Batata-13

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JAKHYR

Estamos caminhando em direção a minha vila já faz um tempo, minha flor começa a ficar cansada então eu a peguei em meus braços e continuei o caminho.

Eu nunca fui tímido, ou fico nervoso a ponto de gaguejar. Eu sou o filho do líder da minha raça, sou um caçador nato e considerado o muito sério para minha idade, anciãos ao ouvir meu nome se curvavam em respeito. Porém, é só Mau-luh olhar para mim e eu fico envergonhado e gaguejando.

Ela me tem em suas mãos e sabe disso.

Ela sabe o efeito que tem sobre mim. Quando estávamos na cachoeira ela me tocou de um jeito delicioso, só pra me deixar na vontade, apenas para isso. Ela é arteira, gosta de brincar como um bebê que encontrou o seu brinquedo favorito, eu sou esse brinquedo. E sinceramente eu adoro ser esse brinquedo.

Ela pode me tocar durante mudanças de estações sem parar e eu nem vou questionar.

Só queria ter coragem para fazer tudo oque eu planejo com ela... mas eu não tenho.

Estamos a pouco tempo da minha vila e percebo alguns resmungos incomodados vindo da minha flor. Quando olho pra ela vejo que uma de suas mãos estão no seio dela e vejo água saindo de seus olhos.

— Oque houve minha flor?- Mais água sai de seus olhos e eu paro para observa-la.

— Está doendo muito, eu não sei oque está acontecendo.- Ela fala sussurrando, é nítida a dor em sua fala, e só depois de alguns segundos consigo perceber que ela está falando sobre os seios dela.

— Posso ver?- ela assente e eu à desço do meu colo com cuidado. Ela põe os braços em volta dos seios resmungando de dor- Minha flor, por favor me deixe te ajudar...

Odeio ver ela assim, nunca mais quero vê-la desse jeito. Ver minha prometida com dor é insuportável quero fazer passar rápido e ver de novo o sorriso que pode iluminar o dia do soldado mais melancólico.

Ela abaixa os braços e eu me aproximo dela e desato o nó do tecido que tinha amarrado em seus seios. Os vejo com as pontas eriçadas- meu pau da sinal de vida, ignoro pois não é o momento para isso- me sento embaixo de uma árvore e peço pra ela sentar no meu colo.

Ela se senta com uma perna pra cada lado do meu corpo e eu os observei com mais atenção.

— Onde dói?- pergunto à ela querendo ajudar.

— Em todo lugar, está sensível demais eu não entendo o porque.- eu levo minha mão até um deles e massageio usando as memórias que tenho de quando as mulheres eram vivas.

Para os do meu tipo, seios femininos nunca foram um "ta-boo" como Mau-luh tinha mencionado durante uma de nossas conversas aleatórias. Ela disse que entre os dela seios são quase sempre eróticos, e que você pode até sair sem um su-ti-ã mas terá que enfrentar olhares nojentos e comentários i-di-o-tas, não sei oque é um su-ti-ã ou um i-di-o-ta, mas parece horrível.

Oque eu acho desnecessário, seios são uma parte do corpo como qualquer outra. Machos da espécie dela parecem não perceber oque é óbvio, como por exemplo um não. Parece tão simples, porque eles complicam?

Entre os meus, seios não são ta-bo-os. Eram tão normais que casais se amamentavam na rua e algumas fêmeas andava sem tecidos pra cobri-los, só pus o tecido em Mau-luh porque os dela são fartos e podem doer caminhando.

Eu me lembro que quando as mulheres eram vivas esse incômodo nos seios eram constantes, então os homens aprenderam sobre algumas ervas e massagens para diminuir a dor, é isso que eu vou fazer com a minha flor.

Começo a massagem com movimentos delicados porém firmes, de um modo que não machuque mais e possa ser relaxante por um momento pelo menos.

— Está melhor?- pergunto para minha flor.

— Sim, obrigada Jak... está funcionando um pouquinho sim.

Eu continuo a massagem e percebo um líquido saindo dos seios dela, não é leite, é mais claro e mais líquido.

Quando ela percebe oque aconteceu ela saí de meu colo numa velocidade impressionante e os tenta cobrir com o tecido de novo mas não consegue por não sabe fazer o tipo de nó que eu uso.

Vou até ela e faço o nó do tecido corretamente. Olho o seu rosto e suas bochechas tão vermelhas e ela está olhando pro chão, ela ficou linda com vergonha.

O jogo virou não é mesmo?

— Ei está tudo bem, não precisa ter vergonha comigo.

— Saiu alguma coisa pelos meus seios, isso foi estranho pra caramba- ela fala em tom de humor. Eu boto meus braços em volta de sua cintura e a aproximo do meu corpo e faço como ela fez comigo na cachoeira, encosto a minha boca na dela. Não sei o propósito exato deste ato mas é tão bom, ela se derrete em minha boca e ficamos fazendo isso lentamente até que ficamos sem ar. Ela está mais vermelha ainda, nem parece que estava se esfregando em meu pau a um tempo atrás.

— Vamos continuar o caminho.- a pego no meu colo de novo e voltamos a andar.


Oque saiu do peito dela se chama colostro, é o líquido que sai antes do leite quando a mulher começa a amamentar.

Obrigada por ler
Nina dutra

Um mundo só nosso.Onde histórias criam vida. Descubra agora