Somos Dragões

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- Por que você é sempre apressado assim. - Sun fala e Haspien ri.

- Cansei, pular uma pequena parte não tem nada, vamos continuar? - Sun sorri enquanto balança a cabeça, Haspien não tem jeito mesmo.
- Filho, por que não estou surpresa em? - Luara fala erguendo uma sobrancelha e Haspien ri dando de ombros.
- Vamos continuar a cerimônia. - White fala rindo do filho.
- Primeiro, os amantes se ajoelham e reverenciam os deuses. - o chefe do templo diz calmamente em uma voz velha e rouca, White e Luara se afastam um pouco do casal.
O casal se abaixa calmamente e se ajoelha no chão, logo em seguida abaixam o corpo reverenciando aos deuses.
- Em seguida os amantes se ajoelham e se curvam ao seu rei e sua rainha. - Haspien e Sun ainda ajoelhados se curvam a White e Laura que sorriam.
Em seguida eles se ajoelham aos pais, porém Sun não tem mais seus pais aqui e Haspien já se ajoelhou a seus pais como rei e rainha, White e Luara resolveram pular essa parte.

- Se levantem - o homem fala e os dois se levantam do chão - se ajoelhem, se reverenciem, mostrem o respeito que o casal sente um pelo outro. - o homem termina de falar levemente e Haspien se abaixa junto de Sun, porém prestes a se ajoelhar Sun trava, Haspien se ajoelha e Sun continua de pé.
Todos olhavam curiosos, por que Khaevrael não se ajoelhou ao companheiro? Ele não respeitava Haspien?
- Khaevrael? - White chama o nome do genro confuso.
Sun se dá conta e percebe algo, tocando a testa o mesmo suspira, Haspien lê a mente do amado e gargalha alto lembrando do que fez.
A risada de Haspien ecoa e todos olham sem entender para o príncipe ajoelhado no chão.
- Cala a boca Haspien. - Sun fala mal humorado e Haspien continha rindo.
- O que aconteceu? - Luara pergunta curiosa, alias todos estavam.
- Haspien usou uma regra real em cima de mim, ele me proibiu de se ajoelhar ou reverenciar ele. - Sun fala e Haspien se levanta.
- Mas porque? - White pergunta confuso.

- É complicado - Haspien diz parando de rir, porém ainda tinha um sorriso no rosto - eu usei isso a muito tempo atrás, logo no início quando conheci Sun, quando usei a regra eu nem sabia que havia usado a mesma. - Haspien da um sorrisinho.
- Céus Haspien, retire-a ou você irá se ajoelhar sozinho. - Luara fala ao filho que se levanta.
- Não, não precisa - Haspien fala risonho, o mesmo ergue a mão e toca o rosto de Sun.
- Eu sei que Sun me respeita, me estima, me cuida, me reverência e que me ama, não preciso que ele se ajoelhe para mim. Eu sei tudo que ele pensa, e ele sabe tudo que eu penso, somos apenas um ser, compartilhamos nossos pensamentos e principalmente nossos sentimentos. Não há necessidades de se ajoelhar. - Sun segura a mão de Haspien e beija a mesma.

- Bom, já que é assim iremos seguir com a cerimônia pulando algumas partes. - White fala sorrindo ao filho.
- Será que já podemos ir para a parte principal papai? - Haspien pergunta e o rei suspira.
- Olha eu entendo, é costume a cerimônia e tudo que ocorre. Mas eu realmente estou quase por um triz de explodir. - Haspien sorri duro por baixo do pano.
Percebendo, White olhou os braços e ombro do filho, pequenas escama brancas estava na pele.
- Ah eu esqueci do seu dragão. - White diz rindo para o filho que faz um bico.
- Ok, ok, não fica bravo. Vamos pular para o ritual do sangue então, e aí você está livre filho. - Luara fala e se aproxima do filho.
Nas plataformas que estavam ao redor, os amigos de Haspien riam, eles esperavam uma cerimônia completa e longa, mas já conheciam o amigo e sabia que ele ia pular tudo para ir a parte principal.

Luara empurra delicadamente o filho e o genro para um quadrado no chão, o quadrado estava com uma água branca, a mesma ao qual eles caminharam para chegar até ali. A lâmina que estava na mão deles foi segurada no meio pela rainha, que  girou a lâmina para cima, deixando o fio afiado em contato direto com a palma da mão de ambos.
- O sangue, mais importante que a carne e mais forte que a magia. Liga almas e encontra sua família, encontra seu companheiro, te faz completo e é a essência para que se possa ter a vida. A ligação de sangue, mistura o sangue de ambos os companheiros. O sangue é a vida, a vida é a alma, a alma é tudo. - a voz envelhecida soa por todo o salão.