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Não estava disposto a soltar ele e duvido muito que ele estava com vontade de me soltar. Uma de minhas mãos tocava seu cabelo e a outra fazia um pequeno carinho em seu queixo, meu dedo tocava seu queixo e subia as vezes para sua bochecha, minha cabeça se encontrava deitada em seu ombro enquanto eu observava seu rosto. 
O vento gelado tocava minha pele me arrepiando, tremo em seus braços e ele me olha pelo canto do olho.
- Frio? - ele fala baixo.
- Um pouco. - respondo no mesmo tom. As janelas do quarto fecham com magia e lareira ascende iluminando um pouco o quarto escuro, Sun anda até a cama e se senta, mudo minha pose e me aconchego em seu peito. 

Sinto um cobertor me cobrir e fico brincando com a mão dele, a diferença da minha mão pálida e pequena para a mão cor de mel e grande dele é incrível. Sem esperar que ele me perguntasse algo eu começo a contar o que eu sabia, conto que sou filho da coroa de ametista e os males que isso causa, conto que não sei dominar minha magia direito e que ela é diferente, ela se apresenta como runas em me corpo. Conto do por que sou pequeno, do por que sempre fui doente. Ele ficou quieto apenas escutando o que eu falava, após contar tudo para ele a mão que eu brincava aperta meus dedos.
- Muitos problemas não é? - falo para ele e olho minha mão que estava coberta por sua mão.
- E as dores que você sente Haspien? Você disse que doía e que sabia como fazer parar de doer. - fico vermelho e viro meu rosto longe de seu olhar.

- Podemos discutir isso depois. - falo me mexendo envergonhado em seu colo, levo uma mão para sua coxa para me apoiar enquanto mudava de lugar, mas não foi sua coxa que toquei, o local quente, macio e grande em minhas mãos parece que me queimou como brasa. Ergo rapidamente minha mão e perco o apoio que tinha caindo de cara no peito dele, sinto uma ardência em meu nariz e resmungo de dor. Escuto Sun rir e fico envergonhado, suas mãos seguram minha cintura e ele me arruma em seu colo, fico de frente a ele que me encara serio e toca meu nariz - que eu tenho certeza que está vermelho - vermelho.
- Me conte Haspien. - ele fala sério. Mordo meus lábios e encaro seus belos olhos.
- Você. - falo.

- Como assim eu? - ele pergunta sem entender.
- Bem aqui. - falo ficando de joelhos na cama dentro de suas pernas. Levo sua mão a tocar minha barriga.
- O que eu devo fazer? - ele fala apertando levemente minha barriga. 
- Entrar dentro de mim - sussurro e ele arregala os olhos levemente - seu pau tem que estar fundo dentro de mim até que eu possa estar satisfeito. - meu olhar fica firme nele que fica sem reação.
- É muito mais que desejo Sun. É necessidade de ter você - falo um pouco mais alto - Você é minha cura, você é meu - levo sua mão ao meu rosto e esfrego meu rosto em sua mão carinhosamente - você foi o único que saiu da maldição Sun, porque você é o único que eu preciso. - beijo a palma de sua mão e deito meu rosto nela.

- Desde novo sempre senti um vazio e eu sempre tinha a sensação de estar procurando algo, necessitando de algo. Acordava durante  a noite procurando alguém, chamando alguém, passei noites em claro esperando alguém que eu nem sabia quem era, mas que eu queria com todas as minhas forças. Toda vez que ficava doente implorava para vir me cuidar, me abraçar, me acalentar, eu sei que é estranho, como que eu poderia esperar tanto por alguém que a meses atrás eu nem sabia quem era. Eu sempre me considerei louco, até que eu entendi que era você aquele que eu esperava, mas por que você? Por que o Sun? Por que só agora que ele saiu da maldição? Fiquei me perguntando durante dias e não consegui achar respostas, eu desisti de encontrar as respostas. Você é aquele que eu esperei Sun e você é aquele que eu preciso. - toco o rosto dele e passo meu polegar por sua bochecha em um carinho.

- Não pode ser eu Haspien. - ele fala segurando minha mão que estava em seu rosto, ele segura a mesma entre os dedos e afasta ela de seu rosto.
- Por que não? - falo mordendo meu lábio inferior nervoso e um pouco triste.
- Você é um príncipe, príncipe dos dragões e o guia. Eu sou apenas o capitão da guarda real e dos soldados do reino, não sou nobre, sou um dragão preto um impuro da raça draconiana, todos me odeiam e me desprezam, não será bem visto ao meu lado, você apenas vai sofrer comigo Haspien. - ele encosta sua cabeça em meu peito enquanto dizia tudo isso, como se tivesse medo de ver minha reação.     
- Eu não ligo Sun, eu quero você. - falo tocando seus cabelos.
- Você não entende Haspien - ele ergue a cabeça e me olha com dor - os costumes draconianos são diferentes, não podemos, você só me quer por que cresceu como um humano, se crescesse como m dragão não sentiria o que sente por mim agora, quando todos voltarem você vai entender o que eu digo. - ele da um sorriso pequeno de canto.

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