As coisas que não queremos sentir

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Na manhã seguinte ela levantou-se cedo, bem antes dos filhos que sempre que dormiam com a mãe se levantavam com o sol alto, mas ela precisava fazer algo

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Na manhã seguinte ela levantou-se cedo, bem antes dos filhos que sempre que dormiam com a mãe se levantavam com o sol alto, mas ela precisava fazer algo. Ela foi ao quarto de vestir, e indo até a porta que ligava ao quarto do duque, conferindo que ela estava trancada, começou a trocar de roupa. Precisava ser rápida se queria falar com Aguiar antes que ele partisse.

Ela demorou um pouco para sair do quarto, mesmo sabendo se vestir sem ajuda das criadas - e raramente usando seus serviços, ainda era um pouco lenta, ainda mais porque agora podia ver que em seu braço havia uma mancha roxa, que parecia bem feia.

Com certeza tinha ganhado o hematoma na noite anterior, mas se esforçou para tirar a lembrança da cabeça.

Désirée foi até o seu porta joias e pegando a joia guardou-a em uma sacola de tecido marrom, agora só precisava escrever a carta e tudo estaria feito.

Ela desceu para o térreo e foi cumprimentada por todas as criadas que encontrava. Diferente da casa de seu pai, os criados gostavam dela.
Lembrava que em Fernsby muitos deles eram proibidos de falar com ela, bom, mas agora era a duquesa, seria um tanto difícil alguém proibir seus criado e falarem com ela.

- Bom dia Vossa graça.

Elen se dirigiu alegremente ela, quando a lady chegou a sala de jantar, com um envelope e um pequeno saco em mãos.

- Bom dia Elen, como está?

- Bem senhora, vai tomar café agora?

- Não. - Ela nunca comia tão cedo, seu apetite só acordava as 09:000hs. - Sabe se Aguiar já foi para casa?

- Não, senhora. - Maravilha. - Ele estava nos estábulos a pouco.

- Obrigada. - E com isso ela saiu e busca do homem.

Quando estava na entrada do estabulo sentiu o cheiro que era habitual do lugar, anos antes ela odiaria aquela mistura de urina e fezes dos animais com o feno, mas hoje não, mal notava sua presença.

Varreu os recantos com a vista, mas nem sinal dos homens, de nenhum deles na verdade.

- Aguiar. - Resolveu que se ele estivesse ali, responderia a ela. - Senhor Aguiar.

Não gostava de gritar, temia que eles vissem isso como forma de grosseria, mas era preciso.

- Senhora?

- Ah, Aguiar. - Ela andou um pouco, entrando mais no lugar, aliviada por ele ainda está no ducado. - Que bom que ainda não partiu.

- Irei ao meio-dia Senhora.

- Como está Lídia?

A esposa do homem estava no nono mês de gestação, e a poucos dias ele havia pedido alguns dias para cuidar da mulher, que morava num vilarejo mais afastado.

- Bem, Senhora. Mandou-lhe lembranças e agradece pelas roupas que mandou.

- Ah, não foi nada e além do mais a crianças já não cabem nelas.

O Regresso Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora