Capítulo 5

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Definitivamente, eu não estava bem da cabeça. Assim que cheguei à Mansão, toda a minha coragem pareceu prestes a se dissolver. Só me segurei porque tinha alguém abraçado a mim mais trêmulo do que eu.

– Onde estamos? Que lugar é esse? – Perguntou o rapaz loiro, os olhos arregalados, provavelmente pelo tamanho da mansão.

A Mansão Malfoy era realmente impressionante. Imponente. Com pelos menos oitenta cômodos. Quem não a conhecesse bem, se perderia lá dentro. No meio do gramado bem aparado, alguns pavões passeavam. O pequeno agarrado em meu robe pareceu interessado. Meus cães apareceram correndo e tive que gritar uma ordem para que eles se comportassem.

– Querido? – Astoria apareceu à porta e me olhou assustada.

Não fazia idéia do que ela poderia estar imaginando, mas naquele momento só o que eu queria era entrar e tomar um chá forte. De preferência com minhas pílulas. Eu precisava urgentemente delas. Caminhei com dificuldade até a porta onde Astoria me esperava parecendo petrificada. Seus olhos se arregalaram quando pousaram no pequeno ao meu lado. Acho que seus instintos de mãe falaram mais alto, pois ela imediatamente se recuperou e se ajoelhou perto do garoto, gentilmente tirando-o de perto de mim e levando-o para dentro.

– Ei, ei! Aonde ela pensa que vai com meu irmão? – gritou o pivete atrás de mim, correndo na direção de Astoria como se fosse atacá-la.

Foi fácil pará-lo com apenas um toque da varinha, e confesso que foi divertido. O rapaz me fuzilou com o olhar.

– Ela é minha esposa. Qual o seu nome, pirralho? – perguntei.

Ele ergueu o queixo.

– Alfred. E não sou um pirralho! Já tenho 15 anos!

Mais velho do que eu esperava.

– E seu irmão?

-–Por que quer saber? – perguntou na defensiva.

Deu um sorrisinho sem humor algum.

– Talvez porque eu tenha feito a loucura de trazê-los para o conforto do meu lar, acho que eu tenho o direito de saber o nome de vocês, não é?

Ele grunhiu:

– O nome dele é Angel. E quer fazer o favor de me soltar?

Caminhei até Alfred, que continuava com um olhar beligerante.

– Vou pensar no seu caso, Fred.

– Eu odeio que me chamem de Fred.

– Que se dane, Fred. Você está no meu território agora, e eu vou chamá-lo do que eu quiser.

O garoto bufou. Ele era realmente divertido. O pavio curto me lembrava muito Harry. Será que era por isso que eu os trouxera para casa? O pequeno porque tinha os olhos de Harry, e o mais velho porque era estourado e tinha aquele arzinho insuportável de quem não tinha medo de nada? Ambos tão parecidos com Harry.

Eu estava mesmo enlouquecendo. Talvez devesse marcar uma consulta em St. Mungus. Era o que Astoria iria sugerir, com certeza. Seu marido estava pirando. Olhando pelo lado bom, ao menos eu não havia seqüestrado os filhos de Harry, não é mesmo?

– Então essa é sua casa? Você é rico? – O som irritante me interrompeu.

– Não é óbvio?

Ele fez uma careta.

– Por que não tira esse feitiço de mim de uma vez e me deixa ir embora com meu irmão?

Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora