Duas fucking luas... vermelhas ainda. Mas tirando esse detalhe, a vista é incrível. A flora daqui lembra a da terra, pelo menos um pouco. Tudo aqui parece lindo: o céu estrelado com suas luas, os troncos das árvores são fluorescentes então da distância que a gente está, fica uma vista de tirar o fôlego.
Porém, não podemos nos perder do objetivo, o qual não temos ainda. Então temos que fazer um objetivo.
— O que fazemos agora?- Clarisse me pergunta e as outras olham pra mim. Oxi, desde quando eu tomo alguma decisão aqui?
— E-eu não sei- elas se olham entre si e parece que elas também não têm a menor ideia do que fazer, então começo a agir- Amanhã eu vou sair, ver oque tem nessa floresta. O anão de Chernobyl me disse que esse era um planeta inferior, então não deve ter muita ameaça. Precisamos de água e alguma comida é necessário.
— Você tem certeza?- Sophia me pergunta limpando um pouco de sangue de alien do vestido dela.
— Bom, alguém quer ir no meu lugar? Fiquem a vontade- silêncio-foi oque eu imaginei- falo baixo, eu entendo elas não quererem ir, um planeta estranho que brilha no escuro... quem sabe oque tem nessa floresta.
— ACHEI!- grita Clarisse- olhem só! Um controle!
— Controle de que?
— Sei lá, acabei de achar no bolso desse bicho extraterrestre que queria vender a gente.- ela fica mexendo em uns botões até a gente ouvir um som de algo abrindo.
— Olhem ali- Layla corre até a pequena plataforma que se abriu no canto inferior da nave.
Meu deus... suprimentos! Água, rações em barra, agasalhos, e mais uma daquela pistola estranha. Fico muito feliz por ver água e comida mas... se os alienígenas tinham os meios de nos manter vivos até aquela nave mãe chegar, porque eles se mataram?
Não vou me preocupar com isso agora.
Eu e as meninas começamos a atacar as barrinhas e às águas como animais, a fome que tínhamos era tanta que comer isso era um alívio. No entanto paramos logo, se comermos tudo agora não terá pra depois.
— Eu vou levar uma garrafa d'água e duas barrinhas, não vou muito longe só vou ver oque tem por perto. Mas mesmo assim, não sei quanto tempo vou demorar, então racionalizem essa comida por favor.
— Nós vamos- Amélia diz- é melhor você começar a dormir, tem uma caminhada e tanto amanhã... tem certeza que não quer companhia?
É incrível como ser abduzida pode trazer um tipo de amizade que nunca pensei que teria. Eu vejo nos olhos de todas preocupação... nunca vi isso em ninguém. Nossa, nunca pensei que ter pessoas que se importam com você seria tão bom.
Eu também me importo com elas... e eu não quero por elas em perigo.
— Tenho certeza sim- falo em um tom doce, não quero preocupa-las- e vamos jogar aquele balde fedorento pra fora dali pelo amor de deus! Meu nariz ta ardendo até agora com o cheiro do filho que a Sophia botou ali.
Depois de jogar fora coisas indesejadas e levar os corpos dos chernoFerbs para outro lugar, volto ha nave para descansar um pouco.
Não faço a menor ideia do porque mas eu sinto uma certa excitação no meu peito quando penso sobre amanhã... ignoro isso e tento dormir.
Obrigada por ler
<3
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Um mundo só nosso.
Science FictionMaria Lúcia vivia uma vida depressiva, com um namorado abusivo, família tóxica, sem amigos ou qualquer coisa que a faça querer continuar. Ela se sentia cansada, a ponto de desistir... até que uma coisa surpreendente acontece. Agora Malu está em algu...