Capítulo modificado! Uma mudança sutil, que só os espertos vão pegar. Nada que vá afetar a sua leitura.
JAKHYR
Estamos caminhando em direção as fêmeas e já estamos quase chegando.
De vez em quando eu fico vendo as reações da minha flor enquanto andamos. Ela parece apreciar tudo e ficar encantada pelas coisas mais simples, ela é engraçada, cuidadosa, detalhista... ela é ao meu ver oque há de mais próximo da perfeição.
— Oque foi? Você esta me olhando fixamente.
— Só estava te apreciando, minha flor.
Suas bochechas ficam avermelhadas.
Eu acho interessante que na área carnal ela é a que não tem vergonha, é ela que me faz delirar, me faz envergonhado e é ela que age e manda nesse quesito-não é uma reclamação, aliás ela pode fazer oque quiser comigo até os fins dos tempos- porém qualquer demonstração de afeto ou carinho... basicamente se eu fizer o mínimo ela fica envergonhada.
Não entendo o porque... ninguém durante a vida dela não a contou o quão maravilhosa ela é?
Eu estava prestes a falar o quanto de perfeição possui no seu ser, porém eu escuto uma coisa.
Escuto o som da coisa que não me manteve acordado revivendo aquele momento por todos esses anos por conta do... medo.
Medo e culpa.
— Mau-luh o quão perto estamos das fêmeas?
— Estamos mais ou menos perto, uns 30 minutos de caminhada e chegamos.- ela me olha preocupada- Jak oque houve?
— Me desculpe mas eu só posso te quando estivermos com os outros.
A pego no colo e começo a caminhar com certa velocidade tentando ao máximo ser rápido e não fazer barulho.
Depois de muito correr consigo ver no horizonte um lugar muito parecido com os dos meus pesadelos, mas um pouco diferente. Aí eu me dou conta.
Minha flor veio para mim com os mesmos monstros que despedaçaram a vida de todos que conheço a muitas luas atrás.
Os mesmos que mataram a minha mãe.
Meu coração aperta e um nó se forma na minha garganta
será que ela está com eles?
Eu não quero acreditar nisso. Mas não posso descartar esta possibilidade, se ela estiver com eles isso põe em perigo os poucos que sobraram dos que eu amo.
Resolvi focar na minha primeira missão, deixar as fêmeas a salvo. Não importa se estiverem do lado deles, as deusas botaram elas no nosso caminho e já foi comprovado que somos compatíveis. Nunca iriamos força-las a nada, mas não significa que não podemos tentar faze-las entender nosso lado.
— Ai meu deus!- Mau-luh saí desesperadamente do meu aperto e vai correndo até o amontoado de pessoas. Só chegando mais perto eu vejo que todos estão em volta de uma humana tentando ajudá-la- Oque houve aqui!? Oque aconteceu com a Amélia?
— E-eles voltaram malu- uma menina magra, cabelos de cor de fogo e um pouco mais baixa que Mau-luh fala tremendo com água saindo sem parar dos seus olhos- eles v-voltaram e tentaram nos levar novamente, mas... a Amélia se negou e começou a lutar e... foi tudo t-tão rápido... eu não sei como aconteceu... a gente foi pega de surpresa...
A menina não consegue terminar pois começou a chorar. Então meu irmão decide chegar perto dela e abraça-la com uma delicadeza que eu nunca vi ele usando. A água dos seus olhos não parou de escorrer mas isso de certa forma a acalmou.
— Quando estávamos perto vimos que havia dois deles tentando levar uma fêmea a força pra nave mas ela lutou tanto que acabaram irritando os forasteiros, eles a finalizaram- assim que ele usa a palavra finalizar, me demora uns segundos pra minha fixa cair doque aconteceu aqui-. Depois uma das outras fêmeas correu lá pra tentar ajudar e eles feriram a sua perna, não foram letais propositalmente, achamos que a morte da fêmea foi era uma forma de punição, ou uma forma de tentar dar medo nas garotas.- vejo que a mão da minha flor começa tremer e seu rosto perde a cor e ela encara - corremos o mais rápido possível pra tentar impedir mas quando chegamos eles já tinham terminado.
— M-mas qual delas morreu? Quem está machucado?
— A Amélia que foi ferida, quando os monstros nos viram eu consegui decifrar medo e surpresa no olhar deles. Um deles levou o corpo direto pra nave e o outro tentou levar a machucada, porém mesmo ferida ela lutou e ele deixou ela pra trás.- ele para de falar por um segundo para fazer um carinho nos cabelos de fogo da menina pois ela o apertou mais e deu um soluço, quando ela ficou um pouco melhor ele continua- Alguns dos homens correram pra socorrer a fêmea machucada e os outros foram atrás da outra pra ver se existia alguma salvação mas a fêmea mas eles já tinham partido.
— Cadê? Cadê as meninas?
Chego perto da minha flor. Seu corpo está tremendo mas seu rosto não demonstra nenhuma emoção, a não ser pelo seus olhos que estão cheios de tristeza, arrependimento e... culpa.
— Por enquanto estão dentro da na-vee
— Tudo bem, vamos dividir o grupo, os mais rápidos vão na frente com a Amélia e assim que chegarem na aldeia levem ela para alguém que possa a ajudar.- ela fala com o semblante sério e os meus dois soldados mais rápidos e cuidadosos se preparam para levar a fêmea ferida imediatamente.- quanto antes forem e mais rápidos será melhor.
Ela olha pra mim com o olhar de culpa e vai ajudar as outras fêmeas com outros afazeres.
Eu passo meus olhos pelo local e vejo uma possa enorme de sangue na grama, parece que a fêmea foi arrastada pelo chão até a nave.
Que as minhas deusas possam acolher-la em seus braços e que seu espírito fique em paz.
A loirinha que foi dar um abraço na rainha elizabeth 🙅♀️🙅♀️
Um capítulo meio pesado...
O livro da Amélia vai ser o terceiro livro da saga e próximo livro vai ser da nossa ruivinha hippie.
É isso gente, volto alguma hora.
Obrigada por ler
<3
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Um mundo só nosso.
Science FictionMaria Lúcia vivia uma vida depressiva, com um namorado abusivo, família tóxica, sem amigos ou qualquer coisa que a faça querer continuar. Ela se sentia cansada, a ponto de desistir... até que uma coisa surpreendente acontece. Agora Malu está em algu...