O DESPERTADOR marcava 5:30 da manhã. Me levanto da cama e vou até o banheiro para tomar meu banho que não foi muito demorado. Coloco meu uniforme e desço para a cozinha.
Já encontro meu pai cozinhando algo. Assim que ele me vê, um sorriso abre em seu rosto.
— Bom dia, filha! Dormiu bem?
— Ainda estou cansada por conta da noite de Karaokê.
Ontem à noite, eu e meus pais ficamos até uma da manhã cantando músicas de Karaokê. É um pouco estranho dizer que eu odeio dormir tarde, desde pequena fui acostumada a dormir cedo. Então, se eu durmo tarde ou é porque eu fiquei doente ou porque simplesmente o relógio quebrou.
— Vai querer que eu te leve hoje?
— Sim, por favor. — falo assim que termino o meu suco — Só vou escovar os dentes e pegar minha mochila.
Subo as escadas novamente. Escovei meus dentes e peguei minha mochila. Me olho no espelho do armário e arrumo meu cabelo.
Assim que saio de casa, já encontro meu pai no carro. Ligo o rádio e passamos o caminho ouvindo música e cantando até chegar na escola.
— Obrigada pela carona, pai. Até mais tarde. — abro a porta do carro.
— Tchau, Sabi. Aproveita o dia.
O carro se afasta e eu entro na escola. Nos armários, encontro Sina e Noah, meus dois melhores amigos.
— Oi, Sabina. Pensei que não ia vir.
— Ué, por que? — abro a porta do meu armário e pego os livros.
— Você sempre chega antes que a gente.
— Bom, isso é verdade. — andamos até a sala de aula.
Se sentamos em nossos lugares e passamos a conversar até o sinal bater.
A aula foi totalmente normal, nunca tive uma aula que eu achasse sem graça. Eu amava todas.
O último sinal bateu: hora de ir embora. Me levanto e vou com Sina e Noah até fora da escola, nós iríamos ao cinema juntos.
— Calma. — eles se viram para mim — Esqueci minha mochila.
— Ah, sério? Estamos quase perto do carro.
— Eu preciso ir buscar a mochila. Já volto. — falo entrando na escola novamente.
Ando pelos corredores até chegar na sala em que eu estava antes. Mas tinha alguém lá dentro.
— O que faz aqui?
Bailey May. O que posso dizer sobre ele? Nada.
Bom, nós nunca se falamos até agora. Mas eu sei poucas coisas sobre ele. Bom, Bailey é um dos mais populares entre todos os garotos da escola e também é capitão do time de hóquei.
— Esqueci minha mochila. — respondeu sem dar muita importância.
— Parece que não fui só eu que esqueci.
Vou até a minha carteira, mas no meio do caminho, o garoto fala algo:
— Não adianta procurar aí. Estou aqui faz cinco minutos e não achei nenhuma mochila.
— Como sabe?
— Eu vasculhei a sala inteira. Se eu tivesse achado, não estaria falando com você.
— Então, a mochila não está na sala.
Que assunto mais estranho: falar sobre onde nossas mochilas estão. Quem falaria sobre isso hoje em dia?
Recebo uma mensagem de Sina dizendo que não deu tempo de me esperar e eles foram para o cinema. Respondi dizendo que não havia problema e que poderíamos ir outro dia.
— Então... quando é o próximo jogo?
— Semana que vem.
Eu estava tentando puxar assunto com ele. Mesmo que pudesse ser uma má ideia e depois o garoto sair falando de mim até seus cotovelos caírem. Mas eu não me importava com isso.
— Legal.
Vejo algo sair da entrada de ar. Como se fosse um pó branco — eu não sei, na verdade — , aquilo me assustou um pouco.
— Esqueci seu nome.
— Bailey.
— Isso. — assenti — Não respira.
— Quer que eu morra?
— Não é isso. Tem algo saindo da entrada de ar e acho que respirar não é uma boa opção.
Vou até a porta e tento abrir. Eu não entendo, estava aberta a poucos segundos atrás.
— Merda.
— O quê?
— A porta está trancada.
— Mas não estava aberta? — perguntou se aproximando.
Eu podia sentir que a gente iria morrer nessa sela a qualquer momento.
— Olha, se eu morrer, agradeço por você ter sido a última pessoa a conversar.
— Cara, eu sou muito novo para morrer.
Estávamos desesperados. Janelas e portas trancadas. Sem saída.
Estávamos sem saída.
Não consegui dizer mais nada. Apenas sinto meu corpo cair no chão.
E agora eu não lembro de mais nada.
continua...
tadinhos
no final nem acharam a mochilao que acharam do capítulo??
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𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿
FanfictionOnde Sabina descobre que tem um irmão gêmeo, cujo o nome seja Bailey May.