03- Cartas na Mesa

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Depois de processar por quase uma hora tudo que estava acontecendo, Isabelle havia me contado tudo, cada detalhe do que aconteceu com ela, e de como era a sua vida no antigo lar

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Depois de processar por quase uma hora tudo que estava acontecendo, Isabelle havia me contado tudo, cada detalhe do que aconteceu com ela, e de como era a sua vida no antigo lar. Parece que estou maluco, não entra na minha cabeça que a garota que eu encontrei em um prostíbulo seja na verdade uma princesa.

Ela sempre foi a minha princesa, mas princesa Real? Eu só posso estar sonhando.

— Então você é mesmo uma princesa...

— Sim... Me desculpa por esconder isso de você, não sabia qual seria sua reação...

— E agora você tem que voltar para lá?

— Eu preciso...

— Para o lugar ao qual você fugiu depois de te obrigarem a se casar contra a sua vontade.

— Eu sei... Mas tenho que ir.

— Não, Elle, você não tem que ir. — Olho em seus olhos suplicando.

— James... Eu não posso me esconder mais...

— Sua mãe queria te obrigar a se casar! Porra Elle!

— Mas ela ainda é a minha mãe... E está prestes a fazer outra loucura.

— Vai abandonar tudo o que temos aqui, a mim. — Me levanto da cama com raiva. Não podia nem imaginar um cenário em que ela me deixasse.

— Não se você for comigo...

Fico em silêncio por alguns segundos, até voltar a olha-la nos olhos.

— Você quer que eu vá com você?

— Sim... Ou deixará a sua mulher partir sozinha? — Com um sorriso fraco ela se aproxima.

— Por mim, a minha mulher nem sairia daqui.

— James, você sabe que não posso fazer isso...

— Não sei, como ficaria a casa, as empresas, sem a mim por perto?

— Tudo bem se não quiser ir... — Ela se levanta indo em direção a porta.

— Eu não disse que não iria. — Puxo o seu braço trazendo o seu corpo de encontro ao meu. Seria um louco se deixasse ela voltar pra um lugar fodido como aquele sozinha.

— Sério..? Você irá comigo?

— O que eu não faço por você. — Já sinto eu me arrependendo profundamente dessa decisão.

— Obrigada... — Responde me abraçando.

— Não quer dizer que eu esteja feliz em ir, estou puto por você ter que sair daqui, e eu também.

— Não seja tão ranzinza. — Deposita um pequeno beijo em minha bochecha, virando-se para sair em seguida. Mas a impeço, agarrando a sua nuca por trás e trazendo-a para um beijo de verdade. —Temos que começar a arrumar as malas...

Ignoro o que acabei de ouvir ao separar  minha boca da de Isabelle, passando a beijar o seu pescoço agora. A cada palavra sobre ter que ir, que ela falava, me dava mais raiva. Tudo o que eu menos queria era ter que ver ela partir.

— Teremos que levar muitas roupas quentes... Pois lá faz muito frio... — Ela falava pausadamente, enquanto eu me perdia na curva de seu pescoço e inalava fortemente o seu cheiro doce que me acalmava.

— Você não sabe a raiva que estou sentindo por toda essa situação. — Sussurro, prendendo-a cada vez mais a mim. Eu não sou uma pessoa grudenta, mas poderia ficar horas e horas com o corpo colado ao dela, apenas sentindo a sua pele macia e o seu cheiro adocicado que me deixava louco.

— Eu sei que você não gostou das coisas que ouviu sobre o Reino, principalmente sobre o casamento... — Aperto sua cintura ao ouvir a última frase. Me dói só de imaginar ela se casando com outro homem, ou o simples fato de ter um desgraçado forçando-a a fazer o que não quer. Eu mataria todos que tentasse fazer isso sem remorso.

— Tem certeza que é isso o que quer? Você não deve nada a aquele lugar, não precisa voltar.

— Eu só... Preciso ter uma conversa com ela. Anos se passaram, eu amadureci, e sei que ela me ouvirá.

Eu amava o seu jeito doce e ingênuo, mas isso era uma tremenda burrice. Eu nem conheço a megera da mãe dela e já sei que ela não ouvirá coisa alguma.

— Só quero que me prometa uma coisa. — Volto a olhar em seus olhos, buscando ser o mais racional possível. — Se a conversa não der certo, se ela não quiser te ouvir, voltamos no mesmo dia.

— Tudo bem... Mas me prometa uma coisa também.

— O que?

— Prometa que será paciente. Lá é outra realidade, outros costumes, então tente ter um pouco de paciência, por mim.

— Eu vou tentar, mas se...

— Eu já entendi. — Antes que eu pudesse terminar, ela cala a minha boca com um beijo.

Ela sabe como me ter em suas mãos, sabe como me provocar, e como me deixar louco. Isabelle tem o total controle sobre mim, e nem que eu quisesse, poderia negar isso.

Fazer o que né, eu amo essa mulher...

Minha Por Contrato - Livro 02 Onde histórias criam vida. Descubra agora