Capítulo 25

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N/A: Esse capítulo é todo do ponto de vista do Harry, porque depois de um tempo eu senti que precisava dar voz a ele já que toda a história é vista pelos olhos do Draco. Até eu que sabia o que se passava na cabeça do Harry comecei a ficar com raiva dele depois de um tempo. Eu tinha que ficar me lembrando de que o Harry também estava passando por um momento complicado na vida dele, que ele tinha suas razões para agir daquela forma. Até que finalmente eu parei e pensei: bem, agora é hora de dar voz ao Harry. Deixar ele mostrar seu lado da história. Ver como ele foi se apaixonando e aceitando seu amor pelo Draco. E o resultado foi esse capítulo. Espero que gostem. 

 HARRY POTTER

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 HARRY POTTER

Era final de janeiro e as pilhas de papéis em cima de sua mesa chegavam quase até o teto. Certo, ele estava exagerando. Um pouco. Mas não era exagero dizer que as pilhas só não desabavam porque sua secretária lançara nelas um feitiço para segurá-las no lugar alguns dias antes.

Burocracia era o que Harry mais detestava no seu trabalho, e ela vinha se acumulando exatamente por esse motivo. O que ele realmente gostava, o que fazia seu sangue ferver, era partir para a ação. Mas sendo o chefe do Quartel dos Aurores, sua missão era muito mais delegar a ação e se preocupar com a parte burocrática. Harry só assumia uma investigação quando o risco era alto demais, e sua experiência e técnica eram exigidas pelo Ministro da Magia em pessoa. Como no caso dos Poderosos e da Gangue dos Bruxos.

Harry suspirou e recostou-se na cadeira. Estava exausto. Aquele trabalho nem fora o mais difícil de sua vida, ou o mais perigoso. Mas era incrível como sua vida havia mudado por causa dele.

Lembrava-se perfeitamente do dia em que Shacklebolt havia lhe pedido que assumisse o caso pessoalmente, e a forma como Gina havia olhado pra ele no jantar quando lhe contara sobre o fato. Um olhar de resignação.

Em todos aqueles anos de casado, Harry e Gina quase nunca brigaram. Tinham discussões como todo casal, mas nunca haviam levantado a voz um para o outro, nem ido dormir sem antes fazerem as pazes. A única coisa que realmente irritava Gina era quando Harry se afundava no trabalho, e mesmo aí ela conseguia ser incrivelmente compreensiva. Ou assim Harry pensava.

Ele devia ter percebido que as coisas haviam mudado entre eles. A forma como ela andava reticente e distraída. O fato de que, embora partilhassem a mesma cama, já não faziam amor há muito tempo.

Hermione sempre havia lhe dito que, quando o assunto era o seu coração, Harry era um completo babaca. Ela tinha razão. A verdade era que Harry nunca havia sido um homem arrebatado pela paixão. Ele com certeza amava Gina, e sempre a amaria. Mas era muito mais um carinho do que uma paixão avassaladora. Sempre fora assim. Ele só demorara a perceber como aquilo machucava sua esposa.

Ela vinha tentando conversar com ele por algum tempo, mas Harry sempre adiara aquilo que já era óbvio para a família toda, menos pra ele. Eles se amavam e, no entanto, não era o bastante. Gina queria mais, e Harry não conseguia dar a ela o que ela queria. Ela queria fogo e paixão, e acabara indo procurar consolo nos braços de seu colega de trabalho, um ex-jogador de Quadribol metido a besta que não chegava nem aos pés de Harry.

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