaça ou atividade suspeita.
Quando passei pela casa dos meus pais, que havia se tornado uma espécie de sala do conselho temporária, congelei.
Descendo as escadas da frente com uma sorriso sínico e escancarado, estava Sevika com mais dois homens atrás dela. Ela me lançou um olhar frio, e um lampejo passou pelo seu rosto, provavelmente se lembrando dos tiros que dei nela durante sua luta com Vi. Ela acenou sorrindo, estava sem o seu braço mecânico, o que a deixava menos imponente.
Fechei as mãos com força, contendo o impulso de pegar o rifle e atirar nela ali mesmo.
Ela seguiu pela rua escoltada por 3 defensores, indo em direção ao elevador que levava até Zaun. Observei a cena incrédula até ela sumir de vista.Corri para a casa dos meus pais e antes que eu pudesse bater na porta, Jayce saiu dando de cara comigo e me lançou um olhar envergonhado.
- Ela disse que vai nos trazer a Jinx. Agora o acordo é com ela, já que Silco está morto. Não estamos aptos a governar aquelas pessoas, precisa ser alguém da própria subferia. Se ela trouxer Jinx, eles terão sua independência. - e saiu sem nem me dar a chance de responder.
Sevika era tão louca quanto Silco, era o seu braço direito e provavelmente compartilhava dos mesmos ideais dele. Vi surtaria quando soubesse disso. Mas não nao era como se fosse fazer uma diferença enorme para as pessoas que moravam lá, já que Piltover nunca fez nada por eles.
Mudanças grandes precisariam ser feitas para que as duas cidades funcionassem em harmonia.
Segui para o prédio da defensoria com milhões de pensamentos me consumindo.
Pov Vi
Sai do apartamento de Caitlyn da forma mais discreta possível e fui até a passagem para a subferia. Alguns defensores que estavam ali me olhavam de cara feia e eu retribuía. Como eu havia me encontrado com Jayce e os outros conselheiros uns dias antes, não havia nada que eles pudessem fazer.
Cheguei a subferia cedo, fui seguindo entre as vielas, um bebâdo tentou me puxar pela camiseta soprando beijos no ar e meu punho foi de encontro com ele. O doce som de cartilagem se quebrando torna uma manhã mais agradável.
Estava me aproximando do acesso de entrada da área de Ekko e dos fogolumes, quando uma voz me parou.
- Chegando agora de Piltover? A noite deve ter sido boa. - Olhei em direção a voz e Rowina dava um sorrisinho debochado, essa garota era um porre.
- Acho que isso não é nenhum pouco da sua conta. - continuei andando mas ela me segurou, virei para encará-la. - O que você quer, Rowina?- Eu vi vocês, sabe, na árvore... Você tem que parar de ficar com a defensora, Violet. Ela não é confiável, nenhum deles é.
Me soltei dela com um puxão.
- Você não sabe nada sobre ela e não preciso dos seus preciosos conselhos.
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Love is a battlefield
Science FictionQuando Vi disse que as duas eram como "água e óleo", todas as esperanças de Caitlyn se foram. E por mais que Vi desejasse estar com ela, sabia que um abismo separava as duas. Seria possível achar uma forma de fazer isso dar certo, mesmo com a amea...