cinco

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Sabina havia dormido em meu ombro

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Sabina havia dormido em meu ombro. Tínhamos conversado sobre algumas coisas antes dela dormir. Ela estava tão mal quanto eu.

Hidalgo queria sair daqui o mais rápido possível, e eu também. Mas da última vez que tentamos, não deu muito certo. E meio que acabamos desistindo.

A porta é aberta brutalmente por uma pessoa que ainda não conseguimos identificar. Mas acho que também não iria fazer muita diferença.

— Cara, não faz nada com a Sabina. Já não basta ter queimado a mão dela.

Acho que também não iria adiantar pedir que não fizessem nada com ela.

— Se for para fazer algo, faz comigo. Não machuca a Sabina.

A pessoa segura meu braço e me levanta do chão.

— Eu 'tava brincando. Não faz nada, por favor.

Talvez eu não estivesse demonstrando, mas eu estava nervoso. E com medo. Mas eu estava bem nervoso.

E se eu morrer?

Eu não consegui me despedir dos meus pais, nem do meu melhor amigo.. e bom, nem da minha namorada.

— Olha, se tem a opção de não morrer, prefiro não morrer, sabe?

Acho que não adiantava muita coisa falar com alguém que eu não conseguia. Mas quem sabe se eu falar algo, talvez esse ser humano não identificado não me mate. Só uma ideia.

— O que vai fazer? Me jogar de uma escada? De um prédio?

Não tive tempo de obter respostas. Minha cabeça é colocada dentro de um balde ou bacia, sei lá — não tive muito tempo de identificar. A água entra em meus olhos, fazendo eu ter dificuldade para enxergar.

— P-por favor, para. — peço quando levantou minha cabeça — É a primeira vez que falo "por favor" para alguém. Viu? Eu fui educado.

Eu só queria sair daqui. Queria voltar para casa. Sinceramente, eu estava com saudades de ouvir as discussões de meus pais, mesmo que seja irritante.

Apenas sinto eu ser jogado no chão com toda força. Meus olhos ardiam muito e não tive a capacidade de abrir.

— BAILEY! — ouço Sabina gritar — Você está bem?

Ela passou a mão em meu rosto, tirando a água.

— Eu quero ir embora. Por favor, me ajuda a ir embora. Eu não aguento mais.

— Vamos dar um jeito.

— Você promete?

— Eu prometo.

Ela se senta ao meu lado.

— Está melhor?

— Meus olhos ardem. Parece que jogaram aqueles glitter em mim.

— Você ficaria bonito cheio de glitter. — diz.

Sabina suspirou.

— Pensei em um jeito de fugir.

— Pensou?

— Pensei. Primeiro, preciso de algo para tampar as câmeras. E depois, vamos tentar abrir aquela porta em menos de 10 minutos.

— 10 minutos? É muito pouco.

— Talvez. — falou — E outra coisa que eu quero dizer, caso só um de nós consiga fugir, quero que você fuja.

— E por que não você?

— Porque bom.. não vai fazer muita diferença se eu não voltar para a escola. Eu sou a garota invisível lá. Então, tanto faz.

— Para mim, vai fazer diferença. Quero que saia junto, não merece ficar sozinha.

— Apenas meus pais e meus dois melhores amigos vão sentir minha falta, Bailey. Se você fugir, vai ter sua vida normal de volta.

— E quem disse que minha vida é normal?

— Quis dizer de voltar a jogar hóquei, voltar com sua namorada, e provavelmente seus pais.

Nego com a cabeça. Eu não iria deixar Sabina sozinha nesse lugar.

— Se a gente for fugir, nós dois iremos juntos. Eu não vou deixar você sozinha.

Eu sei que eu não conhecia Hidalgo como eu conhecia outras pessoas, mas ela é a única que sabe o que está acontecendo nesse momento e ela está passando por isso comigo. Eu não sou louco de deixar ela sozinha.

— Mas você me promete que se caso isso aconteça, quem irá fugir é você, promete?

— Não posso prometer isso.

Ela se levanta.

— Eu prometi que iríamos fugir daqui. Vou te ajudar a fugir e você me promete o que eu estou lhe pedindo.

— Sabi, não posso prometer isso. Eu não quero prometer isso.

— Por favor, Bailey. É a única coisa que eu te peço. Eu não vou me perdoar se apenas eu conseguir fugir.

— Eu não vou prometer porque isso não irá acontecer!

— Está usando meia? — perguntou mudando o assunto.

— Normalmente as pessoas usam meias quando usam tênis. Por que quer saber?

— Preciso das suas duas meias. Agora.

— O que vai fazer?

— Vamos fugir daqui.

— Vamos fugir daqui

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continua...

muita coisa vai vir, estão preparados?

𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora