Draco Malfoy

EXTRA 2: Alfred versus James (PARTE 1)

NOTA DA AUTORA: Enquanto eu escrevia esse extra, percebi que teria que dividir ele em partes. Com sorte vão ser no máximo 4. Ou talvez só mais uma. Ainda não sei. Também decidi trocar o nome de Thiago por James, que é o nome original em inglês. Esses dois serão piores que Harry e Draco, já aviso. E se você detestou Harry por quase toda fic, vai detestar o James também. Até ele se redimir. :3 Os pontos de vista vão se alternar também. O próximo será sob o ponto de vista do James. Me digam o que acharam! Foi graças aos comentários de vocês que eu retomei a fic. Eles são meu combustível. >.< 

Aquele playboyzinho desgraçado não perdia por esperar. Era isso que Alfred pensava enquanto ele tentava se livrar da tinta fosforescente rosa da loja Gemialidades Weasleys que James e seu bando de pivetes jogaram nele. Eles já estavam no penúltimo ano e mesmo assim James insistia em continuar a se comportar como um babaca. Naqueles dois anos estudando em Hogwarts, Alfred passara por todo tipo de intimidação e humilhação vindas de James e seus amigos idiotas. Pela paz da família Potter-Malfoy, porém, Alfred raramente retaliava. Mas ele não era de ferro, e quando ele resolvia retaliar, as coisas sempre terminavam em socos, explosões, detenções e quase expulsões.

O fato de Alfred ser um ano mais velho que o resto da turma apenas colocava mais lenha na fogueira já que ele era alvo constante de piadas por frequentar a escola tarde. Vez ou outra ele encontrava um chapéu de burro em cima de sua mesa durante as aulas que não só relinchava como abanava as orelhas. Isso o enfurecia, mas ele raramente deixava alguém perceber. Pois deixar-se afetar era fazer o jogo do inimigo.

Além de tudo, o passado de Alfred não era lá dos melhores. Seus pais eram tidos como comensais, ele era órfão, e seu pai adotivo era ninguém menos que Draco Malfoy. Ele até mesmo se parecia com um Malfoy já que descoloria o cabelo. O chapéu seletor mal tocara sua cabeça e já gritara "sonserina!" em alto e bom som. Sua reputação era de delinquente, e quase todos os alunos ficavam fora de seu caminho. James, no entanto, tinha um prazer perverso em mexer com Alfred. Afinal de contas, grifinórios e sonserinos continuavam a serem inimigos naturais e James se achava o cara da grifinória. E pra deixar tudo pior, Alfred era a favor do relacionamento entre Draco e Harry.

Alfred chegou a conversar diversas vezes com Draco para que o tirasse da escola. Ele não precisava de Hogwarts. De fato, aprendera mais coisas com professores particulares do que frequentando as aulas em Hogwarts. Alfred já tinha um ótimo controle da varinha. E ele já tinha 17 anos. Se ele quisesse, poderia abandonar a escola sem o consentimento de ninguém e viajar pelo mundo como sonhava até encontrar algo que quisesse fazer. Uma das coisas que mais fascinavam Alfred eram dragões graças a Charles Weasley e as férias que passara com ele e Astória na Romênia. Alfred já tinha licença para aparatar, então ninguém mais podia segurá-lo. Bem, quase ninguém. Angel entraria em Hogwarts no ano seguinte, e seu irmão mais novo não via a hora de frequentar a escola junto com Alfred. Além disso, Alfred devia tanto a Astória e Draco que ele nunca conseguiria simplesmente sumir do mapa. Até mesmo Harry Potter o tratava como um filho, e ao longo do tempo e da convivência Alfred passara a estimar a opinião de Harry tanto quanto a de Draco. De fato, Harry era o professor favorito de Alfred.

James Potter não tinha ideia do quão privilegiado era. Ao invés de aproveitar positivamente de sua popularidade e do amor que seu pai tinha por ele, James preferia o título de valentão da escola, chegando até mesmo a aborrecer seu irmão mais novo Alvo apenas porque seu melhor amigo era Scorpius.

Embora Alfred ainda não pudesse jogar tudo para o alto, pelo menos ele podia bolar um plano pra colocar James Potter no seu devido lugar. O playboyzinho se achava o máximo. Pois Alfred mostraria pra todo mundo que James Potter era nada mais que um garoto mimado que se ancorava na reputação do pai quando lhe convinha.