O Regresso Do Duque

Interins

De novo ela se jogou ali, nos braços daquele homem que ela um dia não quis. Ela não sabia nem os motivos que a levaram aquilo, mas ter suas mãos unidas, seus olhos presos um no outro, e sua voz lhe arrancando do passado foi demais.

Foi mais do que ela podia esperar e suportar.

Desirée nunca seria um exemplo de mulher ou de virtude, mesmo que seu rosto dissesse o oposto, ela sempre mentiria para ele, enquanto pudesse, e sentir aquilo, aquela força que gritava: conte a ele, foi insuportável, mas misturado com a cede que sentia por ele foi incontrolável.

Então ali estava ela, tomando o que ele desce, o que a princípio foi pouco, quando ele foi pego de surpresa e ela podia jurar que ele a rechaçaria, mas não, ele parecia ter tanta fome quanto ela.

Mesmo sabendo que não podia ir muito além daquilo ela se apegava a tudo que pudesse ter, existiam muitas maneiras de ser dele sem estragar o futuro dos filhos, mas nenhum que ela estivesse disposta a fazer, não enquanto os resquícios de dignidade permanecessem com ela.

Ao longe ela pode ouvir o som de porcelana estalar no chão, mas nem mesmo isso fez Joshua tirar as mãos do corpo dela.

Desirée sentia o peso dele sobre ela, mas era reconfortante.

Com o passar dos segundos o beijo já não era cálido, perdeu toda a sutileza e Desirée se via roubada pela boca de Joshua, deixando que sua língua invadisse e tomasse sua boca como sendo dele. Ele usava a força para apertar sua cintura, seu toque quase machucava, não fosse pelo querer dela que ele fizesse isso.

Ela usava um vestido pesado e tudo que Joshua queria era rasgar aquela coisa, podia ser com os dentes, não importava que ela não o quisesse antes, como havia dito, ali e agora ele tinha as mãos dela em seus ombros o puxando para mais perto.

- Mia moglie.

Ele repetia em sua boca, tomou seu fôlego quando desceu a boca por seu pescoço e lambeu cada pedaço de pele que podia. Aquilo poderia ser o céu.

- Sim. - Ela disse puxando seus cabelos. - Mio marito.

Joshua gemeu em sua pele ao notar que ela sabia italiano, e ao ouvir ela chamá-lo de "meu marido".

Ele lutou para abrir suas pernas e se instalar no meio delas, não foi difícil. Se um dia achou que sua esposa não tinha fogo para um homem, que os céus o perdoassem, ela o prendia e puxava para mais e mais perto. Quando estava onde queria não sabia onde a tocava, parecia ter poucas mãos para tocar todas as partes que queria.

Ouvia a esposa gemer a cada golpe que seu corpo jogava para cima dela.

Infernos, parecia um adolescente.

Mas para os diabos se ele não se sentia como um.

- Joshua. - Ele ouvia ela chamar seu nome em tom sussurrante. - Por favor.

Suas mãos foram plantadas nos peitos dele e ela sutilmente o afastou. Ambos estavam sem ar, o que fez com que ele demorasse um segundo para entender o que estava acontecendo.

Quando olhou para baixo de si encontrou uma Desirée de lábios gloriosos e tentadoramente inchados por seus beijos, ofegante e que o tinha em meio as suas pernas, seus olhos estavam desfocados e ele sabia que aquele brilho selvagem levaria um homem a ruína se quisessem.

- Joshua.

O nome dele parecia uma oração em seus lábios.

Quando a realidade o atingiu ele saiu de seu lugar, pois sim, aquele era agora o seu lugar. Ele estendeu a mão e a ajudou a se colocar de pé. Frente a frente nenhum sabia o que dizer, mas ainda assim tentaram: