Erros incontroláveis

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Não conseguiria fazer aquilo

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Não conseguiria fazer aquilo.

A duquesa andava sem direção, lembrando de como quase contou tudo que aconteceu à ele, havia perdido o controle, mesmo que a atitude do homem de tomar decisões sobre a filha a tivesse irritado ela devia se policiar, mas não foi capaz, o homem a tirou do sério.

Como ia viver com alguém sempre com medo, sempre medindo palavras. Ela fazia isso sempre em público - nas poucas vezes em que esteve em público, mas está sempre com o ele, ah Deus, seria um martírio.

Não pode nem mesmo fazer sua obrigação e apresentar os criados ao homem, não estava no seu estado normal e ainda assim teria que viver uma vida sempre tentando agrada-lo, sempre olhando para baixo e assentindo.

Vendida.

As palavras ainda a machucavam, mas o que mais ela seria se não uma mercadoria?

Era um produto, desde sempre, desde quando o duque a "comprou" para o filho, desde que si deixou aceitar um destino que nunca foi seu desejo e se atou a felicidade de outras pessoas, claro que estava feliz pela família que tinha, mas não eram seus sonhos que ela realizaria.

A mulher não via nem ao menos para onde ia quando se chocou com uma parede de músculos.

-Aí.

Ouviu uma voz masculina dizer alguns impropérios e quando abriu os olhos viu o amigo do duque.

Não lembrava seu nome.

-Não repita isso na frente dos meus filhos. - Disse a fim de repreender o homem por falar daquele modo em sua presença.

-E tentemos não pisar em meus sobrinhos também, Vossa Graça.

Ela tentou manter a expressão fria no rosto, mas diante da reprimenda desfaçada de gracejo do homem foi impossível, e ele estava certo, ela estava tão perdida em seus pensamentos que acabou por não o ver.

-Perdoe-me, não estava atenta meu lorde.

O homem apenas sorriu, mostrando uma beleza que se antes já era clara, agora parecia irradiar. Tinha um perfil delicado, um pequeno sinal na maçã esquerda do rosto e quando sorria mostrava as covinhas em suas bochechas, não era exatamente bonito, mas era um homem que mostrava perigo. Não como seu marido, claro. Ele tinha uma força viva, algo que dava medo e magnetizava, mesmo com o que quer que tivesse acontecido com seu rosto ele ainda era como ela lembrava, lindo e mesmo com toda a raiva e confusão que ela nutria com relação ao homem ele ainda mexia com os desejos que ela pensou que tivesse matado muito tempo atras. Joshua ainda mexia com as borboletas de seu estomago.

-Não há pelo que se desculpar.

Ela aceitou suas palavras e continuou seguindo pelo corredor que levava aos jardins, mas parou quando ouviu os passos do homem lhe seguir.

O Regresso Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora