Flores pela casa

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Desirée se arrependeu do que fez assim que a consciência a atingiu. Não acreditava que tinha sido capaz de agredir o marido, aquilo passava do limite de tantas maneiras, bater no marido e em praça pública.

Que Deus e Joshua fossem misericordiosos.

- Desirée, você vai subir nesse cavalo agora, e vamos conversar sobre as maneiras que você pode me ressarcir por isso. - Ele falou em voz baixa, mas que não deixava espaço para não ser ouvida.

- Prefiro voltar para casa andando. - Ela insistiu.

Joshua já estava perto dela, mas deu pequenos passos que o levaram para ainda mais perto, ela podia sentir o cheiro dele. Quando ele parou não restava espaço entre os dois. Josh usou a mão coberta com a luva para pegar a cintura de Desirée e unir seus corpos.

- Eu vou pedir uma última vez. - Disse encostando os lábios no ombro coberto dela. - Violência gera violência, então para o bem da nossa imagem pública suba nesse cavalo e vamos para casa.

Quando ele terminou de falar abriu a boca e mordeu o ombro dela. Não foi uma mordida que passasse a sensualidade que o marido tinha, aquilo era pela força e dor. Quando Desirée soltou um murmúrio de dor ele libertou seu ombro. Entendendo que a esposa não teria opção além de subir no cavalo ou uma discussão matrimonial em público, joshua deixou o caminho livre para que ela subisse na montaria.

Ela se dirigiu ao animal, o cavalo e não seu marido, com a intenção de montá-lo. Joshua cavalheiro como sempre lhe estendeu a mão para ajudá-la, mas foi reçachado prontamente, e ela subiu facilmente sem ajuda.

Pela forma que Liz e Sophie montavam não era de se duvidar que a esposa montasse do mesmo modo, pensou o homem.

Joshua subiu logo depois e se posicionou atrás dela, que foi um pouco para frente.

E um pouco mais.

- Desirée, o cavalo não pode levar você no pescoço dele, meu bem.

Ela fingiu que não o escutava, por um longo percuso ele não disse nada e nem ela. O sol já estava alto o que devia fazer um mal imenso para sua pele.

Se o teimoso e desleal de seu marido tivesse deixado ela voltar de carruagem não estaria passando por isso. Sempre que pensava nele revivia o momento em que via ele nos braços daquela senhora.

Incomodada com o sol ela passou começou a colocar a mão no rosto, como uma proteção contra o astro. Os movimentos dela não era despercebidos por Joshua, desde que montaram no cavalo ele sentia cada respiração dela. Sabia que o quê estava incomodando ela - naquele instante era a luz do sol.

Já com raiva daquela claridade em sua vista mal notou quando o marido direciovana o cavalo para dentro do Vale ao lado do caminho.

E mesmo enfurecida por ele ter feito ela passar ridículo na frente de todos, não deixou de pensar que no caminho que tinha dentro do vale não tinha tanta claridade e que a mudança foi um ato bondoso do marido.

Mas ainda assim, não se deixaria amolecer.

- Eu não a agarrei.

Ela respirou fundo.

- Eu não disse que você tinha agarrado ela, mas que estava muito confortável sendo agarrado.

Joshua respirou fundo e cansado de ter a mulher tão próxima sem poder tocá-la, ele a puxou até quase tê-la sentada em seu colo.

- Aquela mulher não é...

Ele ia dizer que não era nada, mas foi interrompido pela esposa quando ela voltou seu rosto para o dele.

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