Algo novo, algo bom

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— Senhora, me perdoe

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— Senhora, me perdoe.

Theodor pedia desculpa pela quinta vez, e pela quinta vez Désirée dizia que não havia problema.

— Eu implorei para que ela ficasse em casa, mas ela não me ouve.

— Não há com o que se preocupar. — Ele disse sorrindo, enquanto Theo puxava a cadeira para ela sentar-se. — Senhora Mary é e sempre será bem-vinda.

Mary era uma doce senhora, mãe de Theodor, o mordomo da casa. o jovem sofria com muitas dores nos pés, derivadas de problemas de formação, e por esse motivo era pouco provável que alguém o contratasse para trabalhar, mas quando Désirée o conheceu foi cativada pela educação e simplicidade dele e não houve como não o contratar, a sua decisão só se mostrou mais assertiva quando ela conheceu Mary – a idosa mais doce que havia visto. Mary também era muito simples, e claramente nutria gratidão pela duquesa por ter contratado seu filho.

Sempre que podia ir ao ducado, ela ia, e sempre se oferecia para ajudar na cozinha. Muitas vezes ela se dedicava a fazer todo o jantar.

Mas só havia um problema, Mary era um desastre na cozinha.

—Rebekka fez uma segunda opção, senhora.

Bom, Theodor sabia que não podiam jantar a comida de sua mãe, e sempre que a mulher fazia um prato ele pedia que a cozinheira fizesse outro, assim eles teriam apenas que provar o da senhora, e podiam seguir com o jantar sem maiores danos estomacais.

— E o que termos hoje, Theo? — Perguntou Liz de sua cadeira.

Theodor olhou para baixo com medo de dizer o que a mãe tinha preparado.

— Sopa de truta.

Aquilo arrancou uma expressão de nojo dos quatro na sala, Céus, mas Desirée, ela tinha um sério problema com toda comida que viesse debaixo da água, torceu para esse prato tivesse muito mudado, a ponto de não sentir o cheiro.

Recuperando a compostura Désirée sorriu e imaginou as horas que Mary usou para fazer a sopa. Sentir pena quase a fez imaginar que o cheiro não seria tão ruim, quase. Se bem que ela podia imaginar alguém que ela ficaria feliz em fazer a tal sopa, mas torcia para que ele não fosse para o jantar.

— Onde elas estão Theozinho?

Elas ouviram a voz de Mary e se levantaram para cumprimentar a mulher. Estava quase na hora de servirem o jantar e ela sempre vinha receber os elogios que as damas a davam pela comida.

—Senhora Mary, parece mais jovem, o que andas fazendo? — Liz foi a primeira.

A mulher disse alguma coisa sobre ser os olhos da irmã de Désirée e logo foi abraçar Sophie. Elas trocaram um abraço e Sophie falou em seu ouvido, Désirée não pode ouvir o quê, mas Mary devolveu as palavras e Sophie corou.

O Regresso Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora