Somos Dragões

18

Haspien havia dormido agarrado em mim, faço carinho em seu cabelo enquanto observava seu rosto sereno enquanto respirava devagar e baixinho. Sua postura toda dominante e agarrada em mim mostrava o quanto ele era dependente de mim, algo que não deveria acontecer, mas de algum jeito aconteceu. Não deveria me agarrar a ele e deixar tudo que está acontecendo entre nós acontecer, ele é um príncipe e é errado estarmos juntos.

Mas não posso deixar ele, não consigo, beijar seus lábios foi a melhor droga do mundo, seu corpo pequeno e esbelto é macio, o jeito que ele treme quando mordo seus lábios é deliciosamente prazeroso, o jeito que ele geme baixinho e suspira durante o beijo é surreal, me deixando com o baixo ventre quente feito fogo e a garganta seca. Ele é mais sedutor do que aparenta e sinto que estou me afogando nele.  Suspiro e olho seu belo rosto adormecido e me levanto, acho que o jantar ainda nem foi servido e com a barulheira que eu escutava não será lembrado tão cedo.

Cubro o corpo de Haspien e saio do quarto já sorrindo ao imaginar a cena barulhenta que me aguardava, desci as escadas e andando os corredores do castelo por mim tão bem conhecido chego ao salão tão animado. Abri as enormes portas e o olhar de todos se fixaram em mim, olhei aquele povo que eu considerava mais como família do que os dragões que eram realmente minha espécie, desci aqueles lances de escada mostrando o sorriso ao qual apenas aqueles que me acolheram mereciam ver, antes mesmo de chegar ao chão do salão sou recebido com gritos animados.

- Khaevrael voltou! - Baltazar gritou vindo para cima e me abraçando, trocando um abraço apertado com o irmão de guerra e recebendo uma caneca de cerveja na mão grito a todos aqueles que me recebiam felizes.
- O demônio voltou! - falo virando a caneca inteira de uma vez, os gritos animados eram contagiantes, o chão tremia por causa dos pés batidos e dos gigantes dançantes ao redor. 
A musica alta, os gritos animados, o riso que enchia o salão era realmente incrível, trocando abraços e gestos com todos aqueles irmãos e irmãs de guerra me senti vivo novamente, claro em minha mão sempre se encontrava uma caneca que eu já esvaziei sei lá quantas vezes.

- Meu irmão estou tão feliz que voltou. - Baltazar diz segurando minha nuca e encostando sua testa na minha.
- Eu também estou feliz de estar aqui. - falo devolvendo o comprimento e sorrindo ao mesmo.
- Me diga irmão, me conte como voltou? Tentamos a anos achar uma forma de os trazer de volta, mas apenas com o guia era possível. - Baltazar me puxa até sentarmos em uma cadeira lado a lado. Suspiro e apoio ambos os braços no joelho e viro meu rosto ao meu melhor amigo que me encarava com uma alegria óbvia nos olhos e um sorriso radiantes nos lábios.  
- Estou ferrado, mas tão ferrado que eu nem sei o que faço. - falo soltando um riso baixo e desesperado. 

Baltazar me encara e coloca uma caneca cheia em minhas mãos.
- Vamos conversar em outro local. -
- Venha. - ele diz se levantando. Me levanto e sigo atrás dele enquanto sorria aqueles que gritavam meu nome ou erguiam seus copos em minha direção.
Chegando a uma cobertura que logo abaixo havia o salão, Baltazar se apoia na sacada e olha o enorme reino animado e colorido apesar da chuva pesada que caia, mesmo do lado de fora nenhuma gota de chuva tocava nossos corpos.
- Pois fale. Sou todo ouvidos. - só faltou o charuto em mãos para completar a pose dos rei dos gigantes. 

- O guia voltou, o reino está prestes a voltar ao normal. - ergo a cabeça para cima olhando a chuva caindo.
- E onde você estar ferrado entra nisso tudo? - ele pergunta e eu sorri em meio a um suspiro.
- O guia. - falo virando a caneca que eu mal havia tocado.
Sun...
- O que tem? - sorri derrotado ao escutar o chamado dele.
- É meu. - falo a Baltazar que arregala os olhos.
Sun onde está?...

- É meu amigo, você está mais que ferrado. - ele dá dois tapinha em meu ombro rindo.
Suuuunn...
Suspiro pela milésima vez apenas naquela noite.
- Você é um péssimo amigo sabia? - falo olhando Baltazar que ria.
Suuuuuuuuun...
Eu já vou!  Falo em minha mente.
Grosso... Fico surpreso ao escutar a resposta.

