Para Sempre I

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Seu sono era inquieto, não conseguia encontrar uma posição confortável naquele maldito divã, tinha tentado a poltrona, mas lá era pior. Ele acordou assustado, pensou que poderia ter sido alguém entrando pela porta do quarto, mas não tinha ninguém além deles ali. Ele precisaria dormir por duas semanas se quisesse recuperar as horas de sono a ponto de voltar a ser social.

Josh fechou os olhos e quando estava quase alcançando a doce inconsciência ele ouviu nitidamente o que tinha lhe acordado.

Uma batida na porta que ligava seu quarto ao de Désirée. Ele levantou-se e foi abrir a porta, não deveria ter se surpreendido com o que viu.

- Não deviam estar dormindo?

Ele perguntou olhando sonolento para os filhos de mãos dadas do outro lado da porta. Estavam de pijama e Alec tinha o rosto marcado pelas linhas de seu cobertor.

- Onde está a mamãe? - A filha perguntou com a vozinha rouca. - Ela não está no quarto.

Ele olhou para trás, não via a esposa, pois as velas já haviam queimado e se apagado.

- Venham. - Ele ofereceu as mãos aos filhos e os levou rumo ao quarto da duquesa. - Não devem ficar vagando pela casa na escuridão. - Ele disse quando os três já estavam no quarto.

Ele buscou por um fósforo para acender as velhas do quarto e quando as achou iluminou o lugar. Não sabia dos filhos, mas em sua infância odiava o escuro. Quando ele terminou de acender todas as velas olhou para o filhos, Alec era um pouco maior do que Ivy e ele amou perceber esse detalhe nos filhos.

- A mamãe está doente, não poderão ver ela hoje, crianças.

Ivy olhou em seus olhos e ele pode ver que estavam um tanto vermelhos. A filha havia chorado. Se abaixando para ficar no nível dos filhos ele tocou o colarinho de seus pijamas.

- O que houve?

- Ivy teve um pesadelo. - Disse Alec ainda com sono. Era sempre assim, sua irmã tinha um pesadelo e o acordava para irem os dois em busca da mãe, ele sempre ia, mas quando era colocado na cama dormia em minutos, isso claro, quando não era ele quem tinha o sonho ruim.

Joshua lembrou-se de ouvir a mulher dizer que os filhos dormiam com ela quando tinham pesadelos, como ele gostaria de que ela esteve ali para resolver aquilo.

- Você quer falar sobre ele para o papai, lobinha?

- Não. - A filha falou e fez um biquinho de quem com certeza não queria lembrar do sonho. - Queria dormir com a mamãe.

O jovem lordizinho bocejou, e Joshua viu que eles estavam com sono. Então ele fez o que Désirée teria feito.

- Venham.

Ele pegou os filhos e os levou para perto da cama.

- Que tal... - Ele começou, sem está certo de que os filhos gostariam da ideia. - Dormirem comigo?

Ivy e Alec não souberam esconder a surpresa ao ouvirem aquilo do pai deles.

- Podemos? - Perguntou Alec.

- Vocês não roncam, não é mesmo? - Ele os olhou com cara de quem não aceitaria um único ronco perto dele, quando os filhos disseram "Não" em uníssono ele continuou. - Então podem.

Ele organizou os travesseiros em cima da cama e amassou o edredom, sentia o cheiro da esposa nos panos e pensou no quão prazeroso seria ter ela ali em cima, cercados pelo seu cheiro.

Voltando para os filhos ele pegou Alec e colocou na cama. Lembrou-se de quando Désirée insistiu para que ele beijasse os filhos e ele acabará cedendo e fazendo. Se queria ter a melhor das relações com os filhos ele teria que dar os primeiros passos, com esse pensamento ele inclinou-se sobre o filhos e beijou sua testa, Alec sorriu timidamente.

O Regresso Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora