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Bailey havia levado um tiro. E eu vi isso.
Por algum motivo, nós conseguimos sair daquele lugar. Mas eu tive a porra de uma falta de ar e não tivemos tempo de correr. E aí foi quando Bailey levou um tiro.
— Não morre, tudo bem? Não morre.
Eu não poderia chorar agora. Talvez depois. Mas não agora.
Eu não fazia ideia do que fazer.
Pensa, Sabina, pensa.
Eu não tinha outra escolha a não ser ter que voltar para essa casa horrível de novo e provavelmente passar por tudo de ruim novamente. Mas eu queria muito tentar salvar ele e não deixar morrer. Pelo menos, não hoje.
— Eu sei que é pedir demais, mas será que você consegue se levantar? Eu posso tentar te ajudar. Mas eu acho que é melhor do que te arrastar por esse chão sujo.
— Você vai tentar me salvar? Sério?
— Eu não tenho outra opção, porra.
Tento ajudar ele a se levantar e andamos pelo corredor até chegar onde estávamos antes. Eu tenho certeza que vi um kit de primeiro socorros.
— A gente voltou para cá? Ou eu estou meio tonto?
— Você parece um bêbado falando. Mas sim, eu não tinha outra opção.
— A gente não podia ir para um hospital?
Eu realmente queria ir para um hospital, mas nenhum carro havia passado por onde estávamos, eu não tive muita opção.
— Eu sei. Desculpa. — procuro um kit de primeiros socorros.
Era só o que me faltava, eu preciso achar isso.
— Achei. Olha, eu não sei o que eu estou fazendo. Mas eu prefiro tirar a bala do seu corpo do que ver você morrer aos poucos.
Me sento no chão. Abro a caixinha procurando o que eu iria usar. Tinha até soro, aquilo me surpreendeu.
— Eu vou levantar sua camisa, tudo bem?
Eu praticamente estava falando sozinha porque ele estava quase morrendo. Mas conversar estava me acalmando e me deixando mais tranquila sobre o que eu iria fazer.
— Você sabe se tem alguma fita por aí?
Por que ele perguntou isso?
— Hm... tem.. por que quer saber disso?
— Eu não deveria pedir isso. Por favor, pode colocar na minha boca?
— Como é?
— Eu sei que é loucura. — diz — Mas se você for realmente tirar a bala de onde quer que esteja, eu vou acabar gritando por causa da dor. E eu não quero morrer, mesmo que eu já esteja morrendo.
Assenti. Peguei a fita e coloquei dois pedaços. Eu nunca fiz isso.
— Tenta não se mexer, pode ser?
Confirmou com a cabeça.
Esse era o momento que eu estava com um medo enorme, eu estava com medo de fazer alguma merda e ele morrer de vez.
Peguei as coisas da caixinha e faço o que tinha para fazer. Mas acho que foram os minutos mais tensos da minha vida toda.
Cada vez mais, ele murmurava por conta da dor. E isso me deixava nervosa. Muito nervosa.
— Pronto. Pronto. Está tudo bem. — tiro a fita — Não queria que você sentisse dor.
— Conseguiu tirar?
Confirmei.
— Eu só vou fazer um curativo para não infeccionar.
— Você.. costurou? Como aprendeu isso?
— Meu pai me ensinou muita coisa quando eu era pequena. Inclusive isso. — termino o curativo — Tenta descansar. Eu sei que você 'tá acostumado a não dormir, mas você realmente precisa.
— Sabi..
— Não, não tem essa de "Sabi", eu estou mandando você descansar.
— Eu ia dizer obrigada. Você me salvou. Muito obrigada mesmo. E eu vou descansar. Como você falou.
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