- O que é essa cara surpresa? - Baltazar me pergunta.
- Adivinha. - falo olhando ele.
- Se você for expulso do seu reino draconico venha morar aqui. - ele fala dando dois tapinhas em meu ombro se retirando.
- Quando tiver um tempo livre quero essa historia toda contada do inicio. - escuto sua voz se afastando e ri. 
- Espere sentado Balt. - falo saindo também e indo até o príncipe baixinho e gostoso que estava gritando em minha mente. 

Abro a porta do quarto e vejo ele sentado embirrado na cama, o bico bravo e o olhar mimado me encarava. Me aproximo dele e apoio uma mão na cintura, encaro o mesmo que cruza os braços.
- Mesmo dentro da mente é possível gritar você sabia? - olho o mesmo que desvia o olhar e ergo uma sobrancelha.
- Sun eu est- sua palavras são cortadas por mim apenas com o olhar.
Seguro o queixo macio e ergo a cabeça dele aproximando meu rosto.
- Cala a boca Haspien. - falo o que eu queria dizer ao escutar o primeiro grito que ele deu em minha mente. 

Cubro o lábio macio com os meus, seus olhos arregalam surpreso pelo beijo repentino, mas se fecham se acostumando com o beijo. Abri espaço em sua boca e adentrei minha língua, fazendo a mesma tocar na dele, praticamente devorando seus lábios puxo seus cabelos prendendo o mesmo em minha mão, com um gemido dolorido da parte dele nossos lábios se separam e ele me olha com as bochechas vermelhas respirando fundo.
- Sun ist- puxo novamente seus cabelos e sua cabeça vai para trás mostrando o pescoço pálido e belo.

- Haspien - falo baixinho e sinto seu corpo tremer debaixo do meu - você é tão pequeno e frágil - deixo um beijo em sua garganta seguida por uma leve sucção e ele geme baixo - tão frágil - resmungo e passo minha língua por sua garganta deixando leves mordidas, sigo a trilha até seu queixo e encaro seus escuros olhos verde - que as vezes tenho vontade de quebra-lo. - deixo uma mordida em seu queixo e empurro seu corpo na cama.  
Solto seus cabelos e me ajoelho na cama e me sento sobre os meus pés, encaro ele que me olhava sem reação após minhas minhas palavras, ainda fitando seus olhos seguro sua cintura e o puxo até mim. Com a cintura erguida apoiado em meu colo me abaixo até ele ficando frente a frente com seu rosto, sua respiração batia em meu rosto e eu tenho certeza que a minha estava quente.

- Quente Sun. - Haspien fala baixo e eu rio baixo soltando uma fumaça branca de meus lábios, em vez de medo Haspien  me olhou com curiosidade e desejo, o mesmo olhar de curiosidade que me deu meses atrás. Ele ergueu sua cabeça até mim e lambeu meu lábio inferior, abri meus lábios e chupei aquele língua curiosa, começo novamente um beijo forte. 
Suas mão vão até meu pescoço me puxando mais a ele, suas pernas fecharam em minha cintura me prendendo, levo uma de minhas mão a invadir sua blusa e rasgo aquele tecido incomodo. Haspien se solta de meus lábios e olha para baixo vendo o próprio peito nu.
- Realmente... fica melhor quieto e... sem roupa. -  arrancar a calça dele foi mais fácil do que a blusa, com um puxão no cinto sua calça se rasgou em vários pedaços deixando apenas a peça intima e transparente.

- Sun! - Haspien falou envergonhado tentando cobrir o corpo.
- O que foi? - falo rindo e a fumaça branca novamente sai de meus lábios fazendo Haspien me encarar hipnotizado. 
- Hoje mesmo você queria que eu estivesse dentro de você - seu rosto estava quase roxo de vergonha, mas ele ainda me encarava nos olhos - e agora não posso tirar sua roupa? - ergo uma sobrancelha e ele ergue uma mão e segura meu cabelo.
- Bom... não quero ser o único vestido. - Haspien fala baixo quase em um sussurro, mas com minha audição apurada consegui ouvir perfeitamente.

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Votem e comentem muito 🥰

Desculpe os erros

E desculpe a demora estava sem celular a uns par de meses e ainda estou fazendo faculdade 😅

Bjos Lolo 😘