Aprisionada

" Vocês formam uma otima equipe ..."

O passar das semanas para Hermione pareciam pior do que no início, todos os trabalhos de Draco eram muitos, ela teve que resolver contabilidades, clientes revoltados, mafiosos de outras máfias acusando Draco hospitalizado de coisas que talvez ele realmente teria feito, mas ela não falaria isso em voz alta, ela defenderia os seus.
 
   Não havia sequer um dia no qual Hermione não entrasse naquele hospital e encara-se Draco na cama imóvel, não havia um dia no qual ela não quisesse ele de pé e retomando sua rotina. Bellatrix ajudava com alguns auxílios, mas resolveu não se meter em assuntos como este e deixou tudo nas mãos de Hermione. Lucius não aparecia nem para mandar forças para o filho, ela nunca entendia do que ele se escondia, e talvez ela não entenderia nunca.
Um certo dia Hermione estava cuidando dos negócios no escritorio quando se deu conta de um bolo de cartas amontoadas no canto da gaveta, ela ergueu as mãos e puxou o montinho para sua mesa e logo notou que as cartas ali eram as cartas que nunca foram enviadas para Ástoria.
Sua curiosidade era grande e ela era uma boa fofoqueira, ela abriu uma das cartas nas quais diziam as seguintes palavras:
" Essa noite eu não consegui dormir sem parar de pensar em você. Eu não sei como você me trata tão friamente, eu não sei qual motivo me faz ser tão preso a você, e eu juro que queria jogar essa metade de mim fora, eu queria abandonar tudo pra lá e fingir q você nunca existiu, eu tentei. Mas eu nunca conseguiria, você não me deixa conseguir.
Você é a minha ruína. "

Hermione bufou e passou as mãos pelos cabelos. Talvez, ele a amasse, ele realmente a amasse, mas ele nunca demonstraria isso para alguém, ele nunca iria contar em voz alta.
Na cabeça de Draco, ela não passava de uma vilã, uma menina na qual todos tinham de procurar e acaba com ela no mesmo instante que a visse, pelo motivo de ela ter quebrado seu coração. Essa história de amor e ódio dos dois era algo que somente eles poderiam resolver, somente eles poderia arrumar ou bagunçar o passado deles.
Ela decidiu não invadir a privacidade de Draco, ela não queria remexer o passado dele com As mulheres antigas dele, porque isso de fato não era algo que importava para ela. Ela queria pesquisar a fundo sobre tudo e todas as coisas que estavam impedindo Draco de se tornar uma pessoa mais conhecida e ambiciosa. Ele era inteligente e possivelmente poderia trazer alguem para o seu lado, mas ela notava que o exército de Tom Riddle era maior e ele era muito mais inteligente que Draco. Puxando uma papelada que havia de ser assinada ela leu e releu vários Contratos sobre as empresas fantasmas nas quais os Malfoy's usavam para lavar dinheiro, os policiais nos quais eles pagavam uma propina e as Gangues afiliadas. Ela tinha que resolver todos esses assuntos agora que Draco nem consciente estava mais.
Respirando fundo e passando as mãos pelo cabelo ela não percebeu Bellatrix entrando na sala e se sentando em sua frente, o olhar de admiração da moça mais velha a pegou de surpresa quando ela a olhou e pegou Bellatrix observando seu trabalho.

– Resolvendo as contabilidades de Draco? – a moça a perguntou curiosa.

– Sim, são bastante coisas para um jovem de 20 e tantos anos resolver sozinho. – Hermione reclamou.

– Draco sempre foi uma criança forte e competente. Ele estudava em casa, Lucius por ser o mais temido de todos não deixava seu filho por aí. – a curiosidade de Hermione se atiçou e ela questionou o motivo de Lucius não ser presente na vida de Draco, porque o homem não dava a mínima pra tudo isso. – Se você conhecesse o Lucius, acharia melhor mesmo o Draco não se aproximar. O Lucius é Um assassino de sangue frio, ele não dá a mínima para a dor das pessoas a sua volta.

– Mas Draco é seu filho...

– Lucius já deixou Narcisa grávida a beira da morte. Apesar de valorizar a família, ele é rígido com regras e com quem as quebras e infelizmente minha irmã quebrou muitas delas. – Hermione ergueu as sobrancelhas o mais alto que pode. Descobriu ali que Draco era totalmente diferente de seu pai, seu pai era um brutamontes insensível. – Quando ele era pequeno ( Draco ), ele amava correr pelos jardins da mansão. Ele nunca teve amigos, e as crianças o temiam, então ele era sozinho e isso o tornou mais forte. Draco tinha problemas com sua pele, sua pele é sensível demais fazendo-o se avermelhado e coçar durante algum tempo, os antialérgicos fizeram parte de sua infância.

– Poxa, eu não pensava que ele era assim.

– Apesar da riqueza, Narcisa não era presente também e não vivênciou a vida dele. Sobrou pra mim e pra Andrômeda, nós duas o tratamos como a coisa mais importante da família. Por isso o amor do Draco comigo. – Um sorriso saiu dos lábios de Bela. – Ele confia a vida dele a você. Uma garota que chegou do nada em sua vida, uma garota que nunca trabalhou com todos esses assuntos sujos.

– ele me atura...

– Ele Gosta da sua presença, você é mais importante pra ele do que pensa. Caso contrario ele teria lhe matado no presente momento em que te viu.

– ele não faria... – a frase queria sair de seus lábios, mas não saiu.

– Faria. Draco é duro, quer provar ao pai que é capaz e se você não andar nas cordas que ele traçar, você acaba caindo.
Eu sei que você será o suporte do meu sobrinho, você me parece melhor do que eu imaginava. Não abandone o Draco como todas as pessoas o abandonam, não o deixe pra morte.

– Eu nunca faria isso com ele, ele é.... importante pra mim também.

– Vocês são uma ótima dupla, se ele confia em você... eu e minha irmã também confiamos, espero que você saiba lidar com tudo até que ele acorde.

– Conte comigo, senhora Lestrange. – Hermione ergueu as mãos para que Bella pudesse aperta-las.

– me chame de Bella, tia Bella. – Hermione agarrou as mãos e a saudou.

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  A rotina estava cansativa, era algo no qual Hermione queria desistir e jogar tudo para o ar, mas vê Draco quietinho naquela cama de hospital a deixava encomodada.     Como era Estranho para ela, se sentir encomodada com algo que a meses atrás ela agradeceria muito por ter acontecido, hoje isso a destrói profundamente.

Agachando perto da cama de Draco, ela levou as mãos até os cabelos loiros dele e começou a passar os dedos pelas mechas, como um tipo de carinho.

– Você pode me ouvir, não pode ? – Ela perguntou em um sussurro perto do ouvido dele e não obteve respostas, e era óbvio que não teria. Mas ela continuou. – Você se tornou importante pra mim, você é o meu chefe, esqueceu ?
Esses tempo que esta aqui, eu não sairei do seu lado. De jeito algum, eu nunca abandonaria um dos meus. Eu criei um vínculo forte com você, e é difícil não ter você me dando ordens ou rebatendo minhas críticas. Ver você aqui, me dói um pouco. Eu juro pela minha vida, que vou fazer tudo que tiver ao meu alcance pra te colocar de pé novamente, e derrubarei todos os seus inimigos, um a um.

  Respirando fundo ela se afastou de Draco e o observou por alguns longos minutos. Ele parecia calmo e tranquilo assim, parecia dormir em um sono profundo isso a deixava calma por alguns segundos. Ele estava bem. Ela sabia que ele estava bem.

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– Senhorita Granger ? – O doutor se aproximou para lhe dar uma palavra.

– Doutor Lebron, bom ve-lo. – Hermione respondeu e sorriu.

– Bom te vê querida. Venho lhe enformar sobre o caso de Draco, então, as notícias são boas ele sofreu pequenas contusões fazendo entrar em coma, nos cremos que ele não vai ficar tanto tempo assim. Mas tudo depende da força de vontade dele, de como ele irá se esforçar para sair dessa, se lutarmos sozinhos não poderemos tira-lo dessa.

– entendo.– Concordei com a cabeça. – E o Nott?

– O senhor Nott saiu do coma, ele está apto a receber visitas. Seja cuidadosa com as palavras, ele acabou de perder um amigo seria muito estresse para ele.

– Pode deixar, Doutor. Muito obrigada por tudo que está fazendo por eles.

– é o meu trabalho, minha querida. – o Doutor se foi.

Hermione teria de falar com Nott, e saber o que de fato aconteceu naquele carro.