Cap: 3

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Levanto da cama com as costas um pouco doída. Foi uma noite incrível, confesso. Além de filmes, eu e tia Atsuko nos divertimos muito dançando as músicas que tocavam durante o filme. Foi legal, mas custou minha coluna.

Desço para o café.

Atsuko- S/n, bom dia! Não quis te chamar tão cedo por conta da noite de ontem.

S/n- Bom dia! - Sento na cadeira ao lado de baji, por ser a única desculpada.

Baji- Mãe, está na hora. Vamos? - Rapidamente se levanta, pega seu celular e vai até a porta de saída. - Vamo, mulher

Atsuko- Se acalma, garoto. S/n, vou sair com Baji para resolver umas coisas na rua. Qualquer coisa, me liga, tá bom? Até mais!

S/n- Até

(...)

Depois de um banho dimensional desses, agora só próximo mês, graças a Deus. Pego umas roupas para vestir, porém, ao notar um certo alguém me olhando pela janela da casa da frente, corro de volta ao banheiro.

S/n- Filha da puta - Susurro indignada - Pera, esse é o loiro que eu vi na lanchonete. Vagabundo safado

Saiu do banheiro novamente, mas dessas vez ele não está mais na janela. O que esse moleque quer? Será que é amigo do Baji?

Vou até o computador procurar por alguma coisa sobre esse loiro safado. Começo a fuçar o máximo de coisa, até que encontro uma pasta escrita "Tarefa de matemática".

S/n- Não vai me dizer que aqui realmente tem deveres de matemática, né? - Com um sorriso de canto, abro a pasta e...bingo! Achei o que queria. - Hmm, e não é que são amigos mesmo. Caralho, pelo visto, é fumante. - Digo ao ver uma foto do mesmo com um cigarro na boca, e um pacote de pó branco jogado ao lado dele. - Puta que pariu, vou ser menos curiosa agora.

Resolvo descer para me distrairum pouco. Passando pelo corredor, vejo que a porta do quarto de baji está aberta. Vou até lá fazer o favor de fechá-la, até que me deparo com uma belezinha no chão perto da cômoda.

S/n- Não vai me dizer que você também é dessas coisas não, né? - Suspiro e pego o pacotinho do chão.

Isso pode gerar uma péssima, ou até mesmo, boa conversa.

Sei que não é da minha conta, mas saber que ele é dessas coisas, me deixou um pouco agoniada.

Saiu do quarto dele como se nada tivesse acontecido e guardo o bagulho bem escondido atrás do guarda roupa do meu quarto. Desço para a cozinha para preparar um lanche pra mim, volto para a sala, sento no sofá e começo a comer fingindo que não acabei de descobrir que o bonitinho é fumante.

*QUEBRA DE TEMPO*

Acordo com uns barulhos miseráveis vindo da cozinha. Acabei pegando no sono enquanto passava desenho na tv.

Não sabia se quem avia chegado era tia Atsuko ou baji, então me levanto e vou até lá conferir.

Baji.

Dou meia volta sem intenção de conversar, mas o diacho me impede.

Baji- Sabe se minha mãe já chegou? - Pergunta se sentando no balcão com um pacote de petisco na mão.

S/n- Não sei. Estava dormindo. - Dou meia volta outra vez para sair dali o mais rápido possível, mas Baji me impedi novamente.

Baji- Tá tudo bem? Tá agindo estranho

S/n- Estranha? Nada a ver. Só estou um pouco lezada por ter acordado agora.

Baji- Hm

Finalmente consigo sair dali sem ser impedida de novo. Saio pela porta dos fundos, indo até o jardim. Pego um mini pano que estava jogado em cima de uma mesinha, ponho no chão e me deito por fim.

S/n- Não creio que ele fume essas porcarias. Nunca ouvi mt falar sobre, mas o pouco que ouvi falar, não era nada de bom. - Suspiro pesado tentando manter minha mente vazia

Não sei porque isso me deixou um pouco preocupada. Nem sou mãe do garoto pra ficar me importando com isso.

S/n- Merda, pra que eu fui inventar de pegar aquele pacote?! - Passo a mão no cabelo deixando o mesmo todo bagunçado. - Tenho que me livrar dessa porcaria logo. A vontade de confronta-lo por isso passou em um piscar de olhos.

(...)

S/n- Cara, pega a porra dessa bola e joga na sexta, só isso. - Indignada com a falta de habilidade do jogador de basquete durante o jogo, acabo jogando meu celular na cama com raiva. - Claramente se eu tivesse lá não faria nem 2% do que ele faz. Mas porra, era só enfiar a bola lá dentro - Digo choramingando

Estava ficando tarde. Olho para de trás do guarda roupa lembrando que ali não avia só poeira, mas também, cocaína. Sério, eu sou muito burra! Isso não é assunto meu, e eu de inchirida, fui mecher nas coisas alheias. Merda.

Levanto da cama indo em direção ao lugar e pego o pacote.

S/n- Tenho que me livrar disso. E não vai ser fumando. - Fico analisando o pacote por alguns segundos, até que ouço a porta do meu quarto abrir de uma vez. - Porra! - Falo alto no susto e rapidamente escondo o bagulho atrás de mim. - Não sabe bater? E se eu estivesse me trocando? - Ele me olha desconfiado

Baji- Foi mal, não queria entrar assim, mas você não escutava eu te chamando, achei que não tinha ninguém aqui dentro. - Coça a parte de trás do cabelo esboçando um sorriso no canto da boca bem minimalista. - O que você está escondendo aí, em? - Se aproxima rapidamente fazendo cosigas em mim na tentativa de fazer eu mostrar o que escondia.

S/n- Baji, para! - Esse safado pilantra não parava por nada. Estava me deixando ansiosa o fato de que ele poderia ver que o que eu escondo, é o seu humilde pacote de maconha. - Baji, sai fora - Ao mesmo tempo que queria que ele parasse, eu não queria. Mas precisava impedir, ou a qualquer momento eu ia cair no chão tendo uma baita crise de riso. Ele não pode nem sonhar que eu peguei isso dele. - haha, baji, por favor... - Imploro sem conseguir conter as risadas.

Segundos depois, o pacote cai da minha mão. Percebo que ele não viu de primeira, mas esse infiliz inclina o rosto para ver o que tinha caído no chão.

Não podia deixar ele ver. Precisava fazer algo para tirar sua atenção daquilo.

O primeiro pensamento de distração que veio em minha cabeça, era beija-lo. Então o fiz.

Segurei firme seu rosto e aproximei meus lábios dos seus. De primeira ele não correspondeu, mas conforme eu ia passeando com a mão sobre seu rosto, ele foi cedendo. Porra, sabia que esses lábios não eram só bonitos. Além de macio e gostoso, o garoto sabia usá-los muito bem. Sua língua quente implorando para participar desse teatro estava me deixando em pedaços. Era como se eu estivesse nas nuvens durante um simples beijo miserável com meu primo.

Pera...primo? Caralho!

Rapidamente empurro-o para longe e ponho a mão na boca um pouco chocada pelo que acabará de fazer.

S/n- Ee... - Ao olhar pro chão e ver que a maconha ainda estava ali, vou até o mesmo e empurro-o para fora do quarto rapidamente. Ele parecia querer falar alguma coisa, mas antes de saber o que era, fecho a porta em sua cara e a tranco.

S/n- Caralho, por que eu fiz isso? - Pergunto baixo para mim mesma choramingando. Idiota! - Não creio que meu primeiro beijo tenha sido com meu próprio primo. Que droga! - Suspiro pesado indo em direção a minha cama. - Preciso fugir dessa realidade agora, que vergonha. Alguém faz o favor de enfiar minha cara em um poço com fundo?! - Grito o mais alto possível, deixando apenas o travesseiro abafar minha voz.

Porra, não tenho o que reclamar, o beijo foi surreal. As milhares de sensações que senti ao mesmo tempo é inexplicável. E como não sentir, afinal o garoto sabe muito bem usar aquela boquinha gostosa.

Sempre pensei que meu primeiro beijo iria ser horrível; até porque eu particularmente nunca beijei antes, então imaginei que iria passar uma bela vergonha na minha primeira vez. Mas na verdade, me saí super bem. Essa merda de beijo se encaixou direitinho. Porra

𝙲𝚘𝚗𝚝𝚒𝚗𝚞𝚊...

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 - TR - +18 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora