capítulo 32

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Um ano depois...

Yasmin

Como sempre,estava esperando a Sophie chegar para tomarmos o café da manhã, e para não ter nenhuma novidade, ela se atrasou. Eu nao sei como insistia tanto em chegar no horário em que marcavamos, era certo que ela chegaria, no mínimo, uns 20 mínimo depois.

Ela como uma boa Britânica que era, deixava os estereótipos de lado e era totalmente o contrário do que imaginava, a única coisa que ela realmente era parecida com os ingleses era o hábito de beber muito e de ter um humor um tanto quanto sarcástico.  A pontualidade Britânica não estava no sangue dela, digo isso por que já fui em vários almoços com a família dela, e por um triz não se tornou uma janta.

- não adianta reclamar comigo a culpa foi do trânsito - ela senta na mesa e levanta as mãos em sinal de rendição

- Sophie, você vem andando!

- então, muito trânsito, já viu quanta gente anda por essa cidade ? Londres está lotada

- para de inventar desculpas e vamos pedir logo nosso prato, estou morrendo de fome e o Andrew já estava quase me expulsando. Hoje você passou dos limites!

- Andrew !

- finalmente Sophie, hoje estamos lotados, quase tive que expulsar a Ya - o garçom fala

- viu, não sou a única que acha que essa cidade está lotada ... - ela fala e eu reviro os olhos - vamos querer o mesmo de sempre. 

- decorado!

- hoje nós temos que festejar, temos comemorar nosso aniversário de amizade - para ela tudo era farra e isso não seria diferente - há 1 ano atrás estávamos brigando por táxi

- e depois você me deu carona com seu irmão

- exato! Depois disso, como você fala mesmo ... - durante esse ano tentei ensinar ela português, inclusive contratou um professor para ajudar a ela. Não era por ser minha melhor amiga não mas ela estava arrasando, só se esquecia de algumas gírias

- só ladeira abaixo - completo e rimos.

Sophie tinha 28 anos, os olhos tinham cor de mel e o cabelo loiro, a pele era  bronzeada pelo famoso bronzeamento artificial britânico, mas graças a Deus, apareci na sua vida e agora ela não parece uma cenoura ambulante. Ela vinha de uma família rica, poderia arriscar milionários, todos eram advogados, inclusive ela. Nós sempre brincávamos que existia a Sophie do trabalho, séria, madura, focada, super rigorosa e existia a Sophie da vida, que era o oposto de tudo. Amava festa, farra, não tinha responsabilidade nenhuma, não ligava para nada e mesmo assim era uma pessoa incrível.  Ela se preocupa com o bem estar de todos, sempre pensa em como melhorar o mundo e acredito que  isso explique o veganismo dela, ela é extremamente carinhosa, amorosa e uma ótima amiga.

Quando larguei tudo e vim para Londres eu estava perdida, tinha medo de absolutamente tudo, meu coração estava despedaçado e pensei que iria demorar para encontrar alguma companhia por aqui. Saí do aeroporto e estava caindo o mundo, uma chuva forte e uma neblina que não dava para ver nada no outro lado da rua, mal sabia eu que esse era o tempo normal de Londres. Avistei os famosos táxis pretos e logo dei sinal,ele veio em minha direção e agradeci a Deus por ele ter aparecido tão depressa. Em um momento de distração a Sophie chegou e já estava carregando seu carrinho com as malas para colocar dentro do táxi.  Olhei indignada com a falta de educação, chamei sua atenção e seu temperamento logo deu as caras, começamos uma leve discussão e quando nos demos conta o taxi já havia saído com uma nova passageira dali.

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