Dos males o menor

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Quando o médico disse que deviam esperar, ele esperou

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Quando o médico disse que deviam esperar, ele esperou. Mas agora, horas depois da partida do homem ele não queria mais esperar. Angustiava-o ver a mulher inerte, ele queria que ela acordasse. Acordasse e o ignorasse, e o desafiasse e subisse em uma escada, até mesmo, até mesmo correr a cavalo era aceitável.

Só acordasse.

Joshua tinha passado as últimas horas no quarto com Désirée, esperando que ela reagisse, mas isso não aconteceu. Estava perdido em seus pensamentos quando ouviu alguém batendo na porta.

Ele não quis gritar então foi até a porta e a abriu.

- Almoço?

- Que horas são? - Ele perguntou a Liz, surpreso por já não ter sentido fome, mas gostando do cheiro que vinha da bandeja nas mãos da cunhada.

- Pouco mais de 14hs. Esperamos que Vossa Graça descesse, como não o fez, eu trouxe seu comer.

Ao ouvi a hora ele só conseguia pensar: mais de cinco horas e ela ainda não acordou.

- Entre. - Joshua indicou a mesa ali perto para que ela colocasse a refeição.
Elizabeth parecia ainda muito abalada, com seus olhos verdes inchados, mas já conseguia falar sem se derramar em lagrimas, e não, ela não era uma lady dada a excessos, exceto quando a única pessoa da sua família estava inconsciente.

Enquanto Joshua atacava a vitela que havia sido entregue a ele, Liz foi até a cama onde a irmã estava deitada. Riu ao imaginar o surto que Désirée teria se soubesse onde estava.

- Você fica bem nos lenções escuros, Day. - Ela sussurrou no ouvido da irmã, depois pegou sua mão. - Ela não reagiu de modo algum, Vossa Graça?

- De modo algum.

Foi a resposta seca dele. E ela até queria dizer: mas o que esperar dele?

Só que não poderia dizer isso. O duque não havia saído do lado da esposa nem um minuto desde que chegaram na casa, isso era mais do que o esperado de um homem que foi forçado a casar com a mulher em questão. Quando ele voltou Liz tentou fazer Désirée ver o lado bom de toda a situação, mas admitia que nem mesmo ela via a sua volta como a melhor das coisas, e agora talvez não achasse ruim, realmente, seu regresso. Amava Désirée e devia tudo a ela, e já não tinha tanta raiva do duque, ao contrário, acreditava em alguns de seus princípios, porém temia que ele dois fossem como água e azeite: bons separados e ruins juntos.

Désirée sempre foi sensível, e Liz viu todas as mudanças que a maternidade trouxe à irmã - mesmo que ela tenha preferido ficar sozinha na gestação, mas ela sabia que apesar das mudanças Day ainda inspirava cuidados, não apenas nas doenças, mas em tudo. Até no amor.

O Regresso Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora