Pov Vi
Aquela ruiva era uma escrota, o que ela sabia sobre mim e Caitlyn pra falar tanta merda assim?
Caitlyn me olhava com uma expressão preocupada, como se eu fosse explodir e quebrar a cozinha. Pra falar a verdade era o que eu queria fazer, mas não iria estragar o aniversário dela.
Ainda assim, queria saber o que significava "a outra noite" que a garota tinha falado... Caitlyn e ela já tiveram alguma coisa? Não sei se eu deveria perguntar sobre.
Caitlyn se aproximou e parou na minha frente.
- Você não tem que considerar nada do que a Darah disse, Vi. - Ela estava apreensiva.
Eu não queria entrar numa briguinha idiota desnecessária e nem exigir explicações, ainda mais no meio da festa de aniversário dela, então dei de ombros.
- Relaxa, cupcake, tá tudo bem. A gente conversa depois. Estão te chamando lá no salão, vamos lá! - tentei soar descontraída mas queria mesmo era socar a tal Darah.
Caitlyn parecia indecisa, como se pensasse em falar mais alguma coisa, mas saiu na frente e seguimos juntas até o cômodo principal.
Meu sangue ferveu quando entrei na grande sala e Darah acenou pra mim com um sorrisinho irônico no rosto. Pensei em mostrar o dedo do meio, mas tinha muita gente importante pra família de Caitlyn ali, então me contetei em lançar um olhar de ódio pra ela.
O problema dos eventos do lado alto: nunca se espera uma briga ou confusão. Já na subferia, uma festa só é festa quando alguém sai com algum osso quebrado ou partes ensanguentadas.
Ah, as diferenças...Peguei uma bebida de um garçom magrelo que fez uma cara de assustado quando parou na minha frente. Arqueei uma sobrancelha pra ele e vi a cor sumir do seu rosto.
As pessoas daqui eram extremamente sensíveis demais, eu nem era tão ameaçadora assim.Caitlyn estava conversando animadamente com os pais no meio do salão. Cerrei os punhos quando Darah se aproximou dela fingindo simpatia junto com um cara bem mais velho que provavelmente devia ser seu pai.
Ele cumprimentou Caitlyn com um aperto de mão, Darah tirou da bolsa uma caixinha vermelha e deu para ela.
A mãe de Caitlyn sorria animada enquanto ela abria a caixinha. Eu estava longe demais pra ver o que era, mas quando Darah se apressou em pegar a peça da mão de Caitlyn e se posicionar atrás dela, notei que era um colar. Provavelmente uma joia cara a julgar pela expressão no rosto da mãe de Caitlyn.
Aquela filha da puta afastou os cabelos de Cait e passou o cordão pelo pescoço dela...
"É o aniversário da mulher que você gosta, Violet. Se controla."
Tive que repetir isso mentalmente umas 20 vezes até me convencer de não correr até lá e dar um chute no estômago de Darah.
O garçom assustado passou novamente e peguei mais uma taça de uma bebida extremamente doce e refinada. Não era ruim mas eu preferia as coisas mais fortes dos bares da subferia, não dava pra ficar bebâda aquilo ali.
Precisava ir ao banheiro mas não sabia onde era e não estava afim de perguntar pra algum engomadinho, então apenas segui por um corredor vazio que dava em uma enorme escada. Garanti que ninguém tinha visto minha escapada e subi rapidamente.
Só estive no andar de cima uma única vez mas reconheci o caminho que levava ao quarto de Caitlyn. Eu só precisava me recompor um pouco antes de voltar, então entrei.
Usei o banheiro do quarto dela, o lugar era imenso, o triplo do tamanho do banheiro do seu apartamento.
O piso reluzia e tudo parecia extremamente limpo.
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Love is a battlefield
Science FictionQuando Vi disse que as duas eram como "água e óleo", todas as esperanças de Caitlyn se foram. E por mais que Vi desejasse estar com ela, sabia que um abismo separava as duas. Seria possível achar uma forma de fazer isso dar certo, mesmo com a amea